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A Crise De 1929 - Bernard Gazier

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Figura 4 – A espiral da retração do comércio mundial de janeiro de <strong>1929</strong> a março de 1933. Valores mensais em bilhões de<br />

dólares-ouro das importações de 75 países.<br />

Fonte: Liga das Nações.<br />

Figura 5 – Variação anual da produção mundial e do comércio mundial<br />

Figura 6 – Variação anual das trocas comerciais e da produção na Europa, na América do Norte e no resto do mundo (com<br />

exceção da URSS)<br />

<strong>De</strong>pois de 1932, a viva recuperação da indústria e a retomada dos produtos de base se<br />

opõem ao longo marasmo das trocas comerciais, tardiamente reativadas em 1936. A recaída<br />

de 1937-1938 é comum aos três índices, mas em 1938 uma forte recuperação industrial – que<br />

não aparece no gráfico – é concomitante a uma estagnação comercial.<br />

Essa evolução fica mais clara quando retornamos aos mesmos índices fazendo uma<br />

distinção de três grandes zonas – a Europa (50% do comércio mundial), a América do Norte<br />

(18%) e o resto do mundo (países novos ou coloniais) – ao lado de mais dois índices para as<br />

trocas em volume, um para as exportações, outro para as importações. <strong>De</strong> fato, constatamos<br />

situações muito diferentes nos três grupos. Na Europa, o nível das trocas exteriores fica<br />

estagnado a um nível 20% inferior ao de <strong>1929</strong>. Na América do Norte, as oscilações, bastante<br />

acentuadas, estão calcadas nas da produção industrial, que acusa uma baixa profunda e não<br />

volta ao patamar de <strong>1929</strong>. No resto do mundo, uma rápida subida industrial eleva de certa<br />

forma as exportações acima do nível 100 já a partir de 1934.

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