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Protestantismo em Revista, volume 09 (Ano 05, n.1) - Faculdades EST

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<strong>Revista</strong> Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa do <strong>Protestantismo</strong> (NEPP) da Escola Superior de TeologiaVolume <strong>09</strong>, jan.-abr. de 2006 – ISSN 1678 6408sessenta, foi escrito por Alexander e Margarete Mitscherlich: Die Unfähigkeit zuTrauern, sobre a incapacidade do povo al<strong>em</strong>ão de sofrer por suas própriasexperiências na II Guerra Mundial. Os autores, que trabalharam com a escola dométodo psico-analítico de Freud, fizeram o diagnóstico não de indivíduos, mas dopovo todo: eles [o povo] suprimiram suas frustrações e tornaram-se insensíveis,afirmam os autores, e esta atitude foi transferida para a geração seguinte na forma detrauma. Sua sugestão para um futuro melhor para a Al<strong>em</strong>anha foi que as pessoas sepermitam sofrer, confessar a culpa, sacrificar-se e reconciliar-se. Os al<strong>em</strong>ãesdeveriam passar por todo o processo de arrependimento.Em sintonia com esta pesquisa, eu teria esperado que, <strong>em</strong> meu diálogo comos parceiros, foss<strong>em</strong> apresentadas algumas apreensões de como lidaram com opassado depois do colapso da antiga DDR. Sim, havia muitas apreensões. Masninguém expressou a necessidade de qualquer processo de reconciliação, deixandode lado a possibilidade de se experimentar algo como uma versão al<strong>em</strong>ã da comissãopara verdade e reconciliação criada na África do Sul. Este fato pede uma análise maisapurada. Cada uma destas pessoas alcançou um estado de paz de espírito. Nãoacharam motivo algum para voltar ao passado. Olhando para trás, todosconcordaram que viveram um período tenso durante o regime. E todos estavam b<strong>em</strong>abertos para falar sobre cooperação com autoridades, experiências de traição, decooperação com a polícia secreta. Mas não estavam interessados <strong>em</strong> reabrir estasquestões. Não viam necessidade de arrependimento ou perdão.Limitações e a dificuldade de ter acesso à verdadeNão esqueçamos os limites de uma investigação como essa. Não tenhocondições de ser representativo <strong>em</strong> aspecto algum. Meus poucos parceiros de diálogoselecionados representam, é claro, atitudes diferentes am relação ao regime ediferentes tipos de carreira – todos são líderes acadêmicos, mas alguns <strong>em</strong> sintoniaDisponível na Internet: http://www3.est.edu.br/nepp 95

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