Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de ...
Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de ...
Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Período Epidêmico<br />
<strong>Diretrizes</strong> <strong>Nacionais</strong> <strong>para</strong> a <strong>Prevenção</strong> e <strong>Controle</strong> <strong>de</strong> Epi<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> Dengue<br />
5.2.6. Ações da vigilância epi<strong>de</strong>miológica – Período epidêmico<br />
O objetivo da vigilância epi<strong>de</strong>miológica é acompanhar a curva epidêmica, i<strong>de</strong>ntificar áreas <strong>de</strong> maior<br />
ocorrência <strong>de</strong> casos e grupos mais acometidos, visando, <strong>de</strong>ssa forma, instrumentalizar a vigilância entomológica<br />
no combate ao vetor, a assistência <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação precoce dos casos e a publicização <strong>de</strong><br />
informações sobre a epi<strong>de</strong>mia <strong>para</strong> a conseqüente mobilização social.<br />
Verifica-se uma situação <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>mia e/ou epi<strong>de</strong>mia quando há um aumento constante <strong>de</strong><br />
casos notificados no município e esta situação po<strong>de</strong> ser visualizado por meio da curva endêmica, diagrama<br />
<strong>de</strong> controle e outras medidas estatísticas.<br />
Esse documento propõe o monitoramento dos indicadores epi<strong>de</strong>miológicos, entomológicos e operacionais<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue em locais que apresentam vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> ocorrência da doença. Recomenda-se<br />
o período <strong>de</strong> outubro a maio <strong>para</strong> intensificação <strong>de</strong>ste monitoramento, pois <strong>de</strong> maneira geral no<br />
país, correspon<strong>de</strong> ao intervalo da sazonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão da doença.<br />
Nos municípios e unida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>radas que já implantaram o Centro <strong>de</strong> Informações Estratégicas e<br />
Resposta em Vigilância em Saú<strong>de</strong> (Cievs), esses indicadores <strong>de</strong>verão ser acompanhados pelo Comitê<br />
Cievs, em conjunto com as áreas envolvidas. Nos <strong>de</strong>mais municípios, as áreas envolvidas <strong>de</strong>vem se<br />
reunir semanalmente, <strong>para</strong> avaliar em conjunto os dados que estão sob sua responsabilida<strong>de</strong>, com o<br />
objetivo <strong>de</strong> subsidiar a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> estratégias e a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão dos gestores.<br />
A seguir, as ativida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>senvolvidas nesse período:<br />
Vigilância epi<strong>de</strong>miológica municipal<br />
• Receber das unida<strong>de</strong>s notificadoras as FIN <strong>de</strong> todos os casos suspeitos, incluindo-as imediatamente<br />
no Sinan. Nos períodos epidêmicos, <strong>de</strong>ve ser preenchida apenas a FIN, exceto <strong>para</strong> os casos<br />
suspeitos <strong>de</strong> FHD/SCD e DCC.<br />
• Realizar transferência <strong>de</strong> dados <strong>para</strong> a SES, conforme periodicida<strong>de</strong> e fluxo <strong>de</strong>finidos em normas<br />
operacionais do Sinan, recomendando a transferência diária dos dados da notificação pelos municípios<br />
que utilizam o Sisnet.<br />
• Investigar, preenchendo a Ficha <strong>de</strong> Investigação (FII), os casos suspeitos <strong>de</strong> FHD/SCD, DCC, óbitos,<br />
gestantes, menores <strong>de</strong> 15 anos e casos com manifestação clínica não usual. Especial atenção<br />
<strong>de</strong>ve ser dada <strong>para</strong> os campos referentes aos exames laboratoriais e conclusão dos casos. Consultar<br />
o prontuário dos casos e o médico assistente <strong>para</strong> completar as informações sobre exames inespecíficos<br />
realizados (principalmente plaquetas e sinais <strong>de</strong> extravasamento plasmático). Verificar e<br />
anotar se foi realizada a prova do laço e qual foi o resultado. A investigação <strong>de</strong>ve ser feita imediatamente<br />
após a notificação, preferencialmente ainda durante a internação.<br />
• Investigar imediatamente os óbitos suspeitos utilizando o protocolo <strong>de</strong> investigação <strong>para</strong> a i<strong>de</strong>ntificação<br />
e correção dos fatores <strong>de</strong>terminantes.<br />
• Realizar busca ativa <strong>de</strong> casos graves nos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, não <strong>de</strong>vendo aguardar a notificação<br />
passiva <strong>de</strong> novos casos.<br />
• Repassar, da forma mais ágil possível, os casos estratificados por local <strong>de</strong> residência ou <strong>de</strong> infecção <strong>para</strong><br />
subsidiar o direcionamento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetor nas áreas <strong>de</strong> maior ocorrência <strong>de</strong> casos.<br />
• Reorganizar o fluxo <strong>de</strong> informação, <strong>para</strong> garantir o acompanhamento da curva epidêmica; analisar<br />
a distribuição espacial dos casos <strong>para</strong> orientar as medidas <strong>de</strong> controle; acompanhar os indicadores<br />
epi<strong>de</strong>miológicos (incidência, índices <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> e letalida<strong>de</strong>) <strong>para</strong> conhecer a magnitu<strong>de</strong> da<br />
epi<strong>de</strong>mia e a qualida<strong>de</strong> da assistência médica.<br />
50<br />
Secretaria <strong>de</strong> Vigilância em Saú<strong>de</strong> • MS