Desporto&Esport - edição1 2014

A MLB.tv tornou-se numa das principais operadoras de
streaming para o baseball dos EUA
“O sucesso do streaming, de uma forma geral, advém de duas novas realidades:
a democratização de aparelhos com ligação à Internet... e, a crescente vontade
dos telespetadores de acederam aos conteúdos, mesmo aqueles que são transmitidos
em direto, com total controlo e sem restrições de locais...”
E, não fica por aqui. Os assinantes de TV
paga, ou TV Cabo como também é designada,
começam a sentir algum desconforto
em relação a esta forma, ainda dominante,
de consumir televisão e eventos
desportivas pela TV em direto. Olhemos
alguns números referentes ao mercado
norte-americano, aquele que é sem dúvida
alguma o mais estudado. Hoje, existem
cerca de 84 milhões de assinantes de Tv
paga. No entanto, desde de 2010 que os
lares americanos veem cortando as suas
assinaturas, sempre valores acima de 4,5%
ao ano e chegando o ano passado ao 6,5%.
A principal razão apontada é o alto preço
destas assinaturas, que muitas vezes não
compensa o investimento. E um relatório
apresentado pela Experian Marketing
Services revela ainda que esses números
disparariam não fossem os pacotes de
desporto distribuídos por cabo. De acordo
com CouponCabin, 43% dos assinantes
de cabo, afirmaram que a única razão
pela qual não “rasgavam” o contrato com
as suas subscrições de cabo se devia ao
desporto e à necessidade que tinham de
assistir com regularidade a eventos desportivos.
Com o crescente decréscimo da televisão
paga e o crescente aumento de consumidores
a migrarem para o live-stream,
leva-nos a questionar qual será o futuro
das transmissões ao vivo de eventos desportivos.
Existem vários fatores que nos levam a
apontar que o futuro passa pelo streaming.
Sem que pelo menos num futuro a curto
prazo o domínio da televisão paga seja
quebrado ou seriamente ameaçado.
Em primeiro lugar temos a assunção da
realidade, em que um meio de transmissão
esta em crescimento e outro em perda.
Seguindo esta mesma ideia, o streaming
mais que uma moda, é uma forma de
consumir conteúdos de entretenimento
que vai de acordo ao que é hoje uma nova
filosofia de consumo em crescente aceitação,
nomeadamente pelas faixas etárias
mais jovens, entre os dezoito e quarenta
e cinco anos, que significam hoje a maior
fatia do mercado e em poucos anos o
dominarão totalmente. Temos ainda, a
forma como os aplicativos Web, que analisamos
em um outro artigo desta edição,
estão a mudar o perfil dos consumidores
e como a interação com a Web se tornou
fundamental neste processo.
Com o crescente avançado das velocidades
de download e upload disponibilizadas
pelas operadoras de internet – fixa
e móvel -, a qualidade de imagem e som
entre o streaming e televisão não é mais
significativo. Com as vantagens, já mencionadas,
na possibilidade de ângulos de
visão ou acesso imediato a estatísticas para
o streaming online.
A televisão é igualmente limitada pelo
número de canais que possui e com tal é
também limitada na cadência de conteúdos
que pode disponibilizar.
O streaming e as suas operadoras tem
igualmente sabido captar anunciantes, e
integrar anúncios individualizados não
intrusivos, o que permite por um lado,
uma maior competitividade ao preço oferecido
aos seus anunciantes, e a oferta de
um maior número de conteúdos.
O streaming parece ser de facto o futuro,
os próximos anos serão fundamentais,
assim como se dará a adaptação das tradicionais
cadeias televisivas a esta nova realidade.
É esperar para ver.
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