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Cura kahuna

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poder para isso. De acordo com Max Long, que viveu nas ilhas na época em que esta lei era efetiva, a lei do<br />

Hawaii concernente ao uso de magia para curar era redigida como a seguir:<br />

“Seção 1034. Feitiçaria-Penalidade. Qualquer pessoa que tentar a cura de outra pela prática da<br />

feitiçaria, bruxaria, anaana, hoopiopio, hoounauna, ou hoomanamana (termos descrevendo práticas psíquicas),<br />

ou outras superstições ou métodos enganadores, irão, em convicção disso, ser multadas em uma soma não<br />

menor do que uma centena de dólares ou presas não excedendo seis meses de trabalhos forçados”.<br />

Há uma outra seção da lei que fala de classes de <strong>kahuna</strong>s com homens embusteiros e definidos como em<br />

posição de <strong>kahuna</strong>s, obtendo dinheiro sob o pretexto de Ter poderes mágicos, ou admitindo que é <strong>kahuna</strong>. Para<br />

isto a multa ia a milhares de dólares e um ano de prisão.<br />

Inútil dizer, isto foi suficiente para dirigir toda a verdade dos <strong>kahuna</strong>s ao encobrimento e tornar<br />

extremamente difícil a um não havaiano ganhar qualquer acesso ao conhecimento <strong>kahuna</strong>. Em contradição<br />

à lei, no entanto, ambos havaianos e não havaianos sem preconceitos continuaram pedindo e recebendo<br />

ajuda dos <strong>kahuna</strong>s cuja identidade era bem protegida, e pseudo-<strong>kahuna</strong>s eram frequentemente expostos para<br />

cerimônias cívicas e turistas. Somente recentemente a lei tem sido modificada, enquanto ela ainda providencia<br />

salvaguardas contra fraude, pois não vai longe o tempo de um crime ser feito ou ser declarado como feito por<br />

um <strong>kahuna</strong>.<br />

A auto-destruição de suas próprias tradições religiosas e o poderoso impacto do Cristianismo e<br />

a tecnologia ocidental causaram em muitos havaianos a rejeição da influência e ensinamentos <strong>kahuna</strong>. O<br />

conhecimento <strong>kahuna</strong> era tradicionalmente passado numa cuidadosa seleção natural ou crianças adotadas, mas<br />

os fatores mencionados acima, juntamente com casamentos inter-raciais e a dizimação da população através<br />

de doenças intrusas, deixou um número muito pequeno desejando ou habilitado a seguir os passos de seus<br />

antepassados.<br />

E no entanto, entre todas as dificuldades, lá permaneceu um núcleo de <strong>kahuna</strong>s ativos que continuou<br />

prosseguindo com as práticas de cura mental, emocional e física; ajudando indivíduos a mudar o futuro; e até<br />

temendo enormemente a “oração da morte”. Nada menos que um personagem, então curador do Museu Bishop<br />

em Hononulu, William Tufts Brigham, se engajou por anos tentando descobrir o segredo do que ele conhecia<br />

como práticas <strong>kahuna</strong> válidas. Ele teve experiências pessoais com o caminhar no fogo, cura e a telepática<br />

oração da morte, e estava convencido sem dúvidas de que alguns conhecimentos altamente importantes para a<br />

humanidade estavam esperando para serem revelados. Ele nunca teve sucesso nessa busca, mas antes de morrer<br />

ele deixou para Max Long um legado do que havia aprendido, o qual pode ser somado com o seguinte:<br />

“Eu tenho sido capaz de provar que nenhuma das explicações populares da mágica <strong>kahuna</strong> irão<br />

“segurar água”. Isto não é sugestão, nem qualquer coisa conhecida da psicologia. Eles usam algo que nós<br />

ainda temos que descobrir, e isso é algo inestimavelmente importante. Nós simplesmente temos que encontrar.<br />

Isso revolucionará o mundo se nós pudermos encontrá-lo. Isso mudará inteiramente o conceito de ciência.<br />

Isso poderia trazer ordem aos conflitos de crenças religiosas...<br />

Sempre olhar para três coisas no estudo desta magia. Deve haver alguma forma de consciência por<br />

trás, e dirigindo, o processo de magia. Controlando o calor no caminhar sobre o fogo, por exemplo. Deve<br />

haver também alguma forma de força usada no exercício deste controle, se nós pudermos reconhecer isto. E<br />

por último, deve haver alguma forma de substância, visível ou invisível, através da qual a força pode agir.<br />

Olhe sempre para isso, e se você puder encontrar qualquer uma, isso talvez leve às outras”.<br />

Long continuou as pesquisas nessa linha e, embora nunca tenha estudado com um <strong>kahuna</strong>, durante um<br />

período de muitos anos ele descobriu os três elementos citados por Brigham, conduzindo experimentos para<br />

provar sua existência, encontrando correlações com as descobertas de outras pessoas, e descobrindo além disso<br />

que o sistema <strong>kahuna</strong> de conhecimento não era limitado à Polinésia, mas estava espalhado pelo mundo. Isso foi<br />

um feito notável e fez os principais elementos desse conhecimento acessíveis ao público pela primeira vez.<br />

O tipo de coisas que os <strong>kahuna</strong>s faziam com regularidade agora têm se tornado objeto de divulgação<br />

e interesse científico e popular. Há laboratórios estudando a comunicação mente-a-mente, o fenômeno de<br />

estados alterados de consciência, e a influência da psicocinese na matéria, enquanto mais e mais médicos<br />

corajosos e psicoterapeutas estão experimentando métodos de cura não usuais como imaginação guiada,<br />

acupressura e transferência de energia de uma pessoa a outra. À parte da resistência conservadora em tudo<br />

isto, as investigações são dificultadas pela falta de uma teoria coerente ou unificada para explicar como<br />

semelhantes práticas funcionam. O sistema <strong>kahuna</strong> providencia ambos: práticas que funcionam e uma boa<br />

teoria de funcionamento.<br />

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