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uma reorganização profunda da drenagem, orientada para a BTD e representada pelas Arcoses <strong>de</strong> Nave <strong>de</strong><br />

Haver, e uma importante fase <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação da superfície da Meseta.<br />

Com os episódios tectónicos neogénicos ter-se-á observa<strong>do</strong> a continuação <strong>do</strong> levantamento das<br />

montanhas, mas fundamentalmente a mo<strong>de</strong>lação <strong>do</strong>s blocos tectónicos entre os ATVP e ATBVM e a<br />

retenção <strong>do</strong>s sedimentos em bacias como as <strong>de</strong> Chaves, Bragança ou Miran<strong>de</strong>la. No sector mais oriental<br />

<strong>do</strong> planalto mirandês, ao escavamento <strong>de</strong> paleovales segue-se a sua colmatação por sedimentos e uma<br />

nova etapa importante <strong>de</strong> aplanamento.<br />

A captura da drenagem <strong>do</strong> interior norte <strong>de</strong> Portugal bem como a dimensão e forma <strong>de</strong> um Douro<br />

primitivo permanecem como temas <strong>de</strong> difícil entendimento. A maior extensão e incisão <strong>do</strong>s afluentes da<br />

margem norte <strong>do</strong> Douro sugerem que a penetração <strong>do</strong> Douro para o interior se terá realiza<strong>do</strong> por captura<br />

progressiva <strong>de</strong> diversos blocos abati<strong>do</strong>s, como os <strong>de</strong> Miran<strong>de</strong>la e da Vilariça, enquanto a sul o bloco<br />

levanta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Montemuro terá individualiza<strong>do</strong> a bacia <strong>do</strong> Mon<strong>de</strong>go mais a sul.<br />

A forte penetração da erosão na sub-bacia <strong>do</strong> Sabor na superfície da Meseta <strong>do</strong> sector oriental<br />

constitui um da<strong>do</strong> objectivo em favor <strong>de</strong> um Douro-Sabor que se estabeleceu entre duas etapas<br />

importantes: a <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação <strong>de</strong> um nível <strong>de</strong> aplanamento que afecta os sedimentos terciários e a <strong>de</strong><br />

captura <strong>do</strong> sector espanhol da actual bacia hidrográfica <strong>do</strong> Douro, bem expressa pelo canhão fluvial <strong>do</strong><br />

Douro internacional.<br />

Como se observa, a dispersão e a escassez <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s recolhi<strong>do</strong>s não permitem ainda traçar com<br />

segurança o processo evolutivo da drenagem no norte <strong>de</strong> Portugal, nomeadamente da transição da<br />

drenagem en<strong>do</strong>rreica que caracterizou o sector oriental para a drenagem atlântica promovida pelo Douro.<br />

REFERÊNCIAS<br />

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Gomes, J. (2005). As bacias <strong>de</strong> Miran<strong>de</strong>la, Mace<strong>do</strong> <strong>de</strong> Cavaleiros e <strong>de</strong> Vilariça-Longroiva; estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> geomorfologia. Tese <strong>de</strong> <strong>do</strong>utoramento.<br />

Inst. Est. Geográficos, FLUC. 539p.<br />

Volume I, Capítulo V - Geomorfologia | 499

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