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Nesse contexto, a relação de impedâncias no ponto de injeção do surto e a representação das<br />
não linearidades dos equipamentos impactam o resultado das simulações de transitórios<br />
eletromagnéticos.<br />
Ao contrário das simulações de fluxo de potência, onde a rede é considerada equilibrada e a<br />
representação é monofásica, nas simulações de transitórios eletromagnéticos deve-se considerar a<br />
representação trifásica, levando-se também em conta os acoplamentos possíveis, de acordo com o<br />
fenômeno investigado.<br />
Para a simulação de transitórios, o regime permanente da rede pré-defeito/pré-manobra tem a<br />
função de definir apenas as condições iniciais da simulação, e não tem a mesma importância de<br />
uma simulação de fenômenos apenas a 60 Hz.<br />
Entretanto, qualquer regime permanente factível implica uma rede bem representada, com todas as<br />
relações de impedância importantes incluídas, e uma topologia adequada e realista.<br />
Como não é factível — por limitações da ferramenta — a representação de todo o sistema interligado<br />
no programa de simulação, há necessidade de que se escolha uma sub-rede representativa, porém<br />
limitada, que não distorça o fenômeno em análise.<br />
Tendo em vista que um dos efeitos transitórios mais significativos é ocasionado pelo surto injetado<br />
pela aplicação/remoção de defeito, caso a rede de sequência positiva e de sequência zero sejam<br />
adequadamente representadas, os valores de magnitude dos curtos-circuitos no programa de<br />
transitórios eletromagnéticos deverão ser próximos àqueles obtidos por meio do programa<br />
ANAFAS. Para tal, é necessário representar equivalentes de curto-circuito, a 60 Hz, na rede<br />
representada pelo programa de transitórios eletromagnéticos. Isto é feito pela inclusão de uma<br />
fonte ideal, com frequência 60 Hz, em série com uma impedância.<br />
A grande questão é: caso as fontes ideais estejam eletricamente próximas do ponto avaliado,<br />
praticamente só as ondas de 60 Hz surgirão nas simulações, o que não é conceitualmente correto,<br />
ocasionando um resultado fictício, sem sustentação física.<br />
Sempre que possível, é importante a representação dos parques geradores, não por equivalentes de<br />
curto-circuito a partir do ANAFAS, mas pela representação de seus transformadores elevadores e<br />
de suas máquinas; estas são representadas, a princípio, pelas fontes tipo 14 em série com a reatância<br />
subtransitória. A representação da máquina pelo modelo completo também é aceitável, embora<br />
não seja essencial para boa parte dos fenômenos em análise.<br />
Outra questão importante diz respeito ao amortecimento da rede elétrica. Essa rede, quando<br />
reduzida aos itens mais elementares, é composta por uma associação de resistências, indutâncias e<br />
capacitâncias.<br />
DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS BÁSICOS PARA EMPREENDIMENTOS DE TRANSMISSÃO