Estudo produtividade em pdf. - Fesete
Estudo produtividade em pdf. - Fesete
Estudo produtividade em pdf. - Fesete
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
FESETEProdutividade nas I.T.V.C.A envolvente externa é particularmente importante na medida <strong>em</strong> que condiciona a actuação das <strong>em</strong>presase as opções possíveis ao nível das restantes áreas. Após um período de convergência da economiaportuguesa relativamente às médias europeias, nos primeiros anos do século XXI t<strong>em</strong> vindo a registar-seum retrocesso no que concerne ao rendimento per capita, decorrente <strong>em</strong> grande parte de uma conjunturamuito negativa, tanto a nível nacional como internacional. Dado o grau de abertura ao exterior da economiaportuguesa, e nomeadamente a importância que as exportações para países como Al<strong>em</strong>anha e Françaassum<strong>em</strong>, o período menos favorável que estas economias atravessam, influencia também o des<strong>em</strong>penhonacional, condicionando a sua capacidade de retoma após a recessão de 2003.O fenómeno da globalização e a crescente liberalização dos mercados, particularmente sentida nos sectores<strong>em</strong> análise neste estudo, transformaram radicalmente as relações de produção e os desafios que se colocamao mundo <strong>em</strong>presarial.Neste âmbito, as negociações ao nível da Organização Mundial do Comércio, assim como as negociaçõesbilaterais, nomeadamente entre a União Europeia e a China, são de extr<strong>em</strong>a importância para a economianacional e para as I.T.V.C. A liberalização do comércio a nível mundial, considerando que as exportaçõesmundiais mantém um ritmo de crescimento significativo (9% <strong>em</strong> 2004), poderá constituir uma boaoportunidade para as <strong>em</strong>presas portuguesas, mas para que tal suceda efectivamente é necessário garantirque haja nos mercados uma concorrência sã, <strong>em</strong> que as <strong>em</strong>presas possam competir <strong>em</strong> “pé de igualdade”.A reciprocidade nos mercados é algo que actualmente não existe. De tal forma que a liberalização docomércio de têxteis e vestuário no início do ano de 2005 conduziu a um aumento exponencial das importaçõesde produtos asiáticos, por parte dos países europeus.Esta situação teve consequências muito gravosas para os sectores a nível nacional. Para além dasdificuldades próprias sentidas pelas <strong>em</strong>presas de capital nacional <strong>em</strong> se adaptar<strong>em</strong> a esta concorrênciaacrescida, que obrigou muitas delas a repensar a estratégia seguida até aqui, a possibilidade de produzir<strong>em</strong> regiões com custos de mão-de-obra ainda mais baixos que Portugal, levou muitas das multinacionaispresentes no nosso país a deslocalizar parte ou toda a produção para essas regiões.O impacto sobre o <strong>em</strong>prego nos sectores está a ser muito forte e a contribuir para o aumento muitosignificativo do des<strong>em</strong>prego no país. Esta é uma situação particularmente grave, pois estes novosdes<strong>em</strong>pregados são pessoas que frequent<strong>em</strong>ente trabalhavam nos sectores desde muito jovens, têm níveisde habilitações baixos e muitos deles, idades já avançadas, o que restringe fort<strong>em</strong>ente as alternativas paraestas pessoas.80