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Desporto&Esport - edição1 2014

Revista digital Desporto&Esport (www.desportoeesport.com)Faça o Download desta revista em: https://www.magzter.com/PT/Desporto&Esport;/Desporto-&-Esport/Sports/201599 ou se preferir o Paypall https://www.presspadapp.com/digital-magazine/desporto-esport

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MEGAEVENTOS: LEGAGO POSITIVO OU HERANÇA PESADA?<br />

Mais de 85% do investimento na “Copa do Mundo”<br />

foi feito com dinheiros públicos. 60,1% dos investimentos<br />

foram gastos em obras de vias e transportes<br />

públicos, bem como os aeroportos – 33,6% para as<br />

deslocações terrestes e 26,5% referentes aos transportes<br />

aéreos. A segunda maior fatia foi gasta com os<br />

10 estádios, que somando perfazem 27,7%. Os portos<br />

somaram 2,6% do total dos investimentos, enquanto<br />

as infraestruturas e comunicação no seu conjunto<br />

chegam aos 1,4% dos investimentos.<br />

No entanto, estes valores podem sofrer acréscimos significativos, já<br />

que ficaram fora das contas todas as obras que não ficaram pronta<br />

a tempo para o Mundial, e não contabilizados igualmente todos as<br />

despesas com as estruturas temporárias exigidas pela FIFA para<br />

todas as arenas do Mundial, tais como aluguel de tendas, aparelhos<br />

de primeiros socorros, sistemas de informação, entre outros.<br />

Puxando o custo total do Mundial para os R$ 30 bilhões.<br />

Relativamente ao retorno económico já existem alguns dados que<br />

podem ser apresentados.<br />

Pouco mais de uma semana após o se ter jogado a final e de<br />

terminado o evento foi divulgado que as estimativas apontavam<br />

para que tinha sido injetado na economia brasileira cerca de R$<br />

30 bilhões em resultado direto com o Mundial de futebol. Esta<br />

estimativa surgiu fruto de uma pesquisa efetuada pela Fundação<br />

Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e encomendada pelo<br />

Ministério do Turismo. O estudo indica que o impacto do Mundial<br />

será sensivelmente três vezes maior que o valor conseguido na<br />

Copa das Confederações, a partir de dados que incluem impactos<br />

iniciais, diretos, indiretos e induzidos na economia. Relembramos<br />

que os números consolidados durante a realização da Copa das<br />

Confederações no ano de 2013 se fixaram nos R$ 9,7 bilhões<br />

injetados no PIB brasileiro.<br />

Segundo estimativas do ministério brasileiro do turismo foram<br />

criados para o Mundial quase um 1 milhão de empregos no<br />

país, sendo que 710 mil empregos são fixos e 200 mil apenas<br />

temporários. Representando cerca de 15% dos empregos criados<br />

durante o mandado de Dilma Rousseff. Aproveitando a visibilidade<br />

do Mundial de futebol a Agência Brasileira de Promoção<br />

das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) promoveu ações<br />

e encontros durante a realização do torneio e trouxe mais de 2,3<br />

mil empresários oriundos um pouco por todo o mundo. O mesmo<br />

ministério do turismo afirma que o número de turistas superou<br />

em mais de 100 mil as espectativas, fixando-se em 700 mil os visitantes<br />

estrangeiros que chegaram ao Brasil durante o período da<br />

“Copa”. Um acréscimo de 131% quanto comparado com o mesmo<br />

intervalo do ano anterior. Os argentinos são a maior fatia e vieram<br />

em grande número, cerca de 101 mil, seguidos bem de perto pelos<br />

norte-americanos com 83 mil e os chilenos com 44 mil. As cidades<br />

que registaram um maior acentuado de número de turistas foram<br />

Natal (RN) registrou aumento de 851%, Cuiabá (MT) de 963%,<br />

Curitiba (PR) de 167% e Manaus (AM) de 409%, novamente em<br />

comparação com o mesmo período do ano passado.<br />

Segundo estimativas oficiais, o evento Mundial de futebol, desde o<br />

ano de 2011, há-de ter representado um acréscimo no crescimento<br />

do PIB brasileiro entre 1 a 1,5%.<br />

Mas nem tudo foram ganhos, de acordo com a Cielo – empresa<br />

ligada às transferências comerciais por cartão de crédito e debito,<br />

o valor gasto por turistas decaiu em 7%. O sector industrial registou<br />

uma pequena queda, em muito devido ao encarecimento do<br />

crédito e ao aumento da inflação - nos últimos 12 meses até ao<br />

Mundial um aumento de 6,52%.<br />

Por fim, o lado mais negativo, economicamente falado, deveu-se<br />

às paragens de produção e laborais devido aos vários feriados que<br />

foram acontecendo durante o Mundial. Numa estimativa previa ao<br />

Mundial esperava-se avultadas perdas para a economia brasileira,<br />

em um valor especialmente alarmante de R$ 30 bilhões.<br />

Desporto&<strong>Esport</strong> • www. Desprto&<strong>Esport</strong>.com

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