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Cronologia - Gazeta Das Caldas

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Centrais25ransformou num grande grupo económico regional10 | Setembro | 2010As primeiras instalações da empresa e uma das oficinas iniciais. São Cristóvão foi o berço deste grupo económico e o local onde este está sedeado.“O país precisava de vários António Júlio”"É uma pessoa de muita di-nâmica, o país precisava devários António Júlio". É assim queLuísa Fonseca de Sousa, de 52 anos,caracteriza o marido.O empresário diz que há diversosaspectos que o conduziram pelos caminhosdifíceis que teve que encontrar:"acreditar no que estamosa fazer, fazer contas, planear,ser exigente principalmenteconsigo próprio, mas tambémcom os outros, e ser teimoso,nunca me fico pelo não, tenhoque saber como ultrapasso onão, isso tem sido a chave emtoda a minha vida".Luísa Sousa acompanhou AntónioJúlio em todo o processo de incubação,nascimento e crescimento daempresa e, apesar de só há 10 anoster saído da EDP - onde esteve 24 anos- para assumir um cargo efectivo naAuto Júlio, onde é responsável pelaárea financeira, desde sempre foi umapoio importante para o marido.A ajuda recaía em todos os camposonde era possível. "Quandoadquirimos o posto da Galp, porexemplo, aconteceu a todos terque fazer limpezas", recorda.Luísa Sousa adianta que foramprecisos muitos sacrifícios e dácomo exemplo o nascimento da filhamais velha, Catarina. O tempo degestação estava no fim, mas era precisofazer um negócio e para não ficarsozinha acompanhou o marido,ficando em casa do cliente com aesposa deste. Voltaram para casadepois da meia noite e Catarina nasceulogo poucas horas depois.A decisão de largar um empregode longa duração para abraçar o projectodo marido não foi fácil. "Estavana EDP há muitos anos, po-dia não me adaptar e por vezesnão é saudável para um casaltrabalhar junto, mas para mu-dar tinha que ser numa alturaem que ainda tinha alguma coi-sa para dar e não estou nadaarrependida".A entrada dos filhos na Auto Júliofoi sendo gradual. Tanto Bruno Júliocomo Catarina Sousa foram crescendocom a empresa, onde trabalhavamnas férias."Hoje é ilegal trabalhar com12, 13 anos, mas eu trabalheinas férias e não me fez mal ne-nhum", diz Bruno Júlio, hoje com 35anos. "Aprendi o funcionamen-to de todas as secções e o quehoje me permite ter um conhe-cimento de cada área", conta.Fez de tudo, desde estafeta, recepcionistade oficina, a lavador de carros.Só em 1995, depois de cumprirserviço militar, assumiu um cargode chefia. A Auto Júlio tinha acabadode chegar a Leiria e era preciso ter àfrente uma pessoa de confiança. "Eutinha estado na Marinha e abraceio desafio, um pouco empurrado,um pouco por inicia-tiva, porque gosto muito dosector automóvel e tive que medesenrascar", conta.A irmã Catarina Sousa, hoje com 27anos, tinha quatro quando a Auto Júliofoi criada e ambas foram crescendolado a lado. Recorda ter aprendido aandar de bicicleta entre carros novos"lembro-me perfeitamente de omeu pai me largar e eu ir a pe-dalar e a olhar para os carroscom medo de os riscar, mascerto é que aprendi depressa".Aos 13 começou também a trabalharnas férias, como telefonista e recepcionista,mas mais tarde mudou derumo. Licenciou-se em gestão e estagiouna Sonae Sierra, depois de se formarfoi para o Grupo PT. Mas há precisamenteum ano sentiu vontade devoltar. "Quando uma pessoa cres-ce num negócio de família umdia sente que tem que dar umacontinuidade a esse trabalho".António Júlio sente "orgulho"por ter dois dos seus filhos já a liderara empresa e acredita nas possibilidadesde ambos. "Têm característicasdiferentes, comple-tam-se um ao outro".FUTURO PASSA PELOESTRANGEIROMesmo com as contas elevadaspara pagar na fase inicial, AntónioJúlio diz que nunca sentiu a empresaem perigo. A resposta à pergunta dequando sentiu maiores dificuldades,é respondida de forma pragmática:"é agora, não pela minha empresa,mas por este país e pe-las condições que estão a sercriadas, as coisas estão mal eparece que vão piorar".A empresa atingiu em 2009 o picodo endividamento, devido às reestruturaçõesque foram sendo feitas. "In-vestimos um milhão de euros emPombal e em Leiria, gastámosmuito dinheiro no pólo de SãoCristóvão, acabámos de pagarvários investimentos no anopassado e dentro de três anosnão teremos praticamente en-dividamento, o que nos tornaconfiantes", diz António Júlio.Mesmo em termos de volume denegócios, 2010 está melhor que 2009e a perspectiva é que o grupo possaexpandir-se mas… não em Portugal."Sinto necessidade e estou disponívelpara isso, mas não nestepaís, não vejo saída, foi criadauma cultura de ver os em-presários como os maus da fitae que levaram o país ao queestá".A presença no estrangeiro já existedesde há quatro anos, refere o filho,Bruno Júlio, numa espécie detubo de ensaio do que poderá ser umaexpansão futura.O administrador da Auto Júlio Investimentoscorrobora com o pai navontade de continuar a crescer:"mesmo que