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Inocencia, conhecimento e encan - Osho

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pelo instrumento e suas limitações. E você é ilimitado – você é consciência.<br />

Use a mente, mas não se torne a mente. Use-a como você usa outras<br />

máquinas. A mente é uma bela máquina. Se você conseguir usá-la, ela vai lhe<br />

servir; se não conseguir usá-la e ela começar a usar você, ela é destrutiva, é<br />

perigosa. Pode conduzi-lo a algumas dificuldades, a alguma calamidade, a algum<br />

sofrimento e infelicidade, porque uma máquina é uma coisa cega. Ela não tem<br />

olhos, não tem insight. A mente não consegue enxergar; só consegue continuar<br />

repetindo o que foi alimentado nela. É como um computador; primeiro você tem<br />

de alimentá-lo. É isso que sua chamada educação é – você continua alimentando<br />

a mente. Então ela se torna uma grande memória em você, de forma que<br />

sempre que você precise se lembrar de algo ela possa lhe fornecer. Mas você<br />

deve permanecer o mestre para poder usá-la; do contrário ela começará a<br />

comandá-lo.<br />

Não seja guiado por seu carro; permaneça um condutor. Você tem de decidir<br />

a direção, você tem de decidir o objetivo. Você tem de decidir sobre a<br />

velocidade, quando partir e quando parar. Quando você perde o controle e o<br />

carro assume a direção, começa a andar sozinho, você está condenado.<br />

Mas eu não sou absolutamente contra a informação. A informação é boa se<br />

está armazenada na memória e sempre que você necessita dela pode encontrá-la<br />

facilmente. Ela só é perigosa quando você não necessita dela e ela continua<br />

martelando em você; quando você é apenas uma vítima, então ela é perigosa. Do<br />

contrário é bela. É um belo meio, mas não é o fim.<br />

Na escola, o professor estava fazendo perguntas à sua classe. Ele se dirigiu a<br />

Jenkins: “Quem derrubou os muros de Jericó?”.<br />

“Por favor, senhor”, respondeu Jenkins. “Não fui eu, senhor.”<br />

O professor se divertiu muito com a resposta. Mais tarde, quando encontrou o<br />

diretor, disse-lhe: “Acabei de perguntar a Jenkins quem derrubou os muros de<br />

Jericó e ele disse que não foi ele. O que você acha disso?”.<br />

O diretor falou: “Eu conheço a família Jenkins há anos, e se ele disse que não<br />

foi ele, não foi ele”.<br />

O professor não conseguia acreditar, e começou a ponderar se o diretor era<br />

realmente tão burro. Telefonou para o ministro da Educação e disse: “Perguntei a<br />

um menino na classe quem derrubou os muros de Jericó e ele disse que não foi<br />

ele. Quando contei a história ao diretor, ele disse que conhecia a família do<br />

menino há anos e que, se o menino disse que não foi ele, é porque não foi ele. O<br />

que acha disso?”.<br />

O ministro ficou em silêncio por um segundo, depois disse: “Olhe, estou<br />

cansado de receber queixas da sua escola. Mande consertar os muros e, se<br />

houver mais queixas, vou fechar essa escola!”.<br />

A informação em si não é ruim – você tem de saber quem derrubou os muros<br />

de Jericó! Mas se a informação torna-se tão poderosa na sua mente a ponto de<br />

tomar conta dela, e você não consegue colocar a mente em um estado de<br />

relaxamento, o suficiente para poder rir, então a mente se torna desgastada,<br />

cansada, entediada, exausta. Nesse estado, como você pode usar a inteligência?

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