Cura kahuna
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mente Ku. Conhecimento que permanece intelectual é nada mais do que opinião, e como tal tem pouco efeito<br />
no mundo ou no indivíduo. Este é o porquê de outra palavra em Huna para iluminação ser na’auao, a qual pode<br />
ser melhor traduzida como “conhecimento terminado”.<br />
FALHAS DE TRATAMENTO<br />
Contrariamente à habilidade do tratamento e à melhor das intenções, muitas tentativas de cura falham<br />
ou são temporárias. Ainda que os <strong>kahuna</strong>s saibam que tratamentos pobremente aplicados podem ser um fator,<br />
eles não concordam totalmente com a asserção de Kroger de que “se um procedimento terapeutico falha em<br />
produzir uma mudança no paciente, a falha repousa na técnica experimentada, e não no paciente”. A falha não<br />
é totalmente descartada, e para um largo grau de sucesso da terapia conta-se com a habilidade, conhecimento<br />
e flexibilidade dos curadores. Mas para os <strong>kahuna</strong>s a simples razão por trás de todas as outras em falhas de<br />
tratamento é a de não ter havido uma mudança nos hábitos de pensamento por parte do paciente. Isto não é<br />
visto como uma falha mas como um fato. Métodos melhores podem ajudar ou não, mas nada irá acontecer, sem<br />
levar em conta o método, a menos que o pensamento do paciente mude. Os <strong>kahuna</strong>s dão várias razões para os<br />
pacientes não desejarem esta mudança.<br />
A primeira razão pode ser chamada de “resistência custo-benefício”. Isto ocorre quando o paciente<br />
declara que tem um desejo de ser curado mas está recebendo benefícios psicológicos, emocionais ou físicos<br />
pela existência da condição a ser resolvida. Em outras palavras, o custo da cura incluirá deixar os benefícios<br />
da condição presente, e o paciente não deseja, tanto conscientemente ou semi-conscientemente, fazer este<br />
sacrifício. Os benefícios presentes podem incluir simpatia, atenção, vingança, desejo de controle, segurança<br />
financeira (quando um paciente está recebendo pagamentos por invalidez), segurança emocional (quando um<br />
paciente que tem que encarar responsabilidades indesejáveis é curado), sofrimento (quando um paciente acredita<br />
que deve ser punido), e segurança da familiaridade com o estado presente. Quando este tipo de resistência é<br />
encontrado, nenhum alívio ou alívio muito temporário será obtido, não importa que método de tratamento seja<br />
usado. Pode ser que o curador ou terapeuta convença o paciente que há melhores benefícios na mudança do<br />
que na persistência do presente estado, apesar de que em alguns casos é o subconsciente do paciente (Ku) que<br />
tem que ser convencido.<br />
A próxima razão é a falta de confiança no curador ou no método de tratamento que está sendo usado. Um<br />
ceticismo aberto não é geralmente um problema tanto quanto o curador tenha confiança em si mesmo e no que<br />
está fazendo. Mas medo e desconfiança da parte do paciente, se mantidos, resultarão em efeitos temporários.<br />
A habilidade do terapeuta ou curador é claramente um importante fator neste tipo de falha de tratamento, mas<br />
os <strong>kahuna</strong>s insistem que não é o fator determinante, pois a origem do medo e desconfiança do paciente podem<br />
não ter nada a ver com a habilidade do terapeuta.<br />
A razão mais prevalescente para a falha do tratamento é a falta de atenção aos aspectos referentes à<br />
situação da condição. Quando somente sintomas são tratados e não há correspondente mudança nas atitudes<br />
do paciente, o alívio é sempre temporário. O que confunde os médicos ocidentais, dizem os <strong>kahuna</strong>s, é que o<br />
paciente pode expressar as mesmas crenças negativas através de diferentes sintomas. Os médicos tratam os<br />
sintomas como entidades diferentes enquanto a causa oculta é a mesma. Os chamados “curadores da fé” têm<br />
semelhantes problemas. A verdadeira cura da fé é a cura das crenças, e se isto tem lugar a cura é permanente.<br />
A maioria do que é feito sob esse nome, no entanto, é nada mais do que manipulação da energia. Quando a<br />
energia é suficientemente intensa, como numa reunião de renascimento carismática, resultados espetaculares<br />
podem ser obtidos. Mas horas, dias ou semanas depois, se o pensamento da pessoa envolvida não mudou<br />
permanentemente, a energia se dissipará e o velho sintoma retornará. Também sob esta categoria de falta<br />
de atenção às atitudes causativas está a falha em considerar o ambiente do lar ou do trabalho do paciente,<br />
particularmente as pessoas nele. Visto que os sintomas são expressões de atitudes, alguns sintomas são<br />
resultados de atitudes sobre outras pessoas, e nas suas presenças o sintoma pode ser agravado. Este é o porque<br />
uma pessoa pode ser “curada” no hospital somente para adoecer novamente quando volta para casa. Sempre<br />
que possível, os <strong>kahuna</strong>s incluirão a família e os amigos e inimigos no tratamento, até mesmo sendo só na<br />
imaginação.<br />
Finalmente, quando o Eu Superior do indivíduo tenha tomado a decisão de morrer fisicamente, não há<br />
nada que possa ser feito exceto talvez para alívio dos sintomas. No entanto, ninguém pode saber se esta decisão<br />
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