Ferramentas-mecanismos-financiamento-socioambiental
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A principal fonte de poluição na Região Hidrográfica<br />
da BG e o esgoto domestico das áreas urbanas, uma<br />
vez que a coleta e tratamento nos municípios de<br />
entorno da Baía são bastante precários. Dados de<br />
2000 apontam que de um volume aproximado de<br />
22,4 m3/s de esgoto produzido na região, apenas 5,7<br />
m3/s (ou 25,4%) eram coletados por redes de esgoto<br />
e efetivamente tratados.<br />
Os esforços de controle de lançamentos estão associados ao licenciamento e à legislação, mas<br />
também à cultura internacional, que fez com que as empresas mudassem nos últimos anos, considerando<br />
a responsabilidade <strong>socioambiental</strong>. Porém, não há um pensamento integrado de poluição, ou<br />
seja, não se leva em conta o impacto agregado das diversas indústrias.<br />
Uma pesquisa realizada pela FIRJAN, publicada em 2011, mostrou que para as 388 indústrias do<br />
Rio de Janeiros (não apenas na BG) que fizeram parte da amostra, a gestão de resíduos é mencionada<br />
como uma das principais dificuldades para a melhoria ambiental, especialmente para as pequenas<br />
e médias empresas. Dentro desse aspecto, a gestão dos efluentes líquidos é o segundo aspecto de<br />
importância para as empresa grandes e o terceiro aspecto para as médias. Em relação à geração de<br />
resíduos, os efluentes líquidos aparecem em segundo lugar, atrás apenas dos resíduos sólidos. Do<br />
total de empresas, 48,8% mencionaram que possuíam unidades próprias de tratamento, sendo esta<br />
a principal ação para tratar os efluentes líquidos. Analisando apenas as grandes empresas esse valor<br />
sobe para 70% (FIRJAN, 2011).<br />
As indústrias apontaram entre as principais dificuldades para a melhoria ambiental a falta de<br />
informações técnicas e a burocracia dos órgãos responsáveis. Vale ressaltar que o aspecto “falta de<br />
recursos financeiros” apareceu na última posição, atrás de outras nove dificuldades (FIRJAN, 2011).<br />
Há <strong>financiamento</strong> diferenciado (como do Bando do Brasil e da CAIXA) para compra de equipamentos<br />
tecnológicos.<br />
2.3.1 Esgoto doméstico<br />
A principal fonte de poluição na Região Hidrográfica da BG é o esgoto doméstico das áreas urbanas,<br />
uma vez que a coleta e tratamento nos municípios de entorno da Baía são bastante precários.<br />
Dados de 2000 apontam que de um volume aproximado de 22,4 m 3 /s de esgoto produzido na região,<br />
apenas 5,7 m 3 /s (ou 25,4%) eram coletados por redes de esgoto e efetivamente tratados (CONSÓRCIO<br />
ECOLOGUS-AGRAR, 2005).<br />
Como se pode notar na tabela 4, ainda é muito precário o atendimento à população urbana em relação<br />
ao acesso ao saneamento básico nos municípios que fazem parte da Bacia Hidrográfica da BG.<br />
A maioria dos municípios possui atendimento de saneamento inferior a 10% da população urbana,<br />
mostrando o quadro preocupante para os rios desses municípios e para a BG, que recebe significativa<br />
parte do esgoto não tratado (SEA, 2011).<br />
<strong>Ferramentas</strong> e <strong>mecanismos</strong> para o <strong>financiamento</strong> <strong>socioambiental</strong> • Probio II 39