20Centrais28 | Janeiro | 2011, VUMAMA EMPRESAMPRESA, , VÁRIAS VGERAÇÕESJá em 1898 Manuel Felizardo vendia máquinas de cochegou com o seu bisneto ao século XXIDa esquerda para a direita: Mário Felizardo (1912-1964), filho de Manuel Felizardo (de quem não existem fotos) herdou o negócio do pai e era um entusiasta da Foz do Arelho, noqual se pode ver, na foto seguinte, acompanhado da mulher Sara (1913-2010) e do filho Francisco. Este último, que viveu entre 1942 e 2004) foi um continuador do ramo da família,tendo-se especializado na mecânica das máquinas de costura. A quarta foto mostra o mais novo membro do clã empresarial, , Mário Felizardo (nascido em 1965), bisneto doprimeiro vendedor de máquinas de costura das <strong>Caldas</strong>.O caldense Mário Felizardo(nascido em 1965) é o herdeiroda Casa Felizardo, fundada em1898 pelo seu bisavô Manuel Felizardo,que é actualmente arepresentante exclusiva da marcade máquinas Bernina comercializadasem todo o territórionacional.“Vendemos o top das má-quinas de costura e damoscursos sobre o seu funcio-namento em todo o país,apoiando assim os nossosclientes”, disse Mário Felizardo,que vai guiar-nos pela históriada sua empresa, apesar depouco ou nada saber sobre o seubisavô fundador, pois não ficoupara a História qualquer registode como seria Manuel Felizardoe como afinal começou a históriada ligação desta família àsmáquinas de costura. De qualquerforma, Mário Felizardo crêque o seu familiar terá aberto aloja nas proximidades da actual,na Rua General Queirós. Dedicava-seà venda de máquinasde costura e, por facturasque ainda existem, pode apenasconfirmar que a fundaçãoda empresa decorreu em 1898.Quem herdou o negócio foi o seuavô, Mário Felizardo (1912-1964),de quem também herdou onome. Apesar de não o ter conhecido,diz que “foi verdadei-ramente empreendedor ecreio que teve que dar umnovo arranque ao negócioque o seu pai (e meu bisavô)criou”.O avô do actual responsávelmudou a instalação da loja em1937, para um pouco mais abaixoda localização inicial da sedeactual da firma. Hoje estão nonº 35 e antes estiveram no nº 26da Rua General Queirós.“O negócio que o pai lhedeixou, correu-lhe bem, ape-sar da concorrência apertarum pouco já na altura”, contao neto Mário Felizardo, acrescentandoque naquela época,nas <strong>Caldas</strong>, existia outro vendedorde máquinas alemãs, oJoão Valeriano, “que eram delonge tecnicamente superio-res às da Oliva” mas aindaassim, “o meu avô Mário ven-deu milhares de máquinas”.A avó, Sara Felizardo (1913-2010), era o braço direito domarido que, enquanto viajava deterra em terra para vender asmáquinas da marca Oliva, seocupava de dar os cursos debordados e também de corte ecostura, explicando assim comose poderia usar as máquinasacabadas de vender. As formaçõestambém decorriam nas aldeiasum pouco por todo o concelhoe também nos concelhosvizinhos.O trabalho do casal de comerciantesfoi tal que a marca acaboupor os reconhecer e, maistarde, “o avô acabou por fi-car com a concessão a nívelregional”. Trabalhava em exclusivocom a marca portuguesaOliva, que possuía fábrica emS. João da Madeira, após ter tidouma primeira experiência coma Singer, menos bem sucedida.“O meu avô foi um grandehomem e também teve sem-pre uma grande mulher aoseu lado”, diz hoje o neto econtinuador do negócio familiar.Para Mário Felizardo, a Foz doArelho “era tudo”, conta hojeo neto explicando que o seu avôpassava vários meses na localidadebalnear. “Ficava em casados compadres e comadrese arranjava maneira de lápassar metade do ano”, disseo neto, que agora mora nalocalidade predilecta do avô.Este ainda fez alguns negóciosimobiliários tendo construídodois prédios nas <strong>Caldas</strong>, o últimodos quais pouco antes defalecer, em 1964.