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Inocencia, conhecimento e encan - Osho

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A meditação não é nada senão um método para conectá-lo com o eterno, para<br />

conduzi-lo além do tempo, além daquilo que nasce e morre, para conduzi-lo<br />

além de todos os limites, para conduzi-lo para o inconcebível e o misterioso. E<br />

este não está distante; está o mais próximo que pode estar. Até mesmo dizer que<br />

ele está próximo não é certo, porque ele é exatamente seu próprio ser, é você. O<br />

frescor é sua alma.<br />

Sua mente é tediosa, totalmente tediosa. Saia da mente. Pelo menos por alguns<br />

minutos a cada dia, coloque a mente de lado, fique totalmente fora da mente. E<br />

então você saberá que o frescor sobre o qual está indagando está brotando de<br />

dentro de você. De onde ele vem? Ele vem do seu âmago mais profundo. Na<br />

verdade, ele não vem. De repente você descobre que ele sempre esteve ali.<br />

Sempre esteve ali como uma corrente subterrânea, oculta por trás de muitas,<br />

muitas camadas de lembranças, sonhos e desejos.<br />

Buda diz: “Torne-se sem desejo e saberá. Torne-se desprovido de desejo e<br />

você atingirá a esfera que está além do nascimento e da morte, e então entrará<br />

no ilimitado”.<br />

Mas por que o homem não vai para dentro ao encontro do seu próprio ser, que<br />

está tão perto? Ele está pronto para ir à lua, ele está pronto para ir a qualquer<br />

lugar! Ele está pronto para ir às estrelas, mas não está pronto para entrar no seu<br />

próprio ser. Por quê? Deve haver alguma razão profunda por trás disso. A razão é<br />

que, para entrar dentro de si, você terá de se perder de si mesmo. E o homem<br />

tem medo de se perder de si mesmo. Ele se apega, quer permanecer sendo ele<br />

mesmo. Não quer perder sua própria identidade. É uma identidade muito pobre,<br />

e também falsa, mas, ainda assim, alguma coisa é melhor do que nada. Essa é<br />

nossa lógica.<br />

Não sabemos quem somos, e por isso nos apegamos ao corpo, à mente, ao<br />

que quer que nos tenha sido dado – o condicionamento, católico, comunista,<br />

hinduísta, muçulmano. Nós nos apegamos a tudo o que nos foi impingido porque<br />

isso nos dá uma sensação de conforto como se conhecêssemos a nós mesmos:<br />

“Eu sou um comunista”, isso se torna meu auto<strong>conhecimento</strong>. “Eu sou um<br />

católico”, isso se torna meu auto<strong>conhecimento</strong>. “Eu sou um indiano”, “Eu sou um<br />

alemão” – isso se torna meu auto<strong>conhecimento</strong>.<br />

Você não é comunista nem católico, nem indiano nem alemão. Sua<br />

consciência não pode ficar confinada a esses rótulos estúpidos. Sua consciência é<br />

tão infinita; ela não pode ficar contida em nenhuma palavra. Ela é tão vasta<br />

quanto o próprio céu. Mas você tem medo de penetrar nessa vastidão. Essa<br />

vastidão parece o vazio, o vácuo. E então o homem se apega à sua própria<br />

identidade pequena e arbitrária. Daí o medo de penetrar dentro de si mesmo.<br />

Buda disse: “Conheça a si mesmo”. Sócrates disse: “Conheça a si mesmo”.<br />

Eles todos disseram: “Conheça a si mesmo”. Todos os despertados têm apenas<br />

uma mensagem: “Conheça a si mesmo”. Nós escutamos e, no entanto, não<br />

escutamos. Continuamos nos movendo pelos mesmos caminhos apodrecidos,<br />

continuamos vivendo da mesma velha maneira miserável. E a razão disso é que<br />

a velha maneira miserável tem uma coisa para nos dar: o ego. Se você penetrar<br />

dentro de si mesmo, terá de pagar o preço. E o preço é que você terá de perder

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