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Cura kahuna

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do que as concepções, e cobrem áreas obscuras da experiência onde alguma crença é necessária de modo a<br />

agir, mas a crença é ainda assim aberta a dúvidas. Por serem as atitudes menos seguras do que as concepções,<br />

as pessoas muitas vezes as defenderão com mais emoção. Quando elas são questionadas, uma pessoa é forçada<br />

a encarar a sua própria insegurança, e isto muitas vezes lhe dá a sensação de estar sendo atacada a ponto de<br />

requerer uma defesa emocional. Semelhante resistência a idéias ameaçadoras tem sido longamente notada por<br />

psicólogos ocidentais. Freud disse:<br />

Tem sido indubitavelmente admitido no geral pelos psicólogos que a aceitação de uma nova idéia<br />

(aceitação no sentido de crença ou de reconhecimento como real) é dependente da natureza e inclinação das<br />

idéias já unidas ao ego.<br />

Ele chegou a dizer que uma idéia incompatível com as existentes provocaria “uma força repelente<br />

cujo propósito era a defesa contra esta idéia incompatível”. Como você sabe, algumas das respostas mais<br />

emocionais ocorrem quando questões sobre raça, sexo, religião e política são levantadas, o que diz algo sobre<br />

a segurança das atitudes envolvidas.<br />

Quando concepções são questionadas, no entanto, a reação é usualmente de surpresa de que algo tão<br />

óbvio possa ser questionado. Maltz descreve um caso semelhante deste modo: “Diga a um estudante que ele<br />

somente pensa que não é mestre em álgebra, e ele duvidará de sua sanidade”. Visto que raramente há uma<br />

reação fortemente emocional quando uma concepção é questionada, alguns <strong>kahuna</strong>s curadores identificam<br />

atitudes e concepções pela reação à sua mudança, e modificam o tratamento de acordo com isso.<br />

Atitudes derivam logicamente de concepções básicas, porque Ku é profundamente lógico. Aqueles que<br />

sentem que o subconsciente é irrazoável e ilógico sempre estarão incertos em como lidar com ele, mas quem<br />

reconhece que ele é lógico como um computador terá a chave da mudança criativa. Agora, uma vez que<br />

o subconsciente tenha incorporado uma concepção, ele criará atitudes lógicas baseadas nela de modo a se<br />

associar com a experiência direta, mas sempre as apresentará à mente consciente para alguma adaptação e<br />

aprovação antes de torná-las em comportamentos habituais. Dependendo de como sua mente trabalha, você<br />

talvez delibere por um longo tempo antes de aceitar a atitude, ou talvez você a aceite num piscar de olhos e<br />

prontamente a esqueça até que ela lhe traga problemas.<br />

Atitudes são logicamente derivadas, mas nem todas usam o mesmo tipo de lógica. Abaixo estão algumas<br />

visões <strong>kahuna</strong>s de como diferentes atitudes podem aparecer da mesma concepção básica. Em ambos os casos<br />

uma concepção dependente é também notada. Esta é uma concepção que você aceita como verdade sobre a<br />

vida, mas que é dependente da existência e aceitação da concepção básica.<br />

Sujeito 1. Concepção Básica – Este é um mundo hostil. Concepção Dependente – A melhor proteção é<br />

a fuga. Atitudes Derivadas – Se este é um mundo hostil e a melhor proteção é a fuga, então: a) minha melhor<br />

proteção da hostilidade é evitá-la; b) eu devo deixar que os outros sigam seu caminho então não irei me ferir;<br />

c) eu devo esconder meus talentos e habilidades ou estarei aberto ao ataque; d) eu devo parecer frágil ou muito<br />

bacana para não incitar o ataque.<br />

Sujeito 2. Concepção Básica – Este é um mundo hostil. Concepção Dependente – A melhor defesa é um<br />

bom ataque. Atitudes Derivadas – Se este é um mundo hostil e a melhor defesa é um bom ataque, então: a)<br />

minha melhor proteção contra a hostilidade é contra atacar imediatamente; b) eu devo ser forte o suficiente para<br />

me defender; c) eu nunca devo mostrar fraqueza; d) eu devo pegar o que quero antes que outros o façam.<br />

É claro, os exemplos acima são simplificados para o propósito de ilustração. No entanto, eles podem<br />

ser vistos como variações de atitudes em dois sujeitos semelhantes que podem resultar em personalidades bem<br />

diferentes, até mesmo se eles dividem a mesma concepção básica sobre a vida. Suas atitudes podem também<br />

governar suas reações à doença, relacionamentos, objetivos e qualquer aspecto da vida. E suas concepções,<br />

dizem os <strong>kahuna</strong>s, podem assegurar que eles encontrem uma grande quantidade de hostilidade. Se você pegar<br />

a “auto-imagem” como um conjunto de concepções, Maltz parece estar falando pelos <strong>kahuna</strong>s quando diz:<br />

A auto-imagem é um “premissa”, uma base, ou uma fundação sobre a qual sua personalidade inteira,<br />

seu comportamento, e até suas circunstâncias são construídas. Porque disto nossa experiência parece ratificar,<br />

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