Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de ...
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<strong>Diretrizes</strong> <strong>Nacionais</strong> <strong>para</strong> a <strong>Prevenção</strong> e <strong>Controle</strong> <strong>de</strong> Epi<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> Dengue<br />
Bloqueio <strong>de</strong> transmissão<br />
O bloqueio <strong>de</strong> transmissão baseia-se na aplicação <strong>de</strong> inseticida por meio da nebulização espacial a frio<br />
– tratamento a UBV –, utilizando equipamentos portáteis ou pesados em, pelo menos, uma aplicação,<br />
iniciando no quarteirão <strong>de</strong> ocorrência e continuando nos adjacentes, consi<strong>de</strong>rando um raio <strong>de</strong> 150m.<br />
As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> bloqueio <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong>vem, preferencialmente, ser adotadas após análise atualizada<br />
<strong>de</strong> indicadores epi<strong>de</strong>miológicos (número e localização dos casos por área, índice <strong>de</strong> infestação,<br />
sorotipo circulante) e operacionais (cobertura <strong>de</strong> visitas, número <strong>de</strong> quarteirões, índice <strong>de</strong> pendência<br />
etc.) da área on<strong>de</strong> será feita a intervenção, permitindo, assim, avaliar o impacto das medidas adotadas.<br />
Dessa forma, é imprescindível a estreita integração e articulação dos serviços <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica<br />
e entomológica, <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores e da área <strong>de</strong> assistência. Uma estratégia que facilita o<br />
processo <strong>de</strong> trabalho é a implantação da sala <strong>de</strong> situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue no município ou no estado, que tem<br />
como objetivo principal o monitoramento <strong>de</strong> indicadores epi<strong>de</strong>miológicos e operacionais.<br />
Essas aplicações têm caráter transitório, <strong>de</strong>vendo ser suspensas quando as informações epi<strong>de</strong>miológicas<br />
indicarem que houve progresso no controle da transmissão. As aplicações <strong>de</strong> UBV pesada<br />
<strong>de</strong>verão ser feitas no turno da manhã, entre 5 h e 8 h, e à noite, entre 18h e 22h.<br />
A eficiência do bloqueio <strong>de</strong> transmissão aumenta consi<strong>de</strong>ravelmente quando se realiza a remoção<br />
prévia dos focos larvários, com a intensificação das visitas domiciliares e mutirões <strong>de</strong> limpeza<br />
e com a colaboração da população, abrindo portas e janelas, <strong>de</strong> maneira a facilitar a entrada das<br />
gotículas no domicílio.<br />
O bloqueio <strong>de</strong> transmissão é a estratégia <strong>de</strong> escolha <strong>para</strong> uma ação imediata, quando se faz necessário<br />
o combate ao vetor na forma adulta. São exemplos <strong>de</strong>ssas situações:<br />
• município infestado, mas sem transmissão confirmada, sendo importante buscar a confirmação<br />
laboratorial <strong>de</strong> caso suspeito;<br />
• município com transmissão confirmada, em que a notificação <strong>de</strong> casos suspeitos é suficiente<br />
<strong>para</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar o bloqueio, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o número <strong>de</strong> casos seja baixo, ou seja, quando o período<br />
é não epidêmico;<br />
• quando da confirmação <strong>de</strong> caso importado em município infestado, mas sem ocorrência <strong>de</strong> notificação<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue;<br />
• quando da notificação <strong>de</strong> caso suspeito proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> região ou país on<strong>de</strong> esteja ocorrendo a<br />
transmissão por um sorotipo não circulante naquele município/área.<br />
5.3.7. Roteiro da vigilância entomológica e controle vetorial<br />
Atribuições da esfera municipal<br />
• Incluir a vigilância sanitária municipal como suporte às ações <strong>de</strong> vigilância e controle vetorial, que<br />
exigem o cumprimento da legislação sanitária.<br />
• Integrar as equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle vetorial, unificando os territórios<br />
<strong>de</strong> atuação <strong>de</strong> ACS e ACE.<br />
• Realizar o levantamento <strong>de</strong> indicadores entomológicos.<br />
• Executar as ações <strong>de</strong> controle mecânico, químico e biológico do mosquito.<br />
• Enviar os dados entomológicos ao nível estadual, <strong>de</strong>ntro dos prazos estabelecidos.<br />
• Gerenciar os estoques municipais <strong>de</strong> inseticidas e biolarvicidas.<br />
MS • Secretaria <strong>de</strong> Vigilância em Saú<strong>de</strong><br />
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