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Inocencia, conhecimento e encan - Osho

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educação deve ajudar as pessoas a se tornarem cada vez mais inteligentes, não<br />

cada vez mais repetitivas. Neste momento o que há é repetição: vocês enchem a<br />

cabeça com quaisquer absurdos que lhes dizem e depois os vomitam para<br />

obterem as melhores notas possíveis. Há apenas uma coisa que vocês precisam<br />

se lembrar: de serem exatamente repetitivos. Não acrescentem nada, não<br />

apaguem nada, não sejam criativos, não sejam originais.<br />

A originalidade é exterminada, a repetitividade é elogiada. E a inteligência só<br />

pode crescer na atmosfera em que a originalidade for louvada. O objetivo não<br />

deve ser a eficiência, mas a originalidade.<br />

Em uma escola na zona rural, certa manhã Johnny chegou atrasado.<br />

“Johnny, por que você chegou atrasado hoje?”, perguntou a professora.<br />

“Esta manhã eu tive de tirar o touro de cima da vaca, professora.”<br />

“Isso não é desculpa”, disse a professora. “Seu pai não podia fazer isso?”<br />

“Não, professora”, disse Johnny. “A senhora tinha de ver o touro.”<br />

Você fala muito sobre a importância de ser como uma criança na busca<br />

espiritual. Mas poderia falar mais sobre como a inocência de uma<br />

criança está relacionada à inocência de um sábio? A qualidade da<br />

inocência é igual tanto na criança quanto naquele que é um buda?<br />

A inocência de uma criança tem uma semelhança com a inocência de um<br />

sábio. Mas não é exatamente a mesma. Devido à semelhança, muitos místicos<br />

têm usado a infância como um exemplo. Você não sabe nada sobre o que<br />

acontece no mundo interior de um sábio. Você precisa de alguns exemplos de<br />

algo que você conheça. Portanto, uma coisa tem de ser lembrada: todos estes<br />

exemplos não são exatamente o que acontecerá em seu estado final de<br />

realização, mas são certamente alguma indicação.<br />

A criança é inocente, mas sua inocência é mais ignorância do que sabedoria.<br />

Você não pode chamar uma criança de sábia. Sua inocência é natural. Mas sua<br />

ignorância também está lado a lado com sua inocência. Elas estão quase juntas.<br />

A inocência da criança é protegida por sua ignorância.<br />

O sábio também tem a mesma inocência, mas não existe mais uma<br />

ignorância protetora. Sua inocência é absolutamente pura, não poluída. E como<br />

sua inocência não é mais associada à ignorância, isso produz uma transformação<br />

na própria qualidade da sua inocência. Ela se transforma em sabedoria. A<br />

criança é ignorante, o sábio é sábio.<br />

Mas a inocência tem a mesma qualidade: a associação é diferente. A criança<br />

tem a mesma inocência, mas associada com a ignorância; por isso não tem valor.<br />

O sábio tem a mesma inocência, mas não mais associada à ignorância; ela tem<br />

um imenso valor. A sabedoria floresceu. A criança não sabe, mas ela não sabe<br />

que não sabe; o sábio também não sabe, mas ele sabe que não sabe – isso faz<br />

uma enorme diferença.

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