Desporto&Esport - edição1 2014
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RELVA SINTÉTICA<br />
OS BENEFICIOS E DESVANTAGENS DO RELVADO SINTÉTICO EM<br />
COMPARAÇÃO COM A RELVA NATURAL<br />
A RELVA SINTÉTICA PERMITE MAIORES PERIODOS DE UTILIZAÇÃO<br />
MAS AS LESÕES SÃO MAIS FREQUENTES<br />
Ricardo Reis. colunista Desporto&<strong>Esport</strong><br />
contato@desportoeesport.com<br />
A<br />
desportiva. O futebol, no entanto, continua reticente à mudança<br />
relva sintética tem ganho cada vez mais espaço no<br />
desporto profissional. Modalidades como rugby,<br />
golfe, hóquei em campo, futebol americano, ténis<br />
ou cricket já aderiram em massa a esta superfície<br />
e prefere ainda tapetes de relva natural. Começa-se, no entanto, a<br />
sentir sinais de mudança.<br />
Tapetes mistos, em que a mistura de relva artificial com relva natural<br />
para fortalecer o tapete, é agora uma prática comum. O Estádio<br />
de Wembley, em Londres, é um excelente exemplo deste sistema.<br />
San Siro, casa do Inter de Milão e do AC Milan, há duas épocas<br />
apostou num relvado sintético após repetidas péssimas críticas<br />
ao seu anterior relvado natural. O Boavista FC, clube da primeira<br />
divisão portuguesa, também optou por um tapete de relva artificial,<br />
e muitos mais clubes e estádios podem servir de exemplo.<br />
Temos que nos perguntar, então, quais são os benefícios da relva<br />
artificial, e porque começa a ser uma aposta de vários clubes e para<br />
diversos estádios? E quais as suas limitações para a escolha não seja<br />
mais efetiva e generalizada?<br />
O primeiro e principal benefício da relva sintética é a possibilidade<br />
de um maior tempo de utilização. Os relvados artificiais permitem<br />
mais horas e mais dias consecutivos de utilização sem que o relvado<br />
se deteriore. Em média, em perfeitas condições um relvado<br />
natural não vai além das 250 horas anuais. O segundo ponto que<br />
merece destaque é a evolução positiva dos relvados artificiais e as<br />
melhorias continuadas no tempo, que passo a passo os aproximam<br />
aos relvados de relva natural e para algumas modalidades já é a<br />
melhor opção. Os relvados artificiais encontram-se em estudos<br />
permanentes e existem um sem número de empresas que apostam<br />
fortemente no negócio da relva o que permite esperar mudanças<br />
e melhoramentos com maior rapidez num futuro próximo. A<br />
manutenção é mais fácil, bem como os custos que lhe estão associados,<br />
que são também menores. Por fim, a durabilidade é bem<br />
superior quando comparados com os relvados naturais.<br />
Temos, no entanto, que a relva sintética é mais adequada - e mais<br />
utilizada – em estádios ou arenas desportivas cobertas. A relva<br />
sintética é também mais dura que a relva natural e como tal mais<br />
propicia às lesões, caso especialmente notado no futebol e no<br />
próprio ténis, onde entre as articulações são mais castigadas e mais<br />
sujeitas a lesões. Risco de queimaduras em caso de deslizamento<br />
dos atletas, o que obriga regar abundantemente com água os relvados<br />
antes dos jogos e treinos e por vezes igualmente ao intervalo.<br />
Para atletas habituados ao relvado natural a adaptação a relvados<br />
sintéticos pode ser longa e difícil.<br />
A certificação é também um problema dado os parâmetros de<br />
critério mais apertados<br />
Os equipamentos desportivos também têm de apresentar melhorias<br />
para acompanhar o desenvolvimento da relava sintética, e<br />
diminuir o potencial de lesões.<br />
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