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A Crise De 1929 - Bernard Gazier

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esboça na macroeconomia financeira entre os riscos decorrentes da volatilidade das cotações<br />

da Bolsa, da crise dos sistemas de pagamento e dos bloqueios do crédito. Seu jogo simultâneo<br />

leva ao recuo deflacionista e ao cada um por si, ou seja, à explosão. Uma assimetria<br />

particular, sob esse ponto de vista, caracterizou os anos 1920 e 1930: o padrão-ouro era de<br />

fato regulado pelo Banco da Inglaterra, instituição enfraquecida, enquanto o aumento do poder<br />

do dólar não era levado em conta. Essa situação é reencontrada no início dos anos 2000. Um<br />

“semi padrão-ouro” coexiste com a emergência do euro e do yuan chinês. Esse policentrismo<br />

monetário, aliado a outros desequilíbrios da economia mundial, define uma situação tão<br />

instável como a do entre-guerras. A grande diferença está na capacidade de ajuste preventivo<br />

de que os bancos centrais dispõem nos grandes países. Ele se manifestou, por exemplo, após o<br />

ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, quando injeções maciças e imediatas de liquidez<br />

permitiram evitar a desorganização do sistema de pagamentos nos Estados Unidos. Mas será o<br />

suficiente para servir de garantia contra qualquer eventualidade?<br />

11. A Bolsa Nasdaq, criada em 1971, popularizou-se por negociar ações de empresas de alta tecnologia e das chamadas<br />

“pontocom”. Em 2001, com a supervalorização dessas ações, a bolha estourou, ocasionando o fim de inúmeras operações<br />

virtuais. (N.E.)<br />

12. Para o caso da França, ver: BRETON, Yves; BRODER, Albert e LUTFALLA, Michel, La longue stagnation en<br />

France. L’autre Grande Dépression, 1873-1895 . Economica, 1997. Para uma apresentação mais ampla e uma comparação<br />

com o entre-guerras, ver: MARCEL, Bruno e TAÏEB, Jacques, Les grandes crises, 1873-<strong>1929</strong>-1973, 7. ed. Armand Colin,<br />

2005. (N.A.)<br />

13. Cf. Désordres dans le capitalisme mondial, assinada por Michel Aglietta e Laurente Berrebi, Ed. Odile Jacob, 2007.<br />

(N.A.)<br />

14. Prospérité et dépression, Liga das Nações, 1937. (N.A.)<br />

15. Les fluctuations économiques à longue période et la crise mondiale. Paris: F. Alcan, 1932. (N.A.)<br />

16. DELFAUD, P., Keynes et le keynésianisme. Paris: PUF, “Que sais-je?” (nº 1686). Cf., por outro lado, os artigos reunidos<br />

em KEYNES, J.M., Essais sur la monnaie et l’économie. Paris: Payot, 1966, e BARRÈRE, A., Théorie économique et<br />

impulsion keynésienne. Paris: Dalloz, 1952. (N.A.)<br />

17. FRIEDMAN, Milton e SCHWARTZ, Anna, A Monetary History of The United States, 1867-1960. NBER, 1963.<br />

(N.A.)<br />

18. TEMIN, P., Did Monetary Forces cause the Great <strong>De</strong>pression? Norton, 1976. (N.A.)<br />

19. É o que fazem, com muita similaridade, o economista C.P. Kindleberger em The World in <strong>De</strong>pression, <strong>1929</strong>-1939 ,<br />

Penguin Press, 1973, e o historiador P. Fearon em The Origins and Nature of the Great Slump, <strong>1929</strong>-1932 , Macmillan,<br />

1979. (N.A.)<br />

20. AGLIETTA, M., Régulation et crises du capitalisme. Calmann-Lévy, 1976, e BOYER, R., “Les salaires en longue<br />

période”. Économie et statistique, nº 103, 1978. (N.A.)<br />

21. EICHENGREEN, B., Golden Fetters. The Gold Standard and the Great <strong>De</strong>pression, 1919-1939 . Oxford University<br />

Press, 1992. (N.A.)<br />

22. BERNANKE, B., Essays on the Great <strong>De</strong>pression. Princeton University Press, 2000. (N.A.)<br />

23. MINSKY, H., Can it happen again? Essays on Instability and Finance. Sharpe, 1982. (N.A.)<br />

24. M. Aglietta, Macroéconomie financière, t. 2, La Découverte, 2005, p. 37. (N.A.)

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