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Ferramentas-mecanismos-financiamento-socioambiental

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estas Aluviais. Essas formações florestais ganham especial destaque com a riqueza arbórea, associada<br />

aos consideráveis níveis de biomassa e volume de madeira. Além disso, o MMA identifica na região<br />

áreas prioritárias para conservação e uso sustentável da biodiversidade, sendo 51% de importância<br />

biológica extremamente alta e 21% de importância biológica muito alta.<br />

A partir desses dados o Funbio fez a identificação das cadeias produtivas potenciais e economicamente<br />

viáveis para o município, bem como a verificação da convergência com os parceiros do Probio<br />

II. O alinhamento com as políticas públicas municipais, estaduais e federais enfatizaram a escolha<br />

pelas cadeias de pesca, orgânicos e madeira, cujos principais pontos apresentaremos a seguir.<br />

4.1. Cadeia Produtiva Madeireira<br />

O Estado do Pará possui aproximadamente 1,25 milhão de quilômetros quadrados (15% do território<br />

nacional), com grandes áreas de cobertura florestal. Devido à abundância de florestas ricas<br />

em madeiras com valor comercial e as condições de relevo (em grande parte, plano a suavemente<br />

ondulado), o Estado do Pará possui aptidão para a atividade florestal.<br />

Esta aptidão ganha especial destaque com a grande extensão e navegabilidade dos rios. Entretanto,<br />

a grande maioria da exploração ainda é feita de forma não autorizada, tendo sido detectado pelo<br />

IMAZON (2011) que esse tipo de exploração está presente em quase todas as regiões e mesorregiões<br />

do Estado, sendo a maioria no sudeste (51%); seguido do nordeste (18%), sudoeste (15%), Baixo Amazonas<br />

(8%) e Marajó (7%).<br />

Outro estudo realizado pelo IMAZON para a Secretaria Especial de Estado de Produção, em 2006,<br />

denominado “Detalhamento do macrozoneamento ecológico econômico do estado do Pará: áreas para<br />

produção florestal manejada” demonstrou que o município de Juruti, por sua vez, está localizado entre<br />

os 14 polígonos identificados para a produção florestal do Pará com alto potencial. Desses 14 polígonos,<br />

apenas quatro estão totalmente localizados em zonas destinadas à consolidação do desenvolvimento<br />

de atividades produtivas, tendo Juruti uma área de 12.652 m² coberta por florestas consideradas com<br />

alto potencial florestal, com recomendações para concessão florestal/assentamento florestal.<br />

Pouco tempo depois a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em parceria com o Instituto<br />

Socioambiental e Recursos Hídricos (ISARH) e com o Instituto de Desenvolvimento Florestal<br />

do Pará (IDEFLOR) elaboraram o relatório final da Caracterização do Mercado de Produtos Florestais<br />

Madeireiros e Não – Madeireiros da Região Mamurú Arapiuns (2008). O documento apresentou uma<br />

análise de mercado para o manejo florestal madeireiro e não madeireiro da Região, com especial<br />

atenção para alguns fatores que dizem respeito a esse tipo de concessão e as condições da área de<br />

estudo, bem como sobre a estrutura de governança local instalada para operar a cadeia florestal. Foram<br />

identificados também aspectos determinantes e problemáticos para o eficaz desenvolvimento<br />

da cadeia da floresta na região. Há ainda a exploração ilegal e falta de conhecimento para o desenvolvimento<br />

de planos de manejo, o que acaba ocasionando uma serie de conflitos locais impactando<br />

diretamente no lado da oferta da cadeia.<br />

Esses estudos desencadearam a necessidade de entender melhor a dinâmica do manejo florestal<br />

em Juruti, em especial aquela relativa às concessões públicas, dentro do cenário das empresas e das<br />

comunidades. Essa potencialidade fez com que o Funbio buscasse parcerias para avaliar a intervenção<br />

para a o desenvolvimento da cadeia produtiva madeireira.<br />

94 <strong>Ferramentas</strong> e <strong>mecanismos</strong> para o <strong>financiamento</strong> <strong>socioambiental</strong> • Probio II

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