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Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de ...

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<strong>Diretrizes</strong> <strong>Nacionais</strong> <strong>para</strong> a <strong>Prevenção</strong> e <strong>Controle</strong> <strong>de</strong> Epi<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> Dengue<br />

Apresentação<br />

O quadro epi<strong>de</strong>miológico atual da <strong>de</strong>ngue no país caracteriza-se pela ampla distribuição do Ae<strong>de</strong>s<br />

aegypti em todas as regiões, com uma complexa dinâmica <strong>de</strong> dispersão do seu vírus, circulação<br />

simultânea <strong>de</strong> três sorotipos virais (DENV1, DENV2 e DENV3) e vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> a introdução<br />

do sorotipo DENV4.<br />

Essa situação epi<strong>de</strong>miológica tem, ao longo dos anos, apesar dos esforços do Ministério da Saú<strong>de</strong>,<br />

dos estados e dos municípios, provocado a ocorrência <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>mias nos principais centros urbanos do<br />

país, infligindo um importante aumento na procura pelos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, com ocorrência <strong>de</strong> óbitos.<br />

Mais recentemente, com a maior intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> circulação do sorotipo DENV2, tem-se observado um<br />

agravamento dos casos, com aumento do registro em crianças.<br />

As intervenções sobre o problema são, em alguns aspectos, reconhecidas como <strong>de</strong> difícil implantação,<br />

por seu caráter <strong>de</strong> atuação global, que transcen<strong>de</strong> o setor saú<strong>de</strong>. Algumas outras ações, entretanto,<br />

são <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> imediata dos gestores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> locais e potencialmente capazes <strong>de</strong> produzir<br />

mudanças efetivas no quadro atual, com <strong>de</strong>staque <strong>para</strong> a redução da letalida<strong>de</strong> dos casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue<br />

com complicação e <strong>de</strong> febre hemorrágica da <strong>de</strong>ngue.<br />

Nessa direção, o SUS vem <strong>de</strong>senvolvendo uma série <strong>de</strong> esforços solidários, buscando propiciar aos<br />

estados e municípios melhores condições <strong>para</strong> o a<strong>de</strong>quado enfrentamento do problema. Dentre as<br />

ações <strong>de</strong>stacam-se o aumento <strong>de</strong> R$ 130 milhões no Teto Financeiro <strong>de</strong> Vigilância em Saú<strong>de</strong>, a intensificação<br />

das campanhas <strong>de</strong> informação e mobilização da população, a publicação e distribuição <strong>de</strong><br />

manuais <strong>de</strong> manejo clínico <strong>de</strong> adultos e crianças, <strong>de</strong> enfermagem, do ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> atenção básica, entre<br />

outros. Foi criado, ainda, um grupo interministerial com representantes dos Ministérios da Educação e<br />

das Cida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>ntre outros. Além disso, foi criado o Grupo Executivo da Dengue, constituído pelas diversas<br />

áreas do Ministério da Saú<strong>de</strong>, cuja finalida<strong>de</strong> principal é apoiar estados e municípios em respostas<br />

coor<strong>de</strong>nadas e articuladas. Esse grupo coor<strong>de</strong>nou e apoiou a elaboração <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> contingência<br />

em 13 aglomerados urbanos dos 12 estados <strong>de</strong> maior risco epi<strong>de</strong>miológico.<br />

Os resultados <strong>de</strong>sses esforços começaram a surtir efeito em 2009, com uma importante redução no<br />

número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue, inclusive em suas formas graves, e principalmente no número <strong>de</strong> óbitos.<br />

Nosso atual <strong>de</strong>safio é dar sustentabilida<strong>de</strong> e continuida<strong>de</strong> a esses resultados, tendo sempre como meta<br />

uma taxa <strong>de</strong> letalida<strong>de</strong> por <strong>de</strong>ngue menor que 1%, mesmo que ainda se imponha a suscetibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminadas áreas ainda não expostas à circulação <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados sorotipos virais.<br />

Com esse propósito, o Ministério da Saú<strong>de</strong>, em estreita cooperação com o Conass e o Conasems,<br />

apresenta as <strong>Diretrizes</strong> <strong>Nacionais</strong> <strong>para</strong> a <strong>Prevenção</strong> e <strong>Controle</strong> <strong>de</strong> Epi<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> Dengue, que possibilitarão<br />

aos gestores a<strong>de</strong>quar seus planos estaduais, regionais, metropolitanos ou locais, tornando-se<br />

imperioso que o conjunto das ativida<strong>de</strong>s que vêm sendo realizadas e outras a serem implantadas sejam<br />

intensificadas, permitindo um melhor enfrentamento do problema e a redução do impacto da <strong>de</strong>ngue<br />

sobre a saú<strong>de</strong> da população brasileira.<br />

José Gomes Temporão<br />

Ministro da Saú<strong>de</strong><br />

MS • Secretaria <strong>de</strong> Vigilância em Saú<strong>de</strong>

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