Aqui - UFRJ
Aqui - UFRJ
Aqui - UFRJ
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
56 | 230<br />
acompanhamento de estudos desta natureza ao longo dos anos tem mostrado que, embora as<br />
sobretensões aumentem de fato, este tipo de manobra não costuma causar valores tão elevados de<br />
sobretensão que venham a impactar a definição dos para-raios. De tal sorte que a necessidade deste<br />
tipo de simulação está em processo de reavaliação.<br />
Para a modelagem completa do transformador na base de dados ATP, é necessário incluir<br />
a representação da curva de histerese, cujos pontos podem ser obtidos, por exemplo, pelo<br />
processamento da rotina “HYSTERESIS HEVIA” do ATP, considerando-se os valores de joelho,<br />
reatância saturada (Xac) e os pontos da curva de saturação vista dos terminais do enrolamento<br />
da realização da manobra. O fluxo residual deve também ser ajustado, recomendando-se valor da<br />
ordem de 50% a 60% do fluxo nominal da transformação.<br />
Visando a impor a condição mais crítica, o fluxo residual deve ser considerado com seu valor<br />
máximo numa das fases e abranger o fechamento do disjuntor no instante de polaridade de fluxo<br />
inverso em relação ao fluxo residual, conforme recomendado no item 9.2.1.8 do submódulo 23.3<br />
dos Procedimentos de Rede do ONS.<br />
Considerando-se que os estudos estão desenvolvendo-se na etapa de projeto básico da subestação,<br />
na maioria das vezes a curva de saturação de transformadores ainda não está disponível, já que é<br />
obtida a partir de testes em fábrica (ensaio em vazio). Neste caso, devem ser adotados dados típicos,<br />
sendo recomendada a comprovação da sua adequação ao caso estudado.<br />
Na avaliação da suportabilidade dos transformadores, na falta de informações oficiais do fabricante<br />
devem-se adotar os valores indicativos de sobretensões admissíveis a 60Hz para transformadores<br />
em vazio, de acordo com o item 10.3.1 do submódulo 23.3 dos Procedimentos de Rede do ONS.<br />
3.2.8.3. Premissas para Ajuste dos Casos ATP<br />
Os impactos causados por energização de unidades transformadoras são, geralmente, mais severos,<br />
sob condição da rede mais fraca, com menor nível de curto-circuito. É o caso das configurações<br />
com menor número de unidades geradoras despachadas, verificadas, na maioria das vezes, em<br />
condição de carga leve.<br />
Para aferição da topologia representada, redes de sequência zero e positiva, é necessário aferir os<br />
níveis de curto-circuito trifásico e monofásico. Devem-se também afastar os equivalentes de 60 Hz<br />
do ponto de manobra até pelo menos duas barras de distância. Caso haja transformação na barra<br />
fronteira, preferencialmente colocar o equivalente no lado de tensão oposto ao da manobra, com a<br />
saturação representada.<br />
A tensão de pré-manobra precisa ser ajustada igual à máxima tensão operativa em correspondência à<br />
classe de tensão da rede, de acordo com a Tabela 1 do item 5.3.1.2 dos Procedimentos de Rede do ONS.<br />
DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS BÁSICOS PARA EMPREENDIMENTOS DE TRANSMISSÃO