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Cura kahuna

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Capítulo 2<br />

A TRADIÇÃO INTERIOR<br />

A filosofia <strong>kahuna</strong> pode ser agrupada em quatro enunciados, cada qual representado por uma única<br />

palavra-chave em havaiano:<br />

1) “Você cria sua própria realidade” (Ike) – isto quer dizer sua experiência pessoal da realidade, todas<br />

as partes dela. Você a cria através de suas crenças, expectativas, atitudes, desejos, medos, julgamentos,<br />

interpretações, sentimentos, intenções e pensamentos consistentes ou persistentes.<br />

2) “Você tem aquilo no qual você se concentra” (Makia) – os pensamentos e sentimentos nos quais<br />

você insiste ou permanece, em total consciência ou não, formam o projeto que traz para sua vida a experiência<br />

equivalente mais próxima disponível daqueles mesmos pensamentos e sentimentos.<br />

3) “Você é ilimitado” (Kala) – não há fronteiras para sua mente, nem fronteiras entre você e seu corpo,<br />

você e seu mundo, ou você e Deus. Qualquer divisão usada para discussão é em termos de função e/ou<br />

conveniência, porque separação é somente uma ilusão útil.<br />

4) “Seu momento de poder é agora (Manawa) – você não está limitado por qualquer experiência do<br />

passado ou qualquer percepção do futuro, pois o passado é somente uma memória e o futuro é meramente<br />

uma possibilidade. Você tem o poder no momento presente de mudar crenças limitantes e conscientemente<br />

plantar as sementes de um futuro à sua escolha. Como você pode mudar sua mente, você pode mudar sua<br />

experiência.<br />

Estas idéias não são unicamente dos <strong>kahuna</strong>s. De fato, eu me apropriei das frases usadas para traduzir<br />

os conceitos Huna de Seth/Jane Roberts, porque elas se ajustaram tão bem, mas as idéias transportadas pelas<br />

palavras podem ser encontradas em muitos lugares nos escritos de muitas épocas. De qualquer forma, elas nunca<br />

têm sido muito populares porque declaram que, sem exceção, o indivíduo é responsável pela sua experiência<br />

pessoal, e isto pode ser visto como subversivo pelos administradores e intolerável pelos profissionais.<br />

Curiosamente, o desconforto produzido pela implicação da responsabilidade muitas vezes cega as pessoas<br />

para a implicação de tremenda liberdade que a filosofia também contém.<br />

Nas sessões seguintes eu cobrirei outros aspectos da filosofia <strong>kahuna</strong> que estão conectados com alguns<br />

anteriores. Para isso, bem como para todos os capítulos seguintes, eu falarei sobre meu próprio treinamento<br />

como um <strong>kahuna</strong> da Ordem de Kane, uma pesquisa pessoal de campo e literária, e de conversas com WK.<br />

A “BÍBLIA” KAHUNA<br />

Muito da filosofia <strong>kahuna</strong> está expresso no chamado “Cântico da Criação”, também conhecido com o<br />

Kumulipo, que é o equivalente de uma “bíblia” <strong>kahuna</strong> como algo disponível hoje. Originalmente parte de uma<br />

tradição oral que foi passada pelos <strong>kahuna</strong>s treinados na memória perfeita, ela provavelmente foi compilada em<br />

sua forma presente em aproximadamente 1700 pelo <strong>kahuna</strong> Keaulumoku. Todas as traduções têm sido feitas<br />

(e não há muitas) vêm de um manuscrito que foi de propriedade do rei Kalakaua, que foi muito interessado em<br />

preservar as tradições havaianas, incluindo os segredos do Huna e a função dos <strong>kahuna</strong>s como curadores.<br />

Na filosofia <strong>kahuna</strong>, ambas as palavras espirituais e materiais formam como resultado um intercâmbio<br />

entre forças relativas, muitas vezes representas pelo masculino e feminino. Para todo “deus” no panteão<br />

havaiano, com poucas exceções, há uma contraparte feminina para ajudar na criação. Muitos deles são<br />

nomeados nas primeiras sete seções do Kumulipo, ao longo de versos que contam da formação da vida das<br />

plantas e animais na terra. O oitavo e nono capítulos ou seções, aparentemente contam o surgimento do homem<br />

dentro da percepção consciente e da sua multiplicação sobre a terra. O resto do total de sessenta seções da<br />

versão de Kalakaua mostram muitas genealogias, exceto por uma consideração sobre o herói cultural, Maui.<br />

Um problema que os estudantes têm com o Kumulipo, entretanto, é que eles não conseguem concordar<br />

em como foi traduzido. Numa tradição oral com uma língua como o havaiano, muito depende de sutilezas de<br />

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