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Inocencia, conhecimento e encan - Osho

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mil!”. Por que essas poucas palavras sempre me enchem de tal<br />

assombro que me provocam lágrimas de alegria?<br />

Essa história é uma das histórias mais antigas do coração, do mundo além das<br />

palavras – do saber, não do <strong>conhecimento</strong>; da absoluta inocência como a porta<br />

para o divino.<br />

Essa história contém a própria essência da meditação.<br />

Ela tem muitas dimensões, muitas implicações, e não é de admirar que<br />

desperte em você lágrimas de alegria. Essas lágrimas são indicativas de que a<br />

história tocou seu coração, seu próprio ser; de que você a experienciou, embora<br />

não entenda o que ela é. Você sentiu sua beleza, sua glória, sua profundidade –<br />

mas acha difícil explicar a si mesmo o que descobriu.<br />

Você descobriu um mundo do mágico, do mistério, dos milagres.<br />

Eu adoraria lhes contar toda a história. Ela precisa ser contada milhares de<br />

vezes, porque cada vez você vai encontrar alguma nova fragrância, alguma nova<br />

doçura, alguma nova altura, alguma nova porta se abrindo, algum novo céu com<br />

novas estrelas. E vai encontrar céus além dos céus.<br />

Eu vivi num lugar… Vivi lá durante 20 anos, em Jabalpur. O nome da cidade,<br />

Jabalpur, é muito antigo; ela recebeu esse nome em homenagem a um grande<br />

místico e profeta dos Upanishads, Saty akam Jabal. E essa história está<br />

relacionada com Satyakam Jabal.<br />

Saty akam era uma criança muito questionadora. Não acreditava em nada a<br />

menos que ele mesmo o houvesse experienciado. Quando ficou mais velho – ele<br />

devia ter cerca de 12 anos –, disse à mãe: “Chegou a hora. O príncipe do reino<br />

foi para a floresta para se juntar à família de um mestre. Ele tem a minha idade.<br />

Eu também quero ir, também quero aprender qual o significado desta vida”.<br />

A mãe disse: “Vai ser muito difícil, Satyakam, mas sei que você já nasceu um<br />

buscador. Eu temia que um dia você me pedisse para enviá-lo a um mestre. Sou<br />

uma mulher pobre, mas esse não é um grande empecilho. A dificuldade é que<br />

quando eu era jovem trabalhei em muitas casas – eu era pobre, mas era bonita.<br />

Não sei quem é seu pai. E, se enviá-lo a um mestre, vão lhe perguntar qual é o<br />

nome do seu pai e temo que ele possa rejeitá-lo. Mas não custa fazer um esforço.<br />

Vá e diga a verdade, da mesma maneira que eu lhe contei a verdade. Muitos<br />

homens usaram meu corpo porque eu era pobre. Diga simplesmente que você<br />

não sabe quem é seu pai. Diga ao mestre que seu nome é Saty akam, que o nome<br />

de sua mãe é Jabala e que por isso o chamam de Saty akam Jabal. E, no que diz<br />

respeito à busca da verdade, não importa quem é seu pai”.<br />

Saty akam foi até um antigo mestre na floresta e, certamente, a primeira<br />

pergunta foi: “Qual é seu nome? Quem é seu pai?”.<br />

E ele repetiu exatamente o que sua mãe havia dito.<br />

Havia muitos discípulos – príncipes, filhos de pessoas ricas. Todos começaram<br />

a rir. Mas o velho mestre disse: “Você está aceito. Não importa quem é seu pai. O<br />

que importa é que você é autêntico, sincero, corajoso – capaz de dizer a verdade

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