“O meu avô era um defen-sor de causas sociais”, disseMário Felizardo explicando queo seu familiar chegou a integrara Junta de Freguesia das <strong>Caldas</strong>e colaborou no Montepio. “Foio primeiro radiologista quan-do a máquina veio para ainstituição”, contou o neto,acrescentando que o avô eratambém amigo do prestigiadomédico Vieira Pereira.O casal teve um filho, FranciscoFelizardo (1942-2004) queacabou por ser o continuador donegócio da família. “O O meu avômandou o meu pai durantetrês anos trabalhar para afábrica da Oliva em S. Joãoda Madeira, o que lhe permi-tiu ficar com um know howmuito bom ao nível da mecâ-nica”, contou Mário Felizardo,acrescentando que “nunca co-nheci tão bom mecânico demáquinas de costura comoo meu pai”.E enquanto o avô Mário erasobretudo um comercial e a avódava formação profissional(para usar um termo de hoje),“o meu pai continuou o negócio,vendeu muita máqui-na, mas apostou sobretudona reparações”, contou. MárioFelizardo acompanhava o seupai Francisco a eventos internacionaisdo sector, sobretudo naAlemanha e era ele que aferia aqualidade dos materiais. “Eleera um mecânico formidá-vel”, recorda.Francisco Felizardo casou em1962 com Manuela Felizardo(1942-1965) e têm no ano seguintea primeira filha, Cristina Felizardo.Esta tem hoje 47 anos e éprofessora na Escola SecundáriaRaul Proença não tendo enveredadopelo “métier” famili-Já são quatro as gerações da família Felizardo que se dedicam à venda de máquinas de costura. E seantes o bisavô Manuel e o avô Mário corriam as terras da região para vender as então inovadorasmáquinas de costurar, hoje Mário Felizardo patrocina eventos onde dá a conhecer a sua máquinaBernina que, com as coordenadas certas, até borda sozinha. É o admirável mundo da electrónicaaplicado a estes equipamentos que esta empresa caldense vende e dos quais é a única representanteno país.O jovem Francisco com os pais (ambos à direita)acompanhado de três funcionárias da loja Olivaar. Dois anos depois nascia MárioFelizardo, o actual continuadordo negócio familiar. A suamãe viria a falecer, vítima deacidente de viação, quando estetinha apenas 28 dias.Não terão sido tempos fáceispara Francisco Felizardo os anosde 1964 e 1965 pois primeiromorre o seu pai e, no ano seguinte,a esposa. Sozinho, tomaas rédeas do negócio e contacom ajuda de Henrique Garcia,irmão da sua avó Sara, para gerira empresa.Entre 1965 e 1970 a casa chegaa ter quatro funcionários,todos da região.E se o avô Mário se dedicavaem exclusivo à Oliva o seu pai,mais tarde, acaba por expandiro negócio às marcas Bernina ePfaff. “Mais tarde acabámospor deixar a Oliva pois amarca deixou de fabricar asmáquinas em Portugal, preferindocomeçar a importálasde outros países com implicaçõesgraves na qualida-de”, explicou Mário Felizardo.Começaram então a vender Pfaffe Bernina, mas neste momentoapenas trabalham com esta última,sendo os seus representantesnacionais.CASA FELIZARDOPARTICIPAVA NA FEIRADO 15 DE AGOSTOMário Felizardo vinha para aloja ajudar o pai e lembra-se depintar os pedais das máquinasde costura. Antes vendiam-se asmáquinas com as respectivassecretárias enquanto que hojeé um equipamento portátil. “NaNaaltura fazia parte das repa-rações tirar a ferrugem evoltar a pintar”, disse MárioFelizardo, contando que havianas instalações um tanque comsoda cáustica onde “eram mer-gulhadas as máquinas parase tirar as velhas tintas e aferrugem”. Um dia, claro está,e apesar dos múltiplos avisospara que tivesse muito cuidado“escorreguei e mergulhei oUma imagem dos anos cinquenta onde se vêem duasempregadas da firma e uma típica máquina de costura da época
