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pelo instrumento e suas limitações. E você é ilimitado – você é consciência.<br />
Use a mente, mas não se torne a mente. Use-a como você usa outras<br />
máquinas. A mente é uma bela máquina. Se você conseguir usá-la, ela vai lhe<br />
servir; se não conseguir usá-la e ela começar a usar você, ela é destrutiva, é<br />
perigosa. Pode conduzi-lo a algumas dificuldades, a alguma calamidade, a algum<br />
sofrimento e infelicidade, porque uma máquina é uma coisa cega. Ela não tem<br />
olhos, não tem insight. A mente não consegue enxergar; só consegue continuar<br />
repetindo o que foi alimentado nela. É como um computador; primeiro você tem<br />
de alimentá-lo. É isso que sua chamada educação é – você continua alimentando<br />
a mente. Então ela se torna uma grande memória em você, de forma que<br />
sempre que você precise se lembrar de algo ela possa lhe fornecer. Mas você<br />
deve permanecer o mestre para poder usá-la; do contrário ela começará a<br />
comandá-lo.<br />
Não seja guiado por seu carro; permaneça um condutor. Você tem de decidir<br />
a direção, você tem de decidir o objetivo. Você tem de decidir sobre a<br />
velocidade, quando partir e quando parar. Quando você perde o controle e o<br />
carro assume a direção, começa a andar sozinho, você está condenado.<br />
Mas eu não sou absolutamente contra a informação. A informação é boa se<br />
está armazenada na memória e sempre que você necessita dela pode encontrá-la<br />
facilmente. Ela só é perigosa quando você não necessita dela e ela continua<br />
martelando em você; quando você é apenas uma vítima, então ela é perigosa. Do<br />
contrário é bela. É um belo meio, mas não é o fim.<br />
Na escola, o professor estava fazendo perguntas à sua classe. Ele se dirigiu a<br />
Jenkins: “Quem derrubou os muros de Jericó?”.<br />
“Por favor, senhor”, respondeu Jenkins. “Não fui eu, senhor.”<br />
O professor se divertiu muito com a resposta. Mais tarde, quando encontrou o<br />
diretor, disse-lhe: “Acabei de perguntar a Jenkins quem derrubou os muros de<br />
Jericó e ele disse que não foi ele. O que você acha disso?”.<br />
O diretor falou: “Eu conheço a família Jenkins há anos, e se ele disse que não<br />
foi ele, não foi ele”.<br />
O professor não conseguia acreditar, e começou a ponderar se o diretor era<br />
realmente tão burro. Telefonou para o ministro da Educação e disse: “Perguntei a<br />
um menino na classe quem derrubou os muros de Jericó e ele disse que não foi<br />
ele. Quando contei a história ao diretor, ele disse que conhecia a família do<br />
menino há anos e que, se o menino disse que não foi ele, é porque não foi ele. O<br />
que acha disso?”.<br />
O ministro ficou em silêncio por um segundo, depois disse: “Olhe, estou<br />
cansado de receber queixas da sua escola. Mande consertar os muros e, se<br />
houver mais queixas, vou fechar essa escola!”.<br />
A informação em si não é ruim – você tem de saber quem derrubou os muros<br />
de Jericó! Mas se a informação torna-se tão poderosa na sua mente a ponto de<br />
tomar conta dela, e você não consegue colocar a mente em um estado de<br />
relaxamento, o suficiente para poder rir, então a mente se torna desgastada,<br />
cansada, entediada, exausta. Nesse estado, como você pode usar a inteligência?