Desporto&Esport - edição1 2014
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PRÉ-TEMPORADA<br />
O BRASIL COMO DESTINO DOS PRINCIPAIS CLUBES<br />
EUROPEUS PARA REALIZARAM AS PRÉ-TEMPORADAS<br />
Pedro M. Silva colunista Desporto&<strong>Esport</strong><br />
contato@desportoeesport.com<br />
Os maiores clubes europeus de futebol, como<br />
Barcelona, Real Madrid, Man. United ou AC Milan,<br />
trabalham com orçamentos exorbitantes para conseguirem<br />
adquirir os melhores jogadores - em<br />
transferências que chegam a valores “pornográficos”, para pagar os<br />
salários milionários e até para o dia-a-dia, onde os estágios, viagens<br />
e hotéis chegam a somas consideráveis no final do ano. Neste<br />
seguimento, os grandes clubes europeus tentam angariar receitas<br />
de todas as formas possíveis e entrar e mercados, onde existe<br />
potencial de negócio. As pré-temporadas têm-se afigurado como<br />
momentos chave para os clubes visitarem países e regiões que<br />
durante os apertados calendários competitivos raramente o podem<br />
fazer, como é o caso dos EUA ou a Asia. O argumento usado é que<br />
estes mercados são primordiais para os patrocinadores. A fonte<br />
primária é a receita, a secundária é expandir a marca<br />
O brasil entra nesta equação como possível destino futuro das prétemporadas<br />
dos principais clubes europeus. Assim como acolher<br />
clubes do norte da Europa (Alemanha ou Rússia) quando estes<br />
pausam os seus campeonatos nos meses de janeiro e fevereiro por<br />
conta das condições atmosféricas rigorosas. Até agora, o destino<br />
desses clubes passava por Portugal ou Espanha, mas como sugere<br />
Frederico Nantes – presidente do comité organizador da copa do<br />
mundo, esses países podem procurar o brasil.<br />
De resto, esta política de “recrutamento” das equipas europeias<br />
para estágios do brasil parecer fazer parte de um programa de um<br />
plano mais amplo de reutilização e rentabilização das infraestruturas<br />
deixas pela realização do Mundial de <strong>2014</strong>.<br />
As boas condições e infraestruturas futebolísticas, como os centros<br />
de treino, e acessos, como os aeroportos e estradas, pode ser o elemento<br />
chave para a escolha do brasil. A aposta, num mercado que<br />
conta com 200 milhões de pessoas, que já vivem apaixonadamente<br />
o futebol, podem ser um chamativo para as marcas e investir neste<br />
mercado pode ser uma decisão com retornos.<br />
Mudando de perspetiva, o futebol brasileiro pode ter muito a ganhar<br />
com este novo paradigma, caso ele se concretize.<br />
Num primeiro plano, tal como aconteceu durante no mundial de<br />
seleções <strong>2014</strong>, os adeptos, mas sobretudo os dirigentes e as equipes<br />
técnicas teriam um acesso privilegiado as formas mais modernas<br />
de trabalho, para além de um contacto mais ou menos formal com<br />
os melhores técnicos do mundo. A troca de experiência poderia<br />
mostra-se decisiva para os técnicos brasileiros adaptarem novos<br />
métodos de trabalho.<br />
Este câmbio entre treinadores pode ser fortalecido com palestras<br />
e curtos estágios.<br />
A competição, mesmo que em apenas jogos particulares, permitirá<br />
as equipas brasileiras confrontar dentro do campo as melhores<br />
equipas do mundo e modelos táticos diversos, mas igualmente<br />
eficazes.<br />
Se no futuro as equipas europeias escolherão os campos brasileiros<br />
para a preparação das suas épocas, ao invés dos EUA ou da Asia<br />
que hoje recolhem as preferências, ainda é incerto. Sente-se a vontade<br />
que tal se suceda. Os benefícios são evidentes, e as vantagens<br />
ultrapassam o lado económico, o podem ser cruciais para modernizar<br />
o futebol brasileiro.<br />
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