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Inocencia, conhecimento e encan - Osho

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essa peça. Nas antigas escrituras, a mesma mente é chamada de demônio; não<br />

há outro demônio. É a mente que o tenta para agir errado, porque a mente só<br />

pode existir quando você está errado. A mente não é absolutamente necessária<br />

quando você está se movendo em direção à verdade, quando você está certo.<br />

Quando você está no caminho certo, a mente não tem utilidade; ela<br />

simplesmente perde seu poder sobre você. E é isso que está acontecendo.<br />

Você diz: “Acho que estou ficando cada dia mais estúpido!”.<br />

Você é abençoado. Continue se tornando cada vez mais estúpido – estúpido no<br />

sentido de inocente.<br />

Jesus foi chamado de tolo. São Francisco foi chamado de tolo; ele costumava<br />

chamar a si mesmo de “o tolo de Deus”. Por que Jesus, Francisco e pessoas<br />

como estas foram chamadas de tolos? Até eles próprios se chamaram de tolos<br />

pela simples razão de que há algo que o tolo consegue saber e o instruído pode<br />

jamais saber. O tolo é inocente. O tolo não é tão tolo quanto a pessoa instruída.<br />

Ele às vezes parece ser mais sábio do que as chamadas pessoas sábias.<br />

Era um antigo costume em quase todos os países do mundo que todo grande<br />

rei tivesse um bobo em sua corte. Por quê? Pela simples razão de que às vezes o<br />

bobo diz coisas que os sábios – os chamados sábios – não conseguem dizer. O<br />

bobo é tão inocente que simplesmente diz a verdade. Os chamados sábios são<br />

espertos; eles não vão dizer a verdade, eles vão dizer o que é conveniente. Pode<br />

ser uma mentira – e as mentiras têm um grande atrativo porque as pessoas<br />

vivem em mentiras. E particularmente nas cortes, todos os tipos de mentiras<br />

continuam prevalentes. O rei é cercado por todos os tipos de trapaceiros, todos os<br />

tipos de pessoas espertas; por isso um bobo era necessário, para que o rei pudesse<br />

depender do bobo. O bobo não será esperto e irá dizer o que tiver de ser dito. Ele<br />

é tão bobo que não se importará com as consequências disso.<br />

Isso é estranho, mas há algo importante a ser entendido. O bobo era uma<br />

pessoa necessária na corte de todo grande rei, e os bobos muitas vezes salvaram<br />

muitos reis. Eles salvaram seus reinos porque seus conselhos vinham de um<br />

estado de não saber, totalmente inocente. Eles têm uma clareza que a pessoa<br />

instruída não pode se permitir ter; ela está cheia de nuvens.<br />

Seu <strong>conhecimento</strong> está desaparecendo – isto é realmente satsang, isto é o que<br />

significa estar com um mestre. Ele o despoja do seu <strong>conhecimento</strong> e em troca<br />

lhe proporciona o <strong>encan</strong>tamento. Ele o torna novamente criança. E, a menos que<br />

você seja uma criança, não entrará no Reino de Deus.<br />

Mas como você está condenando isso e chamando isso de estupidez, dando um<br />

nome negativo, você está se sentindo triste, desesperançado. Nós vivemos por<br />

meio de palavras; nós nos tornamos tão ligados às palavras que somos enganados<br />

por elas. Mude a palavra e você verá a mudança em seu clima interior. Chame<br />

de inocência e sinta a textura, o sabor. Chame de estupidez e sinta a textura e o<br />

sabor. Quando você chama de estupidez, de repente, se sente cercado pela<br />

escuridão; quando chama de inocência, é como se uma flor começasse a se abrir<br />

dentro do seu coração, uma fragrância começa a envolvê-lo.<br />

Cuidado com as palavras, com as palavras que você usa, porque nós vivemos

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