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Revista Apólice #211

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mercado | do luxo ao popular<br />

Enxutos e eficientes<br />

Produtos são criados<br />

para atender a um<br />

público com menor<br />

poder aquisitivo ou que<br />

não quer deixar de ter<br />

a proteção para sua<br />

vida e seu patrimônio,<br />

mesmo diante de<br />

tempos de crise.<br />

Livia Sousa<br />

Até pouco tempo, a grande<br />

estratégia das seguradoras<br />

para se destacar em um mercado<br />

competitivo era a aposta<br />

em serviços de excelência e a oferta de<br />

coberturas diferenciadas. Com a crise<br />

econômica, porém, o quadro apresentou<br />

uma mudança significativa: a classe C,<br />

que vinha numa crescente, se retraiu; e o<br />

índice de inadimplência aumentou. Muitos<br />

clientes, inclusive, deixaram de renovar<br />

ou contratar novos tipos de seguro.<br />

As companhias passaram, então, a<br />

intensificar os investimentos em produtos<br />

de custos mais atrativos, que ficavam em<br />

segundo plano nas estratégias comerciais.<br />

Mais uma vez, as carteiras automóvel e<br />

residencial saíram na frente ao elaborar<br />

seguros menos abrangentes – e que, ao<br />

mesmo tempo, suprem perfeitamente as<br />

20<br />

❙❙Ana Paula Fernandes, da Lockton<br />

necessidades do cliente final. Operadoras<br />

de saúde também apostam em planos<br />

voltados a este público.<br />

“O mercado visualiza como baixo<br />

custo ou básico um seguro em que se pode<br />

reduzir ao máximo o tipo de contratação<br />

e ainda assim garantir a cobertura dos<br />

bens”, diz Ana Paula Fernandes, gerente<br />

de Varejo da corretora Lockton Brasil.<br />

Estes seguros normalmente são diferentes<br />

de um seguro completo, justamente pelas<br />

cláusulas e coberturas mais simples.<br />

Para a executiva, a evolução deste tipo<br />

de produto, que tem sido bastante alta,<br />

deve continuar neste patamar. “Ao incluir<br />

o produto em seu portfólio, as seguradoras<br />

alcançam resultados positivos”, completa.<br />

O desejo dos brasileiros<br />

Desde o inicio dos anos 2000, a<br />

classe C vinha melhorando a condição<br />

social e o plano de saúde foi tomando<br />

importância na escala de prioridades<br />

deste público. Mas segundo a Agência<br />

Nacional de Saúde Suplementar (ANS),<br />

entre março de 2015 ao mesmo mês<br />

deste ano o setor de planos de saúde<br />

perdeu aproximadamente 1,3 milhão de<br />

beneficiários. Do total, 617 mil perdas<br />

aconteceram no primeiro semestre de<br />

2016. “Além dos trabalhadores que<br />

ficaram desempregados e deixaram de<br />

ter este benefício através dos planos<br />

empresariais, uma boa parte das exclusões<br />

são contratantes individuais que<br />

reclassificaram suas prioridades”, analisa<br />

Laureci Zeviani, diretor comercial da<br />

Ameplan Assistência Médica Planejada.<br />

Ainda assim, de acordo com uma<br />

pesquisa recente realizada pelo Ibope<br />

Inteligência, os planos de saúde continuam<br />

sendo um dos maiores desejos da<br />

população, ocupando o terceiro lugar<br />

neste ranking e ficando atrás apenas dos<br />

itens “educação” e “casa própria”.<br />

Nesta categoria não há o chamado<br />

serviço popular, considerando que os planos<br />

de saúde são todos iguais do ponto de<br />

vista legal e, por isso, obrigados a entregar<br />

os mesmos serviços previstos na Lei<br />

9.656/98. “Todos eles são tradicionais.<br />

A diferenças está nas competências com<br />

que cada um entrega o seu serviço para<br />

o público-alvo. Se podemos classificar<br />

os diferentes serviços, entre as diferentes<br />

❙❙Laureci Zeviani, da Ameplan

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