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árvore é apenas uma manifestação do divino, você enxergou a verdade.<br />
A verdade necessita de olhos meditativos. Se você não tem olhos meditativos,<br />
então toda a vida é apenas fatos tolos e mortos, não relacionados um com o outro,<br />
acidentais, sem significado, uma desordem, apenas um fenômeno casual. Se<br />
você enxerga a verdade, tudo fica arrumado, tudo se une em harmonia, tudo<br />
começa a ter significância.<br />
Lembre-se sempre de que a significância é a sombra da verdade. E aqueles<br />
que vivem apenas segundo os fatos vivem uma vida completamente desprovida<br />
de significado.<br />
A mente ocidental parece querer reduzir tudo, não importa quanto seja<br />
sutil, ao conhecido. A mente oriental parece querer reduzir tudo, não<br />
importa quanto seja concreto, ao desconhecido. Como podemos ajudar<br />
uns aos outros?<br />
A existência pode ser dividida em três categorias: o conhecido, o desconhecido<br />
e o incognoscível. O que é conhecido hoje foi desconhecido ontem; o que é<br />
desconhecido hoje pode se tornar conhecido amanhã. Então não há muita<br />
diferença entre o conhecido e o desconhecido. É só uma questão de tempo.<br />
A ciência, que significa o Ocidente, acredita apenas em duas categorias – o<br />
conhecido e o desconhecido. E, como um corolário, a mente científica do<br />
Ocidente acredita que chegará o dia em que teremos reduzido tudo ao conhecido<br />
e não restará nada desconhecido. Essa é uma das suposições básicas da<br />
investigação científica. Estamos todos os dias descobrindo mais coisas, e o<br />
desconhecido está encolhendo, tornando-se menor, e o conhecido está se<br />
tornando maior.<br />
Naturalmente, pode-se conceber que em algum momento do futuro chegue<br />
um tempo em que tudo será conhecido. Mas se isso for verdade, então será a<br />
morte da humanidade. Se tudo for conhecido, então não restará nenhuma<br />
aventura. Se tudo for conhecido, não haverá mais nenhum desafio. Então a vida<br />
será vazia. Se tudo for explicado, não haverá nada misterioso. E, se perdermos o<br />
miraculoso, perderemos algo enormemente valioso.<br />
É o desconhecido, o não descoberto, que continua nos desafiando a progredir,<br />
a evoluir, a atingir novas alturas, novos picos de consciência. Mas se chegar o dia<br />
em que tudo for conhecido e tudo for reduzido a fórmulas simples, então não<br />
haverá romance, não haverá poesia, não haverá beleza, não haverá alegria. Não<br />
restará mais nada valioso.<br />
Mas felizmente o Ocidente não está certo. A divisão entre o conhecido e o<br />
desconhecido não é completa. O Oriente tem uma divisão tripla – o conhecido, o<br />
desconhecido e o incognoscível. Ele concorda com o Ocidente que o<br />
desconhecido pode se tornar conhecido, mas o incognoscível sempre<br />
permanecerá incognoscível. Sempre haverá mistério em torno da consciência