Ferramentas-mecanismos-financiamento-socioambiental
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ase a elaboração de premissas para a criação de ferramentas e estruturas necessárias para a implementação<br />
do desenho da agenda de desenvolvimento sustentável.<br />
A partir da realidade local, as premissas pactuadas pontuaram a importância da participação ampla<br />
e efetiva da população 3 ; a abordagem das propostas com o foco no território 4 ; o diálogo com a<br />
realidade vivida pelas pessoas diretamente inseridas no território; e a internalização na empresa de<br />
conceitos como o desenvolvimento sustentável do empreendimento.<br />
A estruturação do tripé de intervenção foi baseada na composição de três pilares, formada por<br />
um espaço de diálogo, indicadores de sustentabilidade e um fundo de desenvolvimento sustentável.<br />
Cada um desses pilares compôs um planejamento interventivo de médio prazo, com vistas a um futuro<br />
repasse do conjunto de conhecimento para a população local, que envolve as metodologias desenhadas,<br />
as boas práticas de gestão e as estruturas para os representantes das comunidades locais.<br />
JURUTI SUSTENTÁVEL: uma proposta e modelo para desenvolvimento local<br />
Construção e indicadores de desenvolvimento,<br />
para monitorar as transformações sociais, ambientais<br />
eeconômicas da região<br />
Indicadores de<br />
Desenvolvimento<br />
Sustentável<br />
Criação e um espaço<br />
para a participação<br />
ampla e desenvolvida<br />
das partes interessadas<br />
Conselho Juruti<br />
Sustentável (Conjus)<br />
Agenda de<br />
Desenvolvimento<br />
Local<br />
Sustentável<br />
Fundo Juruti<br />
Sustentável<br />
Apoio ao desenvolvimento<br />
local com investimentos nas<br />
prioridades indicadas pelo<br />
Conselho Juruti Sustentável e<br />
nas necessidades apontadas<br />
no monitoramento de Juruti<br />
e entorno<br />
O primeiro pilar do modelo foi o desenho e a implantação de um espaço de diálogo coletivo, denominado<br />
de Conselho Juruti Sustentável, ou apenas CONJUS. A princípio, pensado apenas como um<br />
fórum de debates, o CONJUS se tornou uma organização legalmente constituída, sem fins lucrativos,<br />
3<br />
De acordo com o site do Ministério do Meio Ambiente (MMA) “a Organização das Nações Unidas – ONU realizou, no Rio de Janeiro,<br />
em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). A CNUMAD é mais<br />
conhecida como Rio 92, referência à cidade que a abrigou, e também como “Cúpula da Terra” por ter mediado acordos entre os<br />
Chefes de Estado presentes. 179 países participantes da Rio 92 acordaram e assinaram a Agenda 21 Global, um programa de<br />
ação baseado num documento de 40 capítulos, que constitui a mais abrangente tentativa já realizada de promover, em escala<br />
planetária, um novo padrão de desenvolvimento, denominado “desenvolvimento sustentável”. O termo “Agenda 21” foi usado<br />
no sentido de intenções, desejo de mudança para esse novo modelo de desenvolvimento para o século XXI.<br />
A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em<br />
diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica”.<br />
4<br />
A abordagem do conceito de território é ampla, ganhando diferentes interpretações conforme o prisma a ser analisado.<br />
Atentos a essas questões, os idealizadores do projeto tentaram entender os diversos olhares sobre o espaço, respeitando<br />
aspectos político ou jurídico-político, cultural ou simbólico- cultura e econômico. Isso porque esses aspectos influenciam<br />
significativamente o espaço delimitado e controlado, a apropriação simbólica dos grupos locais em relação ao espaço, bem<br />
como as fontes de recurso, que desembocam nas discussões sobre a relação entre capital e trabalho.<br />
<strong>Ferramentas</strong> e <strong>mecanismos</strong> para o <strong>financiamento</strong> <strong>socioambiental</strong> • Probio II 85