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❙❙Senador Alvaro Dias discursa e responde perguntas de lideranças e corretores<br />
ficar em torno de 40%, se houver boas<br />
negociações com oficinas e utilização de<br />
peças recicladas.<br />
O problema é que apenas a produção<br />
de peças recicladas não será suficiente para<br />
abastecer o mercado e, assim, será preciso<br />
recorrer ao mercado de peças genuínas. A<br />
preocupação do setor é caso estas peças<br />
não sejam encontradas. Se for necessário<br />
adquirir peças originais, o valor do sinistro<br />
ficará muito alto para o produto.<br />
O projeto do seguro auto-popular voltou<br />
para a Susep para que seja revisto este<br />
ponto de fornecimento de peças. Outra<br />
reivindicação das seguradoras é que este<br />
produto seja oferecido apenas para automóveis<br />
com mais de cinco anos de uso.<br />
A projeção é de que até 2018 haja<br />
apenas 12 milhões de veículos da frota<br />
circulante com até cinco anos de idade.<br />
É o mesmo número que o Brasil possuía<br />
até 2009. Em 2014, este número chegou<br />
a 18 milhões de unidades.<br />
“Ou seja, até 2018 teremos uma frota<br />
segurada 30% menor do que em 2014. Em<br />
2015, o crescimento aconteceu apenas no<br />
primeiro semestre e, em 2016 no primeiro<br />
trimestre houve queda de 4% nas vendas”,<br />
avisou Marcos Machini, vice-presidente<br />
da Liberty Seguros.<br />
Para encarar esta nova realidade,<br />
Machini citou dois exemplos de atuação<br />
(um de casa e um de mercado): há três<br />
anos a Liberty lançou um produto de<br />
RCF + Assistência. “Nós insistimos em<br />
dizer que o brasileiro não se preocupa<br />
com a responsabilidade, mas, para contradizer<br />
isso, temos hoje 3 mil corretores<br />
vendendo este produto todos os meses.<br />
Mais do que isso, 90% das vendas deste<br />
produto são para consumidores novos. Ou<br />
seja, elaborar e ofertar novos produtos é<br />
fundamental. Assistimos nos últimos três<br />
meses a oferta de novos produtos com<br />
cobertura apenas de roubo + alguma<br />
coisa. Estes produtos podem ser ofertados<br />
não apenas para quem não pode comprar<br />
❙❙Marcos Kobayashi, da Tokio Marine<br />
a perda total, mas também para quem<br />
quer contar com algum tipo de proteção”,<br />
ressaltou Machini.<br />
Seguro em tempos de crise<br />
Seguradores são unânimes em afirmar<br />
que este é o momento de buscar<br />
alternativas de produtos fora da carteira<br />
de automóveis.<br />
Em 2015, iniciamos o ano com perspectiva<br />
de queda de 1,5% do PIB, e o<br />
resultado foi de 3,9% a menos. Por outro<br />
lado, o setor de seguros conseguiu ainda<br />
um superávit de 11%, mostrando que a<br />
indústria e os distribuidores continuam a<br />
manter este setor pujante. O crescimento<br />
foi em todas as linhas, auto, vida, previdência<br />
e ramos elementares.<br />
Marco Antonio Gonçalves, diretor<br />
gerente Comercial da Bradesco Seguros,<br />
ensina que temos que dividir os produtos<br />
como matrizes: os de atratividade (automóvel<br />
e saúde), os de rentabilidade (residencial,<br />
vida, capitalização, odontológico)<br />
e os de fidelização. “As crises fazem com<br />
que saiamos delas fortalecidas. Todos os<br />
fundamentos são revistos em um momento<br />
de crise, por conta da necessidade premente<br />
de revisar custos”, avalia.<br />
Em 2016, a previsão é de um crescimento<br />
da atividade como um todo de<br />
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