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digiTal<br />
Sitthiphong/iStock<br />
Projeção da eMarketer mostra que, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dois anos, o mobile será quase 80% do ad spending digital; dados também apontam que 70% do consumo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o já é feito pelo celular<br />
“Há muitos criativos que pensam<br />
o ví<strong>de</strong>o exclusivamente para TV”<br />
Especialista em mobile marketing, Francesco Simeone, da Logan Media,<br />
afirma que falta muito para o Brasil dar o exemplo em publicida<strong>de</strong> móvel<br />
KELLY DORES<br />
Hoje, 70% do consumo diário<br />
<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o já é feito pelo<br />
celular. O dado é interessante e<br />
ao mesmo tempo mostra uma<br />
contradição, já que a publicida<strong>de</strong><br />
mobile evoluiu muito pouco.<br />
Pare para pensar: você se<br />
lembra <strong>de</strong> alguma propaganda<br />
incrível que tenha visto pelo<br />
smartphone? Possivelmente,<br />
não. Por mais que passamos<br />
muitas horas navegando pela<br />
internet com o celular, a publicida<strong>de</strong><br />
que mais chama a atenção<br />
é ainda a da tela maior. Há<br />
várias razões para isso, talvez<br />
o tamanho pequeno da tela <strong>de</strong><br />
um celular ou porque ainda<br />
muitas agências e marcas continuam<br />
adaptando os filmes da<br />
TV para o digital.<br />
“O mobile não é uma extensão<br />
da TV, assim como não<br />
é uma extensão do <strong>de</strong>sktop.<br />
Pelo contrário, é um meio totalmente<br />
inédito e com peculiarida<strong>de</strong>s<br />
que o diferenciam <strong>de</strong><br />
qualquer outro meio <strong>de</strong> comunicação.<br />
Parece-me claro que,<br />
se veiculamos no celular um<br />
filme pensado para a TV, estamos<br />
reciclando um conteúdo<br />
que não foi criado ad hoc para<br />
os dispositivos móveis. Porém,<br />
infelizmente, ainda há muitos<br />
criativos que pensam o ví<strong>de</strong>o<br />
exclusivamente como um produto<br />
televisivo mesmo quando<br />
70% do consumo diário <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o<