Cura kahuna
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AMOR E EMOÇÕES<br />
Max Long formulou um “mandamento” Huna o qual ele determinou como “Não Danificar”. Entre<br />
os <strong>kahuna</strong>s, no entanto, este princípio é determinado mais positivamente como um chamado ao amor. Não<br />
há mandamentos em Huna. Ao invés, há lógica, no sentido de uma necessária conexão entre os eventos.<br />
Se você comete violência, você receberá violência. Se você ama, será amado. Isto não tem nada a ver com<br />
mandamentos; é a natureza da vida. Na linha de visão <strong>kahuna</strong> de que a experiência segue o pensamento e que<br />
todas as coisas são parte de um todo, segue-se que você não pode cometer violência sem primeiro se sentir<br />
violento sobre si mesmo; você não pode odiar os outros sem primeiro odiar a si mesmo; e você não pode<br />
realmente amar sem primeiro amar a si mesmo. Como WK diz, “Se você não tem em si, não pode dar”. Amor<br />
é direcionado para o crescimento e desenvolvimento, enquanto violência é restritiva e repressiva. O que se<br />
chama de amar, então, é muito prático. Se você quer crescer e desenvolver uma vida prazeirosa, pratica amor.<br />
E o grau em que você o pratica, necessariamente começa com você mesmo, no mesmo grau em que cresce, e<br />
se desenvolve, e sente prazer.<br />
Na regra de praticar amor, de qualquer forma, você tem que entender o que ele é. Para muitas pessoas<br />
na cultura ocidental ele parece ser um tipo de doença ou uma forma de trauma emocional, a julgar pelas<br />
descrições dadas a ele. A palavra havaiana para amor é aloha, que muitos turistas de Hononulu conhecem como<br />
significando “olá” e “adeus”. Mas aloha é usado para esses cumprimentos precisamente porque significa amor,<br />
pois o melhor modo de receber ou deixar a pessoa é com amor. Agora o que é amor? A própria palavra dá a<br />
resposta. De acordo com as raízes, ela significa “crescer e ter sucesso agradavelmente juntos”, “compartilhar<br />
a experiência da vida”, e “ser feliz com”. Amar é um modo de agir em direção a e com os outros, e um modo<br />
de se sentir sobre si mesmo e sobre os outros. O modo de agir é sempre curador, encorajando o objeto de amor<br />
a ser bem sucedido e crescer; o modo de sentir é sempre o da felicidade e prazer. Você pode dizer, então, que<br />
o amor é a cura, e a cura é o amor. É claro, qualquer coisa pode ser chamada de amor, mas o teste real é se ela<br />
encoraja o crescimento e a felicidade.<br />
Emoções são vistas pelos <strong>kahuna</strong>s como um excitamento ou movimento de energia através do corpo,<br />
e todas as palavras havaianas relacionadas a emoções refletem esta idéia, geralmente com o uso da imagem<br />
da água como ondas ou respingos ou então fluindo de algum modo. O nome específico para uma emoção<br />
particular depende de que pensamentos a acompanham. Em termos de sensação pura, você não pode dizer a<br />
diferença entre raiva e entusiasmo, ou ansiedade e excitada antecipação. A estimulação do fluxo emocional<br />
pode vir de seus pensamentos ou eventos externos, mas em qualquer caso os pensamentos são o que perpetua<br />
a emoção, e uma mudança no pensamento pode mudar a emoção experimentada.<br />
RELATIVIDADE<br />
O conceito de relatividade é muito importante na filosofia <strong>kahuna</strong>, especialmente com respeito à cura.<br />
A idéia Huna é bem similar ao conceito yin/yang dos chineses, isto é, tudo é relativo a algo além. Nada pode<br />
ser descrito ou experimentado exceto em relação a algo mais porque não há absolutos no mundo de nossa<br />
percepção. Isso é uma extensão lógica de uma concepção básica de que Deus ou a Divindade é infinito, e<br />
infinito significa ilimitado. Disto nós podemos tirar a seguinte proposição:<br />
Deus é infinito;<br />
Então Deus é toda a verdade;<br />
Então a verdade é infinita;<br />
Então tudo que é, é verdade.<br />
Visto que o homem não pode perceber o infinito, ele nunca poderá perceber mais do que uma parte da<br />
verdade, e qual porção depende inteiramente de seu sistema de crenças. Como as crenças humanas mudam,<br />
assim também sua verdade, e então sua experiência. A percepção da verdade, então, é relativa ao seu estado<br />
mental, assim tudo o que você pode experimentar em qualquer época é uma verdade relativa. Isto é efetivamente<br />
trazido na linguagem do Huna porque muitas das palavras “código” contêm significados relativos. A palavra<br />
sagrado (la’a) também significa “amaldiçoado e sujo”, e até mesmo a palavra aloha, tão fortemente associada<br />
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