queiramos parar jánão conseguimos, temos quecrescer e nessa óptica o mer-cado nacional é pequeno, maisano menos ano temos que sair".A empresa marca presença comnegócios imobiliários na Gâmbia eno Brasil desde há quatro anos."Acreditamos que o futuro estáno Brasil, é um país enorme,dos maiores do mundo. Enquantona Europa os cresci-mentos são da ordem de 1% ou1,5%, no Brasil tem sido, 7 a8%, e já chegou a ser de doisdígitos", diz Bruno Júlio.Estes negócios funcionam comotubo de ensaio enquanto não é possíveluma estrutura permanente. "Umnegócio no exterior não podeser controlado à distância", dizo empresário, que compara as actividadespreliminares no estrangeirocomo um departamento de investigaçãoque mais tarde se transformanuma empresa.J.RJoão Lourenço e Margarida Alexandre sãocolaboradores desde o primeiro diaJoão Lourenço refere que “sempretrabalhámos para ser uma empresa dequalidade e forte”A Auto Júlio arrancou há 23 anos com quatrotrabalhadores, para além do proprietário, e doisdeles continuam a fazer parte da empresa desde oprimeiro dia. A estabilidade da empresa e o ambienteforam fazendo que ficassem, e já nenhumacredita que o futuro passe por outras paragens.João Lourenço, de 54 anos, era colega de AntónioJúlio na Geopeças quando este lhe lançouo desafio. "Fui ficando sempre, sobretudo pelogrupo de trabalho pois há uma boa ligação en-tre patrões e funcionários", conta.Na empresa fez de tudo. "Cheguei a ser con-siderado pela gerência um pronto-socorro", sublinha.Para além das peças, passou pelas vendas,pelos combustíveis e só passados sete anospassou a ter um cargo fixo, voltando à secçãodas peças, pelo qual é hoje responsável na AutoJúlio <strong>Caldas</strong>.Um dos segredos do sucesso, acredita, é aforma familiar como todos vestem a camisola."A empresa sempre privilegiou pela estabilida-de, começámos com poucos e fomos sendo uma<strong>Cronologia</strong>Margarida Alexandre diz que “não é fácilestar 23 anos no mesmo emprego, mas porvezes também não é difícil”família, sempre trabalhámos para ser uma em-presa de qualidade e forte".Também colaboradora desde o primeiro dia éMargarida Alexandre, que quando começou a trabalharna Auto Júlio tinha 22 anos.Hoje trabalha na parte comercial das viaturasnovas, mas no início, tinha que tratar de toda aburocracia inerente ao negócio: "fazia facturaçãoda oficina, peças, documentação dos car-ros". Na altura não havia computadores, recorda,e tudo era mais complicado que hoje, "Fazíamosmuitos serões e sábados", mas foi tudo por umaboa causa, sustenta. "Para se criar o que se crioué preciso alguém se predispor, porque sem traba-lho não se consegue nada".Acabada de completar 23 anos de casa, tal comoJoão Lourenço, diz que foi ficando "porque fuigostando, talvez devido à empresa ter vindo aevoluir e o ambiente de trabalho ser sempre agradável.Não é fácil estar 23 anos no mesmo em-prego, mas às vezes também não é difícil".J.R.1987 - António Júlio cria a Auto Júlio Lda nas <strong>Caldas</strong> destinada à venda de viaturas Mitsubishi1989 - A Auto Júlio Lda adquire o posto Galp em São Cristóvão1991 - É criada a Auto Júlio Peniche Lda, para comercializar viaturas Mitsubishi em Peniche1992 - Aquisição da Garagem <strong>Caldas</strong>, passando a comercializar combustível a granel e a fazer transportede combustíveis1994 - É criada a AJ Motor (<strong>Caldas</strong> Motor, SA) em <strong>Caldas</strong> da Rainha, representante da marca Hyundai1995 - É criada a Auto Júlio Leiria (Mitlei), representante da Mitsubishi em Leiria. O filho Bruno Sousa juntaseao pai na administração das empresas.1999 - Criação da Auto Júlio Rent, dedicada ao aluguer de viaturas. A administração das empresas passaa ser feita por António Júlio, Bruno Sousa e Luísa Fonseca2000 - O grupo soma mais três empresas: a AJ Ocasião, para comércio de viaturas usadas; a Auto JúlioImobiliária, que faz a gestão de imóveis do grupo; e a AJ Investimentos SGPS, para a gestão das participaçõese administração do grupo2003 - Surge a AJ Imobiliária para a construção do Pólo de Pombal. A empresa fica encarregue também dagestão dos imóveis do grupo e pelo arrendamento de lojas em Pombal2004 - A Auto Júlio passa a sociedade anónima, passando a agregar os negócios Mitsubishi, Posto Galp,Venda de Combustiveis a Granel, Hyundai, Galp Frota, Nissan e Posto BP. É criada a Auto Júlio Pombal,representante Mitsubishi2006 - A AJ Motor assume a representação da Nissan, enquanto a Auto Júlio Leiria passa a congregar as trêsmarcas do grupo, Mitsubishi, Hyundai e Nissan. A Garagem <strong>Caldas</strong> adere ao sistema Cartão Solrred2007 - A Auto Júlio Imobiliária assume a construção do Pólo de São Cristóvão e fica responsável peloarrendamento das lojas. A AJ Ocasião abre a oficina Bosch Car Service em São Cristóvão2008 - É criada a AJ Consulting para gerir a Exchange no Pólo de São Cristóvão2009 - A AJ Peniche abre uma oficina Bosch Car Service

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