Centrais2128 | Janeiro | 2011stura num negócio quepé no tanque, tendo ficadoaflito só que o ácido já esta-va pouco reactivo e nadaaconteceu, apesar do susto”.Ainda hoje Mário Felizardoguarda muitos decalques que sedestinavam a colocar nas máquinasentão reparadas, serviçoque ajudava o pai a fazer. O actualempresário ainda se lembrade irem buscar as máquinasde costura que chegavam às<strong>Caldas</strong> no comboio e de comoeram transportadas numa carroçaaté à loja, na Rua GeneralQueirós.Recorda-se igualmente da participaçãoda empresa em feirascomo a do 15 de Agosto, quandoesta se fazia na mata.A partir dos anos 70 a vendaMário Felizardo é o actual responsável por uma empresa, cujasde máquinas de costura decres-máquinas de costura já são hoje autênticos computadoresceu bastante, mas as reparaçõesforam sempre algo constante e que se manteve atédá para fazer tudo, até bordados tradicionais”,hoje. De qualquer modo o decréscimo nas vendas fez com acrescentou o responsável. Nos últimos cinco anos, aque as marcas apostassem na inovação.Casa Felizardo promove ainda workshops de pactchwork(técnica de produzir trabalhos com retalhosEm 1990, Mário Felizardo vem para a empresa e o seu pai,Francisco, passa a dedicar-se mais às relações públicas, além de tecido) e “só só o fazemos com formadores des-de se manter sempre ligado à assistência técnica.ta área que possuem percurso internacional”,O jovem Mário gostava principalmente de jogar à bola, contou Mário Felizardo. Este ano, em Maio, regressaráàs <strong>Caldas</strong> a especialista australiana Jenny Bo-ficando os estudos para segundo plano. Vai trabalhar a tempointeiro com o pai, sem ter terminado o ensino secundário, wker. A digressão desta formadora em patchworkmas vai fazendo uma completa aprendizagem das máquinas começará por Espanha e depois de Portugal aindaque sempre deram o sustento à família. Mário Felizardo passará por cidades como Bruxelas, Amesterdão outem-se deslocado à Suíça, à sede da marca Bernina, sempre Frankfurt.que há novas máquinas para fazer cursos de aprendizagem Estas máquinas podem custar entre os mil e osao nível de mecânica.seis mil euros. E se tiverem a electrónica aplicadaAgora as máquinas que a Bernina cria já trazem softwareque permite às utilizadoras dar as medidas correctas – designadas por computadores de costura. Este é umaos sistemas de costura e de bordar, chegam a sercomo se fosse um computador - e saírem os moldes perfeitosou, simplesmente, dadas as coordenadas certas, con-segmento de mulheres interessadas em realizar asnegócio destinado a nichos de mercado. Além de umseguem bordar sozinhas. Se o meu avô hoje tivesse opor-suas roupas ou os seus trabalhos manuais, neste motunidadede ver como as coisas evoluíram teria imenmento“já temos alguns designers de moda quesa curiosidade em perceber como é que hoje estasjá estão a trabalhar com as nossas máquinas”,máquinas trabalham”, disse o actual proprietário. Em 2004 disse Mário Felizardo.Francisco Felizardo faleceu, vítima de doença e fica o filho O empresário tem um colaborador a trabalhar consigonas <strong>Caldas</strong> (ver caixa) e “cinco co pessoas emvárias zonas do país que colaboram connosco em“O FUTURO É MESMO A ELECTRÓNICA”áreas como as vendas das máquinas ou na forma-ção”, contou o empresário.Mário Felizardo a tomar conta dos destinos da empresa.A Casa Felizardo possui inúmeras máquinas de costura. A Outra parte importante do negócio continua a ser aloja