12.07.2015 Views

Cronologia - Gazeta Das Caldas

Cronologia - Gazeta Das Caldas

Cronologia - Gazeta Das Caldas

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

18Centrais10 | Dezembro | 2010, VUMAMA EMPRESAMPRESA, , VÁRIAS VGERAÇÕESDuas gerações transformaram a loja caldense DecorDA COSTURA À DECORAÇÃOIdalina Marques nasceu nafreguesia de Alvorninha em 1947,casou com Armindo Marques em1969 e está a viver nas <strong>Caldas</strong> daRainha há 38 anos. Já fazia trabalhosem costura quando começoua trabalhar na fábrica Mattelem Cristovão. “A partir dos14 anos comecei a fazer tra-balhos de costura porque aminha mãe também fazia”,contou.Como era costureira, a sua intençãoera fazer bonecas naquelaempresa, mas entretanto a Mattelpassou a ser Euroaudio, dedicando-seà produção de cassetespelo que Idalina Marquesacabou por trabalhar num ramoque não esperava.Doze anos depois, em 1976,saiu da empresa quando foramnegociadas as indemnizaçõespara cessão de contratos. Comesse dinheiro decidiu abrir umaloja em 1978. “Sempre gosteide trabalhar em costura e foiuma boa oportunidade”, conta.O seu marido, que era empregadoda Rol, incentivou-a nesseprojecto.Uns anos antes, quando se casara,Idalina Marques fez os cortinadospara a sua casa, um trabalhoque terá sido tão perfeitoque suscitou o entusiasmo deamigas e familiares. Ainda antesde abrir a loja foi contratadapara fazer os cortinados e as colchasda Pousada do Castelo emÓbidos. “Mas não gostava deficar em casa a trabalhar” epreferiu ter um estabelecimentocom porta aberta, o que viria aacontecer em 1978.Foram anos e anos a costurare a trabalhar directamente comos seus clientes, muitos dos quaisainda se mantêm. “Já Já fiz corti-nados para os pais, para osfilhos e já estou a fazer paraos netos”, contou.Através do seu trabalho acompanhoumuitos casamentos porque,como diz o ditado popular,“quem casa quer casa”. Agorahá menos casamentos “e os jo-vens também não têm muitodinheiro para gastar na de-coração”.Na década de 90 tiveram tambémdurante alguns anos umaloja na rua Raul Proença, que entretantoencerrou.Idalina Marques acha que muitomudou neste ramo nos últimosanos. “Eu tinha sempremuita variedade de produtospara as pessoas poderem es-colher” e actualmente utilizamsemais os catálogos. Do que nãoprescinde é da qualidade da confecçãopois “sempre tivemosuma confecção muito boa econtinuamos a mantê-la”, diz.Armindo e Idalina Marques com os filhos, Nelson e Ricardo (ao colo) no Jardim Zoológico em 1977. Actualmente ofilho mais novo dirige a empresa fundada pela mãe em 1978.Os gostos dos clientes é quetambém mudaram. “Antiga-mente fazia-se aqueles folhi-nhos e pregas nos cortinados.Acabava por ser mais complicadoporque era tudo mui-to mais trabalhado”, recorda.Há 32 anos, quando ainda não se falava em empreendedorismo, Idalina Marques, nascida em 1947,ficou desempregada e resolveu transformar o seu talento para a costura para num negócio próprio.Em 1978 abriu a primeira loja na rua Henriques Sales, com o nome comercial Decorações Lina. Era umespaço pequeno, com cerca de 25 m2, onde Idalina Marques recebia os clientes. A maior parte dotrabalho de costura era feito em casa. Em 1984 mudou de instalações para a actual loja na rua MiguelBombarda.Em 2006 Idalina Marques deu lugar ao seu filho mais novo, Ricardo Marques, então com 30 anos, quealiou à sua formação nesta área uma vontade de fazer algo mais moderno criando a DL Ambientes.