06.01.2015 Views

download da revista completa (pdf - 10.778 Kb) - Abralic

download da revista completa (pdf - 10.778 Kb) - Abralic

download da revista completa (pdf - 10.778 Kb) - Abralic

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A literatura e a virtualização do texto literário<br />

193<br />

multiplici<strong>da</strong>d heterogenia de<br />

nuestros fantasmas recientes<br />

engarzados en una fisiología<br />

excrescente, descomunal y atroz.<br />

Síntesi imposible, monstruosa<br />

por tanto, de la historia en<br />

nuestro presente, y presencia<br />

acechante dei monstruo de lo<br />

otro que en vano pretendemos<br />

recluir más aliá de nuestros<br />

limites de seguri<strong>da</strong>d.<br />

Con la denominación "modelo<br />

Frankenstein" pretendo metaforizarestas<br />

dos vertientes: porun<br />

lado, la pervivencia de los restos<br />

ca<strong>da</strong>véricos de nuestro pasado:<br />

teoóas, estéticas, religiones ...<br />

que retornan en una<br />

contemporanei<strong>da</strong>d convulsa,<br />

que no compone sin más un<br />

mosaico de <strong>da</strong>tación diversa sino<br />

que lo integra en un dinamismo<br />

redivivo y mutante; y, por otro<br />

lado, plasmar la presencia y eI<br />

horror de lo monstruoso en los<br />

limites de nuestra conciencia y<br />

nuestrageografía: el extranjero,<br />

el fanático, el violento, el<br />

marginal, las minoóas diferentes<br />

y ladiferenciaen suma." Mag<strong>da</strong>,<br />

Rosa María Rodríguez. El<br />

modelo frankenstein: de la<br />

diferencia a la cultura post.<br />

Madrid: Editorial Tecnos, 1997.<br />

11 Vivian, em "A decadência <strong>da</strong><br />

mentira", 1891. In Beckson,<br />

Karl (Org). O melhor de Oscar<br />

Wilde. Tradução Dau Bastos.<br />

Rio de Janeiro: Garamond,<br />

2000.<br />

12 Guattari, Félix. Da Produção<br />

<strong>da</strong> Subjetivi<strong>da</strong>de. In Imagem<br />

máquina. São Paulo: Editora<br />

34, 1993.<br />

13 Kubrick, Stanley. 2001 Uma<br />

Odisséia no Espaço. MGMI<br />

UA HOME VIDEO, VÍDEO<br />

ARTE DO BRASIL, 1968.<br />

63Deleuze, Gilles e Guattari.<br />

Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia.<br />

Vol. I. Tradução<br />

Aurélio Guerra Neto e Célia<br />

Pinto Costa. São Paulo: Editora<br />

34, la Reimpressão, 1996, p.<br />

16.<br />

do texto com imagens, sons e movimentos, seja pelo<br />

questionamento de conceitos sobre leitura, autoria, narrativa e<br />

representação. No bojo de to<strong>da</strong>s as discussões surgi<strong>da</strong>s em torno<br />

<strong>da</strong> literatura neste final de século e que, atualmente, têm merecido<br />

lugar de destaque no campo <strong>da</strong>s ciências humanas está, sem dúvi<strong>da</strong>,<br />

a questão relativa ao pensamento e à produção literária na era<br />

do digital. Diante deste fato, buscamos com este trabalho refletir<br />

sobre as seguintes questões: até que ponto, e de que maneira, se<br />

diferenciam a forma e a sensibili<strong>da</strong>de literária <strong>da</strong> moderni<strong>da</strong>de e<br />

<strong>da</strong> pós-moderni<strong>da</strong>de frente ao avanço <strong>da</strong> tecnologia digital e como<br />

se processará a relação leitor/texto diante do novo quadro que se<br />

estrutura Para responder a essas questões trabalharemos com a<br />

crítica <strong>da</strong> cultura que irá nos fornecer instrumental teóricoinvestigativo<br />

para que tornemos possível a formulação de alguns<br />

pressupostos teóricos acerca de uma nova lógica existencial para<br />

o sentido <strong>da</strong> literatura, num mundo dominado por imagens, veloci<strong>da</strong>de,<br />

informação em tempo real.<br />

Definitivamente, - como diz Félix Guattari 12 - entramos<br />

na era <strong>da</strong> subjetivi<strong>da</strong>de maquínica, não de uma subjetivi<strong>da</strong>de<br />

reterritorializa<strong>da</strong>, mas de uma subjetivi<strong>da</strong>de controla<strong>da</strong> pelas máquinas:<br />

mídias, bancos de <strong>da</strong>dos, a temporali<strong>da</strong>de dos computadores<br />

(tempo real), telecomunicações. Não se trata aqui de dizer<br />

que as máquinas tomarão o poder e dominarão o homem % a<br />

ficção científica já fez essa previsão e ela não se concretizou, não<br />

<strong>da</strong> forma como foi profetiza<strong>da</strong> ou como o computador HAL 9000,<br />

de 2001 Uma odisséia no espaçol3, tentou impor a sua lógica<br />

coisifica<strong>da</strong> de máquina. Mas de apenas constatar o fato de que,<br />

ca<strong>da</strong> vez mais, e com maior intensi<strong>da</strong>de, a nossa subjetivi<strong>da</strong>de<br />

está entrando em máquina: esta é a era que Guattari classifica<br />

como era <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> informática planetária. Segundo Freeman<br />

Dyson, não há nenhum perigo concreto de que a inteligência humana<br />

venha a ser supera<strong>da</strong> pela artificial, pois está continuará a<br />

ser uma ferramenta sob controle humano. 14 O perigo real reside<br />

no uso e na conformação que pode ser <strong>da</strong><strong>da</strong> às máquinas abstratas<br />

(políticas, econômicas, científicas, e outros)15 que podem agenciar<br />

a nossa consciência e sensibili<strong>da</strong>de de forma <strong>da</strong>nosa.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!