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Cronologia - Gazeta Das Caldas

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Centrais2324 | Setembro | 2010ue é referência para várias gerações de clientesAspecto da discoteca nos anos 80 e na actualidade. A Green Hill continua a ser o mais importante espaço de diversão nocturna na região.antigas do género e já recebeu programasde rádio e de televisão, bemcomo festas de todos os tipos. Hámais de dez anos obteve um númerorecorde de visitantes – 4500 clientesnuma festa da revista Caras.DISCOTECA NUNCA PAROU DECRESCERAo longo destes 30 anos foram tantasas remodelações e ampliaçõesque os gerentes já nem sabem quantasforam.A primeira terá sido em 1985, alturaem que mudaram a cabine desom do lugar e criaram um novo espaço.Foi nesse local que chegarama fazer uma noite de gala com ShegundoGalarza.A segunda pista de dança foi construídano final da década de 80, quandocomeçaram a servir hambúrguerese outros petiscos. “O O meu fãnúmero um era o engenheiroPaiva e Sousa (ex-presidente daCâmara das <strong>Caldas</strong>) que ia sem-pre lá com os amigos comer assandes que eu fazia”, recordaMena.Outras das principais ampliaçõesfoi o primeiro andar, com vistapara a pista principal.Em 2001 Filomena Félix avançoucom obras de remodelação e abriu adiscoteca com um “staff” completamentenovo, que incluía alguns concorrentesde “reality shows” (comoo “Big Brother), músicos (Melão eGonzo) e actores (Diogo Morgado).Actualmente nenhum “famoso” fazparte do pessoal da casa. “Algunsainda aparecem às vezes, mascomo amigos”, conta Mena.A empresária conta que desde háquatro anos começou a notar-se quehá menos pessoas a sair à noite. Oconsumo de bebidas também desceumuito, principalmente desde 2007.“O ano de 2009 foi uma coisaterrível, mas em 2010 conse-guimos recuperar um pouco.Tenho feito tudo por tudo”, afirmoua empresária.Embora saiba que os outros estabelecimentoscomerciais desteramo não estão melhor, salienta quea sua casa tem maiores custos porcausa da sua dimensão.Isto apesar de não aumentaremos preços há quase 10 anos. Uma imperialcontinua a custar três euros,mas a bebida que se bebe mais actualmenteé o vodka.O ano passado remodelaram completamenteo antigo pub, para criarum clube para pessoas mais velhase o investimento revelou-se ruinoso.“Ainda hoje estou à espera queas pessoas mais velhas apare-çam”, ironizou. Acabou por começara utilizar o espaço para festas privadase jantares para grupos.Em breve o clube deverá voltar asofrer transformações. Para RicardoRomão, é importante que uma discotecacom uma dimensão tão grandecrie espaços diferentes, para diferentesestilos.TRABALHAR EM FAMÍLIACada vez mais é o filho quem tratadas relações com os fornecedores,algo que a mãe nunca gostoumuito de ter a seu cargo. “Ele temmuito mais à vontade do queeu para negociar”, afirma FilomenaFélix. O seu filho passou tambéma ser responsável por tudo o que dizrespeito à publicidade e ao pessoalda casa.Filomena Félix gosta de trabalharcom o seu filho, embora às vezes surjamalguns conflitos que não aconteceriamse fosse com outra pessoa.“Temos muita à vontade umcom o outro e por vezes sur-gem aquelas discussões entremãe e filho”, revelou.O facto de o seu filho ter passadoa adolescência com os pais a trabalharnuma discoteca acabou por serpositivo. “Aquilo que os pais sofremcom os filhos durante ado-lescência, cia, por não saberem poronde eles andam à noite, nãoaconteceu comigo. Ele saía da-qui e ia para casa da minha mãeao fim-de-semana”, salientou.O único medo que tinha era relacionadocom o consumo de qualquertipo de droga e por isso “sempre fiztudo o que pude para não ha-ver disso aqui na Green Hill”.Para Ricardo Romão também foibom porque assim conquistou a confiançados pais e quando precisavaia para outros locais divertir-se.