“Quisemos aproveitar o ‘know-how’ das Decorações Lina e criar algo de diferente, maisactual e ajustado às necessidades do mercado”, explicou Ricardo Marques.A DL Ambientes tem uma actividade mais abrangente do que apenas a decoração de interiores,realizando também serviços de decoração para eventos, virtual merchadising (dinamização deinteriores para espaços comerciais) e vitrinismo, entre outros.Na empresa, para além de Ricardo Marques, trabalham mais quatro funcionários no atendimento,costura e entregas. A sua mãe continua também a ajudá-lo, mas não é funcionária da empresa. A DLAmbiente conta ainda com um atelier de costura e armazémOs tecidos mais escolhidos tambémeram outros, apesar daseda continuar a ter muita procura“mas com padrões dife-rentes”.Embora não tenha um vínculoprofissional à DL Ambientes “nofundo, faz tudo parte de mim”,disse Idalina Marques. A empresaé fruto do seu trabalho e dosseus filhos, por isso foi com satisfaçãoque viu o mais novo assumiro desafio de ficar à frentedo negócio de família. “É bomvermos a continuação donosso trabalho”, afirmou.DESDE PEQUENOA AJUDAR A MÃEO filho mais velho, NelsonMarques, tem 39 anos e desdecriança começou a ajudar a mãe.Até há um ano e meio manteve aligação com a empresa, emboratenha criado um negócio próprioem 2006, mas actualmente estáem Angola a trabalhar no mesmoramo.“A primeira recordaçãoque tenho é da minha mãe terficado desempregada da an-tiga Mattel e ter começado afazer trabalhos de costurapara várias primas que ne-cessitassavam de cortina-dos. Começou a fazer parauma depois para outra e foievoluindo para as vizinhas,amigas, tendo ganho umacarteiras de clientes”, contouNelson Marques por escrito, atravésdo correio electrónico.Ainda se recorda como os cortinadoseram confeccionados nasala e na mesa da cozinha decasa. “A máquina de costuraficava mesmo em frente à TVe fazia um barulho horrível aIdalina Marques nos anos sessenta quando trabalhava na antiga Mattel e anos mais tarde quando já eraproprietária do seu próprio negócioincomodar os meus dese-nhos animados”, brinca.Já quando a mãe trabalhavaem casa começou a ajudá-la.“Segurava nos tecidos paramedir, aturava o barulho damaquina e as pessoas emcasa”, escreveu.Só a partir dos 16 anos, em1986, passou a ser funcionário atempo inteiro da empresa, masantes disso chegou a fazer algunsserviços de montagem etambém tratava dos recados,como o seu irmão mais novo viriaa fazer.Na loja fez de tudo, do atendimentoao público, à ajuda na escolhados tecidos, mas tambémencomendas, execução das montrase consultoria, decoração earquitectura de interiores. Feztambém escolha de colecções ecolaborou na administração daloja.Nelson Marques recorda-se daforma como o negócio foi prosperarandoao longo dos anos.“De De início as clientes compra-vam os tecidos e a minha mãeapenas fornecia a mão deobra o gosto e ideias, e pe-quenos materiais”.Ainda se lembora do dia dainauguração da loja na rua MiguelBombarda quando, depoisde trabalhar até de madrugada,deu por ele, descalço, a empurraro carro porque o automóvelficou sem combustível e não haviapostos de abastecimentoabertos. “Recordo tambémque os materiais executadosde grande volume, cortinados,colchas e sanefas às vezescom três de comprimen-to, eram transportadas numFiat 127”, lembrou.A mãe recorda-se também dosucesso obtido pelo trabalho queNelson Marques fez na decoraçãoda albergaria Josefad’Óbidos.“Ajudei a criar e crescer aloja, como braço direito daminha mãe, tendo uma grandeparte do meu suor e dedicação,onde cresci como ho-mem”, concluiu.Em Angola, Nelson Marquestrabalha actualmente na empresade produtos de interiores“Pêra Angola”, como técnico especialistaem fabricação e montagemde estores de rolo e decoraçãode interiores.FILHO MAIS NOVOCONTINUOU O NEGÓCIONascido em 1976, o filho maisnovo, Ricardo Marques, ainda serecorda do primeiro estabelecimentocomercial da mãe na ruaHenriques Sales. “Lembro-mede um banco que ainda temos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!