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Cura kahuna

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mana. O <strong>kahuna</strong> habilidoso é supostamente um mestre de emoções, capaz de gerá-las, dirigi-las e dissipá-las à<br />

vontade. Virtualmente todas as palavras usadas em Huna para práticas psíquicas contêm raízes que claramente<br />

indicam o uso da emoção contido nelas. Perceba isto, no entanto: quanto mais mana-como-confiança você tem,<br />

menos mana-como-energia você precisa; e quanto menos mana-como-confiança você tem, mais mana-comoenergia<br />

você precisa.<br />

Aka é o “estôfo” básico do universo físico, fora do qual toda manifestação material é formada. A<br />

palavra tem significados de “luminosidade, transparência, sombra, reflexo, espelho, essência”. Aka atua como<br />

um espelho para refletir padrões de pensamento em ambos os níveis: psíquico e físico. Comparado ao reino<br />

do puro pensamento, ele é uma mera sombra. Os <strong>kahuna</strong>s acreditam que este “estôfo” pode ser formado e<br />

modelado pelo pensamento consciente e inconsciente, e que ele atua como um “contêiner” de mana. Quanto<br />

mais mana ele contém, mais denso parece. Algumas formas de aka são conhecidas pelos psíquicos como<br />

formas de matéria etérica ou astral, e sob certas condições no estado psíquico de percepção ele aparece como<br />

uma luminosidade transparente. As características reflexivas deste estôfo são o que permite a um curador<br />

<strong>kahuna</strong> mudar as condições mudando o pensamento.<br />

SIMBOLOGIA<br />

No ensinamento e prática destas artes psíquicas, os <strong>kahuna</strong>s fazem grande uso de símbolos metafóricos e<br />

ferramentas. Diferentemente de alguns ocultistas ocidentais que talvez atribuam poderes mágicos inerentes às<br />

ferramentas físicas de seu trabalho, os <strong>kahuna</strong>s estão bem conscientes que o propósito primário de semelhantes<br />

ferramentas é estimular a produção de mana do subconsciente, e dirigir este fluxo numa determinada direção<br />

da mente consciente. É claro que qualquer objeto particular pode ser infundido com um suprimento extra de<br />

mana, que pode torná-lo um estimulante mais eficaz, mas as ferramentas usadas pelos <strong>kahuna</strong>s são honradas<br />

mais pelo duplo significado de seus nomes do que por qualquer eficácia que elas possam ter.<br />

Por exemplo, uma ferramenta tradicional em muitos rituais <strong>kahuna</strong> antigos era uma bebida narcótica<br />

feita de raiz awa (kava). A razão por trás disto era que a palavra awa significa uma “desagradável ou trágica<br />

experiência, e também um canal ou passagem através de um recife para dentro de um porto pacífico”.<br />

Oferecendo awa aos deuses, o <strong>kahuna</strong> estava realmente fazendo um ritual para convencer o subconsciente que<br />

experiências amargas estavam sendo trocadas por paz interior. Uma outra ferramenta sempre usada no Hawaii<br />

para várias práticas, muitas vezes de proteção, é a folha de ki (ti), porque outros significados de ki incluem<br />

“força, ataque, prender, e pegar”.<br />

Animais, plantas, flores, peixes, pássaros, rochas e outros objetos são também utilizados de acordo com<br />

os vários significados contidos em seus nomes, completamente separados de seu uso como um recurso extra de<br />

mana ou por alguma característica química ou nutricional. Os <strong>kahuna</strong>s sabem que o poder real de uma palavra<br />

reside no seu significado psicológico. O som sozinho pode estimular um fluxo de mana, mas o som formado<br />

dentro de uma palavra com impacto psicológico tem um efeito muito maior.<br />

No ensinamento e aprendizado, é muito comum o uso e aplicação de metáforas. No ensino da teoria da<br />

eletricidade, por exemplo, um estudante pode ouvir que eletricidade é como a água fluindo através de um cano,<br />

com o fluxo sendo a corrente, a pressão sendo a voltagem, e a fricção contra o cano sendo a resistência. Os<br />

<strong>kahuna</strong>s também usam metáforas de um modo semelhante para explicar os diferentes aspectos dos conceitos<br />

que eles ensinam. A seguir estão algumas das metáforas usadas pelos <strong>kahuna</strong>s havaianos para descrever os<br />

efeitos e ações dos três primeiros fatores do pensamento imaginativo, energia e poder, e matéria:<br />

Pensamentos – pacotes, blocos, sementes, redes, teias, quaisquer instrumentos perfurantes, naipes,<br />

brotos e animais jovens, peixes e flores.<br />

Poder- água, chuva, névoa e neblina, ondas e intumescências, fogo, alimento, galhos ou braços, e cores<br />

(especialmente vermelho).<br />

Matéria- (etérica) uma ponte, uma abóbada ou arco, um arco-íris, uma caverna, corda, pavio ou cordão,<br />

sombras, um embrião, articulações do corpo, anzóis e núvens.<br />

Com semelhante simbolismo os <strong>kahuna</strong>s podem ensinar seus conceitos de um modo que os estudantes<br />

possam facilmente relacionar com o mundo natural.<br />

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