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edição de 5 de março de 2018

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Prêmios<br />

D&AD mostra equilíbrio <strong>de</strong> gênero<br />

na escolha dos jurados <strong>de</strong>ste ano<br />

Mulheres vão presidir os júris <strong>de</strong> 15 das 28 competições do festival; CEO<br />

fala que houve “trabalho árduo” para garantir igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> participação<br />

MARCELLO QUEIROZ<br />

Especial para o PROPMARK<br />

Ainda po<strong>de</strong> ser relativamente<br />

cedo para apontar os trabalhos<br />

que <strong>de</strong> fato têm as melhores<br />

chances <strong>de</strong> conquistar<br />

os Lápis do D&AD <strong>2018</strong>. Mas,<br />

se consi<strong>de</strong>rarmos o equilíbrio<br />

<strong>de</strong> gênero, o festival já merece<br />

um prêmio pela formação dos<br />

júris <strong>de</strong> suas 28 competições,<br />

que serão avaliadas <strong>de</strong> 24 a 26<br />

<strong>de</strong> abril, em Londres.<br />

Entre os 259 nomes que compõem<br />

as listas <strong>de</strong> jurados confirmadas<br />

até o momento, há uma<br />

divisão <strong>de</strong> homens e mulheres,<br />

<strong>de</strong> praticamente 50%, com um<br />

discreto predomínio <strong>de</strong> 134<br />

integrantes do sexo feminino<br />

diante <strong>de</strong> 125 do masculino.<br />

Uma avaliação isolada dos<br />

nomes do Brasil po<strong>de</strong> levar a<br />

uma suposta ausência <strong>de</strong> equilíbrio,<br />

já que entre os 13 representantes<br />

do país, nove são<br />

homens. Sob o ponto <strong>de</strong> vista<br />

macro, porém, no conjunto <strong>de</strong><br />

representativida<strong>de</strong> como um<br />

todo, o equilíbrio é inquestionável.<br />

Também é inquestionável o<br />

quanto a participação da mulher<br />

domina neste <strong>2018</strong> nas<br />

avaliações do D&AD. Entre os<br />

28 júris do festival, mais da meta<strong>de</strong>,<br />

um total <strong>de</strong> 15, será presidida<br />

por mulheres.<br />

A maioria dos júris é formada<br />

por grupos entre sete<br />

e <strong>de</strong>z integrantes e, em praticamente<br />

todos eles, o equilíbrio<br />

<strong>de</strong> gênero está na faixa<br />

<strong>de</strong> 50%. Há uma maior diferença<br />

a favor do lado masculino<br />

em apenas duas categorias,<br />

como no júri <strong>de</strong> Music Vi<strong>de</strong>o,<br />

por exemplo, com sete pessoas,<br />

sendo somente duas mulheres;<br />

e no <strong>de</strong> Press, com um<br />

total <strong>de</strong> oito profissionais, cinco<br />

homens. Por outro lado, há<br />

casos com fortíssima presença<br />

feminina, como ocorre no júri<br />

<strong>de</strong> Film Advertising Crafts, o<br />

maior do festival, com 35 integrantes.<br />

Ele será presidido<br />

Joanna Monteiro, CCO da FCB Brasil, está no júri <strong>de</strong> Marketing Digital: Problema <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero, principalmente na criação<br />

por uma mulher, Alice Tonge,<br />

a diretora <strong>de</strong> criação da 4Creative,<br />

house agency do Chanel<br />

4, <strong>de</strong> Londres, responsável<br />

por trabalhos premiadíssimos<br />

nos últimos anos como os filmes<br />

da campanha We’re the<br />

superhumans, feita para os Jogos<br />

Paralímpicos <strong>de</strong> Londres,<br />

em 2012, e da Rio 2016. No júri<br />

<strong>de</strong> Alice estão 15 homens e<br />

outras 19 mulheres ao lado<br />

<strong>de</strong>la, incluindo a brasileira<br />

Mariana Youssef, diretora<br />

<strong>de</strong> cena que está atuando<br />

na Merman, produtora com<br />

escritórios em Los Angeles,<br />

Nova York e Londres.<br />

Definir júris para as competições<br />

publicitárias tem sido um<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para os festivais<br />

internacionais diante da multiplicação<br />

<strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> inscrições<br />

e da natural incapacida<strong>de</strong> do<br />

mercado <strong>de</strong> formar “gran<strong>de</strong>s<br />

nomes” que sejam <strong>de</strong>vidamente<br />

respeitados e, principalmente,<br />

não repetidos nos processos<br />

anuais <strong>de</strong> avaliação. Tal <strong>de</strong>safio<br />

se torna ainda maior com o<br />

equilíbrio <strong>de</strong> gênero e é neste<br />

sentido que os júris D&AD chamam<br />

ainda mais a atenção já<br />

que, em geral, a publicida<strong>de</strong> e<br />

todas as outras ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

marketing ainda são um território<br />

predominantemente masculino.<br />

Fotos: Divulgação<br />

“o estereótipo<br />

ainda existe<br />

porque a<br />

propaganda é<br />

o reflexo da<br />

cultura como um<br />

todo, que é muito<br />

machista”<br />

12 5 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark

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