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insegurança, e durante toda a nossa vida estamos tentando buscar a segurança.<br />
Financeira, política e religiosamente – em todas as dimensões queremos estar<br />
seguros. Mas segurança significa morte, uma morte em vida. Significa que<br />
amanhã será simplesmente uma repetição de hoje, e hoje uma repetição de<br />
ontem.<br />
Você está vivendo? Há uma dança em sua vida? Você está se movendo,<br />
crescendo, arriscando, enfrentando os desafios de caminhos perigosos? Na<br />
aceitação do perigo, na aceitação de que qualquer coisa pode acontecer a<br />
qualquer momento, a vida chega ao seu melhor, à sua plenitude.<br />
Sua questão é: “Ultimamente tenho me sentido muito inseguro e vejo quanto<br />
eu não gosto desse espaço do não saber”. Você está totalmente de cabeça para<br />
baixo; terá de mudar sua postura. A insegurança não é um espaço a ser malvisto,<br />
é um espaço que tem de ser amado e apreciado, celebrado… porque o amanhã<br />
trará coisas novas.<br />
E por causa do medo da insegurança você também teme o não saber; e o não<br />
saber é o pico mais elevado de consciência. Mas certamente você deve temer os<br />
picos, porque pode cair de lá; você prefere o plano, a estrada asfaltada – sem<br />
riscos de cair. Você gostaria de estar no ponto mais baixo da consciência, porque<br />
dali você não pode cair.<br />
Milhões de pessoas decidiram viver no mínimo pelo simples medo de que no<br />
máximo elas podem cair. É mais seguro viver no mínimo; é até mais seguro não<br />
viver. Ninguém jamais ouviu falar que as pessoas mortas são inseguras; os<br />
túmulos são os lugares mais seguros. Uma vez que você entra em seu túmulo não<br />
há medo: nem a morte pode lhe causar nenhum mal – não se pode morrer duas<br />
vezes.<br />
O homem vem tentando criar falsos suportes para a segurança, sabendo<br />
perfeitamente bem que todos eles caem, mas ele continua amontoando suportes<br />
em torno dele. O tempo não se importa com os seus suportes nem a vida se<br />
importa com seus suportes. Na verdade, faz parte da natureza que, faça você o<br />
que fizer, você continue inseguro. Você pode ter um equilíbrio bancário, você<br />
pode ter um grande seguro – mas estas são apenas estratégias para você se<br />
enganar. Que seguro pode haver contra a morte? Que seguro pode haver contra o<br />
fluxo da vida em constante mutação? Você não pode evitá-lo: ele é um rio<br />
montanhoso correndo depressa, caindo das altas montanhas em cachoeiras,<br />
movendo-se dentro dos vales em direção ao oceano onde ele vai desaparecer<br />
completamente.<br />
A ideia da segurança criou a ideia da acumulação de <strong>conhecimento</strong> – nada<br />
deve ser deixado desconhecido porque o desconhecido gera insegurança. Se é<br />
conhecido, você se sente seguro.<br />
Até mesmo as pequenas coisas você está continuamente tentando conhecer…<br />
mesmo que esteja viajando em um trem com um passageiro, você<br />
imediatamente quer saber seu nome, para onde ele está indo, qual é sua religião,<br />
qual é sua profissão. Você pode não ter pensado que essa é uma maneira de se<br />
sentir seguro com relação ao homem; do contrário, quem sabe? Você pode estar