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30º <strong>Curso</strong> <strong>de</strong> Actualização <strong>de</strong> Professores <strong>de</strong> Geociências (2ª edição)<br />

conclusões mais seguras quanto à ocorrência <strong>de</strong> glaciação (Ferreira et al., 1999).<br />

Na área <strong>do</strong> PNPG é na Serra <strong>do</strong> Gerês on<strong>de</strong> ocorre o maior número <strong>de</strong> vestígios glaciários. O<br />

planalto <strong>do</strong> Couce, na parte central da serra, é o sector on<strong>de</strong> esses vestígios são mais evi<strong>de</strong>ntes,<br />

principalmente pela diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> geoformas glaciárias <strong>de</strong> erosão e <strong>de</strong> acumulação. O circo <strong>de</strong><br />

Cocões <strong>de</strong> Coucelinho (Fig. 4-A) é uma das geoformas glaciárias mais típicas, mas no mesmo<br />

sector observam-se também pequenas <strong>de</strong>pressões glaciárias (<strong>do</strong>s quais se <strong>de</strong>staca a Lagoa <strong>do</strong><br />

Marinho) e principalmente um vasto conjunto <strong>de</strong> moreias (Fig. 5-A) <strong>de</strong> diversos tipos (laterais e<br />

frontais) e a diversas altitu<strong>de</strong>s, que permitem estabelecer os cerca <strong>de</strong> 150 metros <strong>de</strong> espessura <strong>do</strong>s<br />

gelos no máximo glaciário. Os outros <strong>do</strong>is sectores com mais evidências glaciárias na Serra <strong>do</strong><br />

Gerês são o alto vale <strong>do</strong> Rio Homem e o vale <strong>de</strong> Compadre, locais a visitar no âmbito <strong>de</strong>sta<br />

excursão (Ponto 4).<br />

A elevada extensão da serra e principalmente a sua configuração geomorfológica, com picos<br />

acima <strong>do</strong>s 1400 metros <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> com vales profun<strong>do</strong>s abriga<strong>do</strong>s da insolação e da<br />

circulação atmosférica <strong>do</strong>minante, são factores essenciais para a ocorrência <strong>de</strong> vestígios glaciários<br />

noutros sectores da serra. Destes <strong>de</strong>stacam-se o vale da Ribeira das Negras, a vertente galega<br />

(norte) da serra e o alto vale <strong>do</strong> Rio Fafião. No vale da Ribeira das Negras, a leste <strong>do</strong>s topos mais<br />

altos da serra, po<strong>de</strong> observar-se um <strong>do</strong>s circos glaciários mais típicos, embora neste vale tenha<br />

particular importância a ocorrência <strong>de</strong> diversos tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos glaciários (till subglaciário e<br />

supraglaciário). Na vertente galega os principais vestígios ocorrem na parte superior <strong>do</strong> vale <strong>do</strong><br />

Rio Vilameá, nomeadamente a forma em “U” <strong>do</strong> vale, rochas estriadas, moreias laterais e till<br />

subglaciário. No alto vale <strong>do</strong> rio Fafião observa-se um importante conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos<br />

glaciários (till subglaciário e supraglaciário) ainda que aí as geoformas glaciárias sejam <strong>de</strong><br />

reduzida importância. No sector oci<strong>de</strong>ntal da serra (Pra<strong>do</strong>s da Messe-Rocalva) os vestígios<br />

glaciários estão muito localiza<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se ainda assim o vale glaciário das Fichinhas (Fig.<br />

4-B), com forma em “U”, e a moreia frontal <strong>do</strong> Curral da Rocalva.<br />

Na Serra Amarela os vestígios glaciários inequívocos são <strong>de</strong> reduzida expressão, estan<strong>do</strong><br />

confina<strong>do</strong>s às cabeceiras <strong>do</strong> rio Cabril, na vertente oriental da serra, nomeadamente a ocorrência<br />

<strong>de</strong> duas moreias laterais: a moreia <strong>do</strong> Ramisque<strong>do</strong> ocorre entre os 1165 e os 1130 metros <strong>de</strong><br />

altitu<strong>de</strong> e a moreia <strong>do</strong> Torrão <strong>do</strong> Fial, paralelamente a essa, entre os 1125 e os 1080 metros<br />

(Ferreira et al., 1999).<br />

Quanto à Serra da Peneda, é no seu sector oci<strong>de</strong>ntal que ocorrem os principais vestígios<br />

glaciários. No vale <strong>do</strong> Alto Vez ocorre uma morfologia com circos glaciários, terraços <strong>de</strong>

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