12.07.2015 Views

Protestantismo em Revista, volume 09 (Ano 05, n.1) - Faculdades EST

Protestantismo em Revista, volume 09 (Ano 05, n.1) - Faculdades EST

Protestantismo em Revista, volume 09 (Ano 05, n.1) - Faculdades EST

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Revista</strong> Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa do <strong>Protestantismo</strong> (NEPP) da Escola Superior de TeologiaVolume <strong>09</strong>, jan.-abr. de 2006 – ISSN 1678 6408Uma “raiva por esclarecimento”Começou de maneira diferente. Logo depois da queda do muro, a mídianacional e internacional estavam ansiosas para recuperar o passado. “Foi como umaraiva por esclarecimento”, afirma Peter (todos os nomes são fictícios), que começouno Theologisches Sprachenkonvikt e foi instalado como professor na UniversidadeHumboldt depois da mudança. “As autoridades do serviço de segurança estatal(Stasi) apresentaram o material dos antigos arquivos secretos. Mas eles nãoentenderam b<strong>em</strong> como lê-los e distinguir entre o que era realidade e o que erainvenção da Stasi. Então as pessoas foram enquadradas. Nesta situação não se podiaperceber o que era real. E isso significa que hoje não há possibilidade dereconciliação”.Além disso, Peter menciona que ninguém por si mesmo declaroupublicamente que tinha colaborado com o regime. Aqueles que admitiram ter feitoisso foram todos revelados pelos documentos. “Não conheço nenhum caso ondepod<strong>em</strong>os dizer que houve reconciliação de fato”, afirma. Foi revelado que alguns deseus colegas trabalharam como espiões da Stasi e o traíram. Em alguns casos, ele tevea oportunidade de falar sobre isso e disse que isso foi bom. Mas não havia nada alémdisso. Estes antigos espiões tinham que ser expostos através de documentos. Eles nãoadmitiram isto por si mesmos. Mas, <strong>em</strong> muitos casos, Peter relata, qualquer tentativade falar “terminou de forma muito ruim”.Ainda, apesar do fracasso aparente de cada ação individual de se estabelecerjustiça e o anúncio de penas leves para a maioria dos culpados das novas acusaçõesno tribunal, Peter aprecia o que aconteceu. Com a d<strong>em</strong>ocracia, todos que foramacusados encontraram meios de defesa que ofenderam o sentimento público dejustiça – e conseguiram sair impunes. “Apesar de tudo”, afirma Peter, “aquelesjulgamentos aconteceram”. Em si mesmo, este fato era novo e isto foi uma boa coisa.O que ele poderia ter desejado nos diferentes tipos de julgamento foram “asDisponível na Internet: http://www3.est.edu.br/nepp 97

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!