Protestantismo em Revista, volume 09 (Ano 05, n.1) - Faculdades EST
Protestantismo em Revista, volume 09 (Ano 05, n.1) - Faculdades EST
Protestantismo em Revista, volume 09 (Ano 05, n.1) - Faculdades EST
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Revista</strong> Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa do <strong>Protestantismo</strong> (NEPP) da Escola Superior de TeologiaVolume <strong>09</strong>, jan.-abr. de 2006 – ISSN 1678 6408Magia, bruxaria, feitiçaria e adivinhação são práticas atestadas na antigaMesopotâmia. O cuidado metodológico consiste numa abordag<strong>em</strong> que não tomeestas como categorias opostas, <strong>em</strong> conflitos, e que outras categorias sejam analisadas<strong>em</strong> oposição a partir destas, como politeísmo e monoteísmo, b<strong>em</strong> e mal, fé esuperstição, sacerdócio e pessoas leigas, medicina e charlatania 19 . Neste sentido, <strong>em</strong>relação à magia, pode-se afirmar que, tampouco, é possível fazer uma distinção entr<strong>em</strong>agia “branca” e “negra”. As técnicas usadas pelas bruxas eram as mesmas usadaspara invocar poderes de cura ou de destruição. A diferença consistia na maneirasecreta de atuar, <strong>em</strong> questões de uso de poderes malignos, enquanto que a defesa, ouso dos poderes para o b<strong>em</strong> e a cura, era feita abertamente 20 .No antigo Egito, as fórmulas mágicas são usualmente manifestadas por meiode simbologias, como os ditos, acompanhadas de performances rituais que envolv<strong>em</strong>certos objetos e ingredientes, que serv<strong>em</strong> como amuletos. A magia, no Egito, tinhapreferencialmente um caráter de proteção, ou de profilaxia, advinda dos Deuses 21 .O campo de operação, que contém maior quantidade de descrição de rituaismágicos no antigo Egito, pertence à esfera dos ritos funerários. São registradasinformações sobre ditos e rituais mágicos nos Textos das Pirâmides do AntigoImpério, nos Textos dos Sarcófagos do Médio Império e no Livro dos Mortos, doNovo Império 22 .Um propósito dos feitiços era transformar o defunto <strong>em</strong> outro ser, umespírito (’h), que pertencia ao mundo divino, onde todas as forças danatureza se juntavam. Esta transformação, que acontecia num mundoonde as condições de existência eram completamente diferentes, e atémesmo a comida que o defunto precisava era simbólica, eraalcançada por meio de uma vasta gama de feitiços e rituais. Muitosdestes eram executados durante cerimônias de enterro, nos quais um19 Walter FARBER, Witchcraft, magic, and divination in ancient Mesopotamian, p. 1895.20 Walter FARBER, Witchcraft, magic, and divination in ancient Mesopotamian, p. 1898.21 J. F. BORGHOUTS, Witchcraft, magic, and Divination in ancient Egypt , p. 1775-1779.22 J. F. BORGHOUTS, Witchcraft, magic, and Divination in ancient Egypt , p. 1779.Disponível na Internet: http://www3.est.edu.br/nepp 134