“Nunca senti os holofotes emcima. Sempre fiz o meu traba-lho à vontade”, disse.Ricardo Romão também já é pai deduas meninas - Lara (cinco anos) eCarolina (12 anos) - que só visitam adiscoteca durante o dia. “Um diaem que estejam à minha frentena pista e eu a passar músicavou achar um piadão”, comentou.Embora não queira revelar o volumede negócios da Félix & RomãoLda., Ricardo Romão referiu quenuma noite podem pagar 15 mil eurospara um DJ famoso actuar semque tenham prejuízo por isso.A família também esteve por detrásde outros negócios. FilomenaFélix explorou a loja de música “MagicSom”, no centro comercial da Ruadas Montras, durante 20 anos. RicardoRomão também investiu numa lojade música e roupa entre 1996 e 2000.O seu pai, Luís Romão, explorou orestaurante “Príncipe Perfeito” e osbares “Adega do Borlão” e “Frenético”,na década de 90.Pedro Antunespantunes@gazetacaldas.comRicardo Romão tem uma carreira própria como DJ Romão e no duo Phonic LoungeCasa de encontros e desencontrosFundada em 1980 por Luís Romão e Filomena Félix, a discoteca atravessoutempos conturbados, mas sobreviveu às maiores contrariedades. Actualmente,Filomena Félix (mais conhecida como Mena) e o seu filho, Ricardo Romão,comandam um “barco” que dá trabalho a 45 pessoas e que movimenta milharesde clientes todos os fins-de-semana.As épocas mais fortes na Green Hill foram sempre os verões e o Carnaval.No último fim-de-semana de Maio fazem a festa de aniversário, que é sempreum sucesso.Desde há cinco anos deixaram de abrir todos os dias da semana em Agosto,como acontecia antes. Desde 2008 que só abrem à quinta, sexta e sábado,durante o Verão. No resto do ano a discoteca funciona às sextas-feiras e sábados.“Somos uma casa única, onde mesmo as pessoas que vêm defora se sentem bem desde a primeira vez”, considera Filomena Félix,que exige que todo o seu pessoal seja sempre simpático para os clientes.“Às Às vezes as pessoas não são muito justas e dizem muitas coi-sas da Green Hill, mas eu sempre fiz tudo para que os clientesfossem bem tratados”, comentou. Filomena Félix assume que muitas vezesé quase mãe de muitos jovens que frequentam a discoteca. “Há Há muitospais que quando os filhos começam a vir à Green Hill dizem-lhespara chamarem a Mena sempre que precisarem”, afirma orgulhosa.Embora exista o “Foz Bus by Night” (autocarro que faz a ligação entre as<strong>Caldas</strong> da Rainha e a discoteca aos sábados), ainda há muitos pais que optampor ir levar e buscar os seus filhos. “Se Se calhar houve uma altura em queos pais davam demasiada liberdade aos filhos e agora voltaram apreocupar-se mais”, considera.Filomena Félix tem sempre um carinho especial por alguns jovens das <strong>Caldas</strong>de quem conhece as mães.Apesar disso, a relação entre os caldenses e a discoteca foi sempre “deamor e ódio” porque há quem prefira sair para fora em vez de sair à noitemais perto de casa. Há noites em que a maior parte dos clientes da Green Hillsão pessoas de fora.Mas são muitos os caldenses (já pais de família) que ao regressarem àGreen Hill, depois de um jantar ou de uma festa, não conseguem evitar a nostalgia.“Muitas vezes vêm ter comigo e dizem ter muitas saudadesdas noites que aqui passaram”, referiu Mena. Há casais que começarama namorar na Green Hill ou que deram ali seu primeiro beijo. Mas também jáhouve cenas de ciúme, que muitas vezes acabam mal.CRONOLOGIA1980 – Luís Romão e FilomenaFélix abrem a discoteca GreenHill. A firma chama-se José Luísda Silva Romão e era um estabelecimentoem nome individual.1991 – Filomena Félix deixa agestão da Green Hill1996 – Luís Romão é vítima deum assalto e sofre danos neurológicosincapacitantes1996 – O filho, Ricardo Romão,P.A.então com 17 anos, assume responsabilidadesna discoteca1997 - Filomena Félix regressa àgestão do Green Hill que passa aser detido pela sociedade unipessoalMaria Filomena Filipe Félix2000 – Remodelação total dopessoal da discoteca2005 – Criada a sociedade Félix& Romão Lda. (apelidos da mãe edo filho) com um capital social de5000 euros

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