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inovação<br />
❙❙Paulo Camara, da CI&T<br />
serviços no telefone e em outros devices<br />
móveis não é apenas uma questão de conveniência,<br />
mas de respeito às mudanças<br />
sociais e de comportamento. Em uma<br />
realidade indiscutivelmente pautada no<br />
uso de smartphones, como fazer com que<br />
o usuário “carregue a sua empresa no<br />
bolso”? Como fazer com que ele recorra<br />
a você na hora de tomar suas decisões?<br />
Como fazer com que ele o procure quando<br />
precisa de um conselho ou de uma<br />
resposta rápida?<br />
Nessa revolução de hábitos e expectativas,<br />
o segurado não compara mais o<br />
atendimento da seguradora X ao da seguradora<br />
Y. Ele compara o atendimento de<br />
X à melhor experiência de atendimento<br />
ao cliente que ele já teve, seja no universo<br />
de seguros ou não. Nesse contexto,<br />
alguns princípios tem que ser mantidos<br />
em mente - e na prática - por parte das<br />
companhias de seguro: 1) a simplificação<br />
é o caminho para uma melhor<br />
experiência do cliente; 2) é necessário<br />
fornecer um excelente self-service, com<br />
ferramentas online e informações úteis<br />
e diretas; 3) a integração é fundamental,<br />
tanto para simplificar a relação com o<br />
cliente quanto para utilizar os dados de<br />
forma inteligente.<br />
“Por disrupção digital não estamos<br />
nos referindo ao desenvolvimento de<br />
uma estratégia digital, mas de uma estratégia<br />
de negócios para a era digital”,<br />
conclui Juliana.<br />
Muito além da terceirização<br />
A CI&T, provedora de serviços<br />
de TI, estabeleceu o marco zero para<br />
a transformação digital. “O relacionamento<br />
com os canais depende, criticamente,<br />
de análise da informação.<br />
É preciso manter relacionamentos de<br />
forma mais contextual”, explica Paulo<br />
Camara, responsável por serviços digitais<br />
da empresa.<br />
Integração de dados vem a seguir.<br />
“Quando cruzo informações provenientes<br />
de diversos canais, ganho uma visão<br />
melhor da rede de assistência, a partir<br />
dos dados de sinistros”.<br />
Tudo isso depende da modernização<br />
dos sistemas legados, de modo a<br />
produzir o que o executivo chama de<br />
integração maciça.<br />
O mantra dos transformers é agilidade.<br />
“A indústria de seguros ainda tem<br />
células inchadas e lentas”, destaca. O<br />
segredo é usar uma metodologia baseada<br />
em experimentação e prototipação.<br />
“Operar em paralelo é a chave”, conclui.<br />
Isso passa pela utilização de ferramentas<br />
como o design thinking, no fundo<br />
uma espécie de antropologia da TI no<br />
dia-a-dia, com observação participante<br />
de hábitos e escolhas dos usuários quando<br />
confrontados com problemas que a<br />
TI, supostamente, deveria resolver.<br />
A integradora BRQ, a partir da observação<br />
e da investigação do mercado<br />
segurador, criou uma área multidisciplinar,<br />
com diversos profissionais, especializada<br />
no mercado segurador.<br />
Lançado em 2015, o Inspeção 360<br />
foi o primeiro produto desenvolvido<br />
nesta concepção. “O time envolve<br />
consultores, designers, e arquitetos de<br />
soluções”, explica André Luiz Antunes,<br />
responsável pela unidade de negócios<br />
de seguros.<br />
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❙❙Andre Antunes, da BRQ