tem dois espaços de armazém, um para as máquinas reparação das máquinas e “damos assistência às vári-novas (electrónicas), e um outro onde estão as máqui-as marcas de máquinas de costura”, contou o empresárioacrescentando que vendem igualmente os acessóri-vezes já não existem no mercado”, disse Mário Feliospara estes equipamentos. Na verdade reparam máquinasantigas de onde se extraem peças “que muitaszardo, que também colecciona estes equipamentos. Algumasestão em exposição na própria loja e outras na todo o país, chegando inclusivamente a enviar peças paranas desde o Porto ao Algarve e dão assistência técnica porsua casa.os seus clientes. É através da publicidade que fazem emO empresário tem notado que há um novo interesse revistas da especialidade e principalmente através do sitepor esta área por parte de pessoas mais novas. “Comoda empresa que os clientes chegam à Casa Felizardo.hoje a roupa é mais barata e anda quase tudo ves-Cerca de 80% do negócio destina-se à revenda para lojastido de igual, há sempre quem se queira diferenci-de todo o país. Negociam com estabelecimentos de Lisare aposte por fazer alterações na própria rouboa,Cascais, Setúbal, Algarve, Porto Braga, Viseu e tam-pa”.bém nos Açores.E se Francisco Felizardo apostava nas feiras a nível Segundo o empresário, a empresa sente necessidadelocal, o seu filho Mário actualmente participa nos eventosnacionais. “Este ano estivemos na FIL – FIA queta de mais espaço e está a usurpar o espaço que se desti-se realizou na FIL em Lisboa e também na Fatacil,na ao atendimento dos clientes. “Na verdade este esta-no Algarve”, contou explicando que são sempre óptibelecimentoé mais uma oficina do que propriamenmasoportunidade para contactos e sobretudo para di-te uma loja”, diz o empresário, que pretende passar ade alterações. E isto porque a área da reparação necessivulgaçãodos serviços desta empresa caldense. oficina para outras instalações que possui.“Estamos a patrocinar em exclusivo a Academia“Temos que reformular a nossa organização eda Costura, uma iniciativa da revista Burda ondeprovavelmente colocar mais gente”, disse este res-se promovem cursos de corte e costura”, disse MárioFelizardo que assim tem um canal onde dá a conhecera potenciais clientes todas as vantagens das suasmáquinas electrónicas Bernina.”O futuro é mesmo a electrónica”, conta o empresário,que destacou também a garantia alargada (cincoanos a nível mecânico e dois anos na electrónica) destesequipamentos que fazem parte sobretudo do universofeminino. “Sabendo trabalhar com o software,ponsável, que prefere não revelar o volume de negóciosCasa Felizardo – Empresa em nome individual, cujo capitalsocial é de cinco mil euros.E quanto ao futuro da Casa Felizardo? “Esse só aDeus pertence...”, rematou Mário Felizardo, pai de doisfilhos, a Mariana que tem 17 anos e o Gonçalo, com 12.Natacha Narcisonnarciso@gazetacaldas.com“Enquanto houver roupa, haverá sempremáquinas de costura”José Bernardino, de 26 anos, não se atrapalhaneste mundo de agulhas, lançadeifazponto corrido, ou pontos falrasou caixas de bobine. A mecânica desos. É comum também fazer ro-uma máquina de costura não tem segre-lhões de linha ou dar lassadas pordos para este funcionário que desde os 17baixo”, especificou o mecânico.avaria? “Geralmente parte a linha,trabalha na Casa Felizardo.As máquinas que mais gosta de repararsão as mais antigas, até porqueÉ natural do Barreiro, mas desde os seisanos que veio viver para as <strong>Caldas</strong>. “Asconsidera que as novas “se limitam anotas na escola não eram grande coi-copiar as mais velhas e depoissa, começava a pesar na carteira dosacrescentam-lhes a electrónica”.meus pais e por isso vim procurar tra-Os equipamentos de antigamente nãobalho”, disse o único funcionário, além têm comparação sobretudo “pela qua-do proprietário Mário Felizardo, que tralidadedos materiais antes usabalhaa tempo inteiro para esta firma.dos”, acrescentou. As marcas que José“Disseram-me que o patrão da casa,Bernardino mais gosta de trabalhar sãoque costumava estar à porta precisa-a Oliva, uma marca portuguesa e tam-va de um funcionário. Vim cá, gostei ebém destacou a Pfaff e a Singer, refe-fiquei até hoje...”, conta enquanto acaba rindo-se sempre aos modelos mais antigos.o conserto de uma máquina. Toca o telefone,era uma cliente para saber se a sua Sobre Francisco Felizardo, o pai demáquina já estava reparada. “Já sim, se-Mário, não esconde palavras de admi-nhora, está pronta! Pode vir buscar quandopuder”, responde José Bernardino doguém muito amigo, gostava de aju-lado de cá da linha telefónica.dar e era prestável. Dizia que o seuNo próximo mês de Março completa 10berço tinha sido um caixote cheioanos de casa e não se vê para já a fazerde máquinas de costura”.outra tarefa. “Gosto do que faço e como“Além de patrão, Mário Felizar-dizia o meu patrão Francisco trata-sedo é também meu amigo e umade um trabalho de mecânica fina quepessoa muito acessível”, disse esteé interessante e no final até é simples”,funcionário que tem notado que há alração:“O senhor Francisco era al-disse o funcionário, que é o braço direito gumas clientes que vêm à loja pedirde Mário Felizardo no que diz respeito às para reparar a máquinas que eram dareparações. “Ás vezes basta uma moli-avó, para poder confeccionar as suasnha estar fora do sítio para provocarpróprias roupas.a avaria”, conta o jovem enquanto terminaa reparação de uma máquina. nam na loja cursos de iniciação ao cor-Atentos a este mercado, proporcio-Dependendo da avaria, consegue repararentre três a quatro equipamentos duquantohouver roupa haverá semranteuma manhã. “Esta, por exemplo,pre máquinas de costura. Mesmoestá quase reparada. Estava presa,que de vez em quando o negócioagora é só preciso experimentar parafraqueje, enquanto houver umaverificar que está tudo bem, uma prá-coisa haverá sempre a outra”.tica que se faz sempre no fim de repa-ração”, disse José Bernardino.N.N.E o que faz uma máquina que sofrete e costura. Para José Bernardino “en-umaJosé Bernardino, que aprendeu a profissão com FranciscoFelizardo, rodeado de centenas de máquinas de costura<strong>Cronologia</strong>:1898 – Manuel Felizardo, bisavô de MárioFelizardo, instala na Rua General Queirós umaloja de máquinas de costura1937 – O seu filho Mário Felizardo (1912-1964) continua no negócio na mesma rua com asua esposa Sara Felizardo (1913-2010)1960 –Mário Felizardo passa a coordenartambém uma loja da marca Oliva que primeiro seinstala na Praça da Fruta e mais tarde na Rua CapitãoFilipe de Sousa. O seu filho, Francisco Felizardopassa a trabalhar com o pai.1964 - Morre o avô Mário Felizardo, ficandoo filho Francisco a gerir a empresa com a ajuda doseu tio Henrique Garcia, irmão da avó Sara.1990 – Mário Felizardo (bisneto do fundador)vem para a empresa trabalhar com opai, Francisco Felizardo. Este último, alémda assistência técnica passa a dedicar-setambém às relações públicas da empresa1995 – A Casa Felizardo torna-se importadorada marca Bernina ficando com o exclusivoda sua comercialização a norte doTejo.2000 – A empresa caldense torna-se representanteexclusiva da marca para Portugal.2005 – Mário inicia os workshops especializados,investindo em nichos de mercado