Natal - Supermercado Moderno
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60 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
Pesquisa c arne<br />
exclusiva<br />
dica prática<br />
Ajude o seu cliente<br />
Fazer o consumidor ter a percepção de que pode fazer uma ceia<br />
diferente, seja sofisticando a compra ou incrementando os pratos<br />
preparados todos os anos. É nisso que o supermercadista deve<br />
apostar, na opinião de Márcio Rolla, especialista em comportamento<br />
do consumidor da ESPM-RJ. Quem concorda é Daniela Casabona,<br />
da Around Research. Veja as dicas para sua loja:<br />
Para Daniela, Degustação é funDamental nessa época<br />
do ano. “Recebo e-mails do Pão de Açúcar com algumas receitas<br />
diferentes e isso me chama a atenção. O supermercadista<br />
pode reunir algumas envolvendo as carnes típicas e explicar o que<br />
pode acompanhá-las para enviar eletronicamente aos clientes<br />
cadastrados”, sugere. Quem não tem um mailing desse tipo pode<br />
optar pelo tradicional correio (nesse caso, é preciso avaliar o custo)<br />
ou pelos tabloides de ofertas. Harmonizações de pratos natalinos<br />
com vinhos, diz ela, também são bastante interessantes<br />
(veja matéria nesta edição)<br />
ainDa falanDo em Degustação, Márcio Rolla acredita que<br />
uma forma de estimular o cliente a fazer a receita sugerida em<br />
casa é o varejista prepará-la para os consumidores experimentarem<br />
na loja. “Isso pode ser feito com a ajuda de fornecedores. Se<br />
não for possível, não acredito que o investimento seja alto”, diz ele.<br />
joão de freitas<br />
o esPecialista Da esPm-rJ também lembra que é da cultura<br />
do brasileiro superestimar a quantidade de comida nas comemorações,<br />
com receio de que falte. O resultado são muitas sobras.<br />
Nessa linha, o Hiper DB, de Manaus (AM), publicou em seu site no<br />
ano passado algumas referências de quantidades ideais de alimentos<br />
e bebidas por pessoa. Entre as informações, por exemplo,<br />
a rede indicava que 200 g de carne, peixe ou frango servem um<br />
participante num jantar ou almoço; 150 g de batata e vegetais<br />
para cada pessoa; 30 g de saladas; e, na entrada, seis canapés por<br />
convidado. E isso só para citar alguns exemplos divulgados.<br />
Para o grupo da<br />
classe c, a carne da<br />
festa é a do churrasco<br />
de 50%. Elas cedem espaço para<br />
a bovina embalada, que saiu de<br />
17% para 21% dos que vão comprar<br />
carne, e para as de churrasco<br />
– alta de 21% para 23%. Aumentou<br />
ainda o percentual dos que citam<br />
‘outras carnes’, que alcançou<br />
13% , contra 2% em 2010.<br />
“Esse movimento se deve a<br />
uma mudança na faixa<br />
etária do decisor de<br />
compras. Tem muita<br />
gente mais nova definindo<br />
o que vai comprar,<br />
o que faz com<br />
que a tradição perca um pouco<br />
de força”, afirma Márcio Rolla, especialista<br />
em comportamento do<br />
consumidor da ESPM-RJ. Com o<br />
aumento do poder de compra, as<br />
pessoas também puderam acrescentar outros tipos à<br />
sua cesta natalina. Há ainda, segundo ele, a questão<br />
da ascensão da classe C. “Para esse grupo, a carne<br />
da festa é a do churrasco, pois é a que eles compartilham<br />
nos momentos de comemoração”, explica.<br />
Na Casa Avenida, rede com 21 lojas no interior<br />
de São Paulo, a previsão é de consumo estável nas<br />
carnes natalinas, enquanto outros tipos devem<br />
crescer 10% neste ano. João Antônio Binato Jr., diretor<br />
comercial, nota que tem havido uma migração<br />
na data para peixes, como salmão e bacalhau.<br />
Também é forte o consumo de carne bovina nessa<br />
época, além da de carneiro e de porco.<br />
Loja independente de Alegre (ES), o BC <strong>Supermercado</strong>s<br />
tem na picanha uma das estrelas da data.<br />
O aumento nas vendas chega a 30% durante as festas<br />
de fim de ano em relação à média dos demais<br />
meses. “Graças aos ganhos de renda, os clientes puderam<br />
incluir essa carne nas compras. Agora não<br />
querem abrir mão desse novo padrão”, conta Delcio