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edição de 2 de abril de 2018

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digiTal<br />

Sitthiphong/iStock<br />

Projeção da eMarketer mostra que, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dois anos, o mobile será quase 80% do ad spending digital; dados também apontam que 70% do consumo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o já é feito pelo celular<br />

“Há muitos criativos que pensam<br />

o ví<strong>de</strong>o exclusivamente para TV”<br />

Especialista em mobile marketing, Francesco Simeone, da Logan Media,<br />

afirma que falta muito para o Brasil dar o exemplo em publicida<strong>de</strong> móvel<br />

KELLY DORES<br />

Hoje, 70% do consumo diário<br />

<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o já é feito pelo<br />

celular. O dado é interessante e<br />

ao mesmo tempo mostra uma<br />

contradição, já que a publicida<strong>de</strong><br />

mobile evoluiu muito pouco.<br />

Pare para pensar: você se<br />

lembra <strong>de</strong> alguma propaganda<br />

incrível que tenha visto pelo<br />

smartphone? Possivelmente,<br />

não. Por mais que passamos<br />

muitas horas navegando pela<br />

internet com o celular, a publicida<strong>de</strong><br />

que mais chama a atenção<br />

é ainda a da tela maior. Há<br />

várias razões para isso, talvez<br />

o tamanho pequeno da tela <strong>de</strong><br />

um celular ou porque ainda<br />

muitas agências e marcas continuam<br />

adaptando os filmes da<br />

TV para o digital.<br />

“O mobile não é uma extensão<br />

da TV, assim como não<br />

é uma extensão do <strong>de</strong>sktop.<br />

Pelo contrário, é um meio totalmente<br />

inédito e com peculiarida<strong>de</strong>s<br />

que o diferenciam <strong>de</strong><br />

qualquer outro meio <strong>de</strong> comunicação.<br />

Parece-me claro que,<br />

se veiculamos no celular um<br />

filme pensado para a TV, estamos<br />

reciclando um conteúdo<br />

que não foi criado ad hoc para<br />

os dispositivos móveis. Porém,<br />

infelizmente, ainda há muitos<br />

criativos que pensam o ví<strong>de</strong>o<br />

exclusivamente como um produto<br />

televisivo mesmo quando<br />

70% do consumo diário <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o<br />

já é mobile. Obviamente,<br />

temos excelentes produtores<br />

<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os para mobile aqui.<br />

Mas, sendo o Brasil uma referência<br />

internacional no mundo<br />

da publicida<strong>de</strong>, acho que nesse<br />

sentido falta muito para dar<br />

o exemplo”, avalia Francesco<br />

Simeone, diretor <strong>de</strong> negócios<br />

da Logan Media Brasil, empresa<br />

especializada em mobile<br />

marketing.<br />

Para ele, o problema não é<br />

apenas a questão <strong>de</strong> duração,<br />

mas também <strong>de</strong> linguagem,<br />

semântica e interativida<strong>de</strong>.<br />

“Hoje, a tecnologia mobile<br />

permite criar ví<strong>de</strong>os 360 interativos.<br />

Imagina o engajamento<br />

que um formato <strong>de</strong>sse po<strong>de</strong><br />

criar, por exemplo, para uma<br />

“O celular<br />

superOu O<br />

cOmputadOr cOmO<br />

principal pOntO <strong>de</strong><br />

acessO à internet<br />

já faz tempO”<br />

montadora ou para uma marca<br />

esportiva?”, provoca Simeone.<br />

Projeção da eMarketer mostra<br />

que, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dois anos,<br />

mobile será quase 80% do ad<br />

spending digital. “Esse processo<br />

não tem volta. <strong>2018</strong> será<br />

o primeiro ano em que o ad<br />

spending mobile vai superar o<br />

<strong>de</strong>sktop e, digo eu, finalmente,<br />

já que o celular superou o computador<br />

como principal ponto<br />

<strong>de</strong> acesso à internet faz tempo.<br />

Pelos dados publicados no relatório<br />

da MMA, fica claro que<br />

até os baby boomers aceitaram<br />

o celular como principal meio<br />

<strong>de</strong> comunicação”, diz ele.<br />

Como fazer para a publicida<strong>de</strong><br />

não ser invasiva no celular?<br />

“Quanto mais assertiva é<br />

a segmentação e quanto mais<br />

lúdico, engajante e inovador é<br />

o formato, melhor será o efeito<br />

e o recall da marca”, afirma<br />

Simeone. “Os nossos sistemas<br />

internos <strong>de</strong> tracking permitem<br />

aperfeiçoar sempre a assertivida<strong>de</strong><br />

da nossa segmentação,<br />

criando brand clusters <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

eficácia”.<br />

34 2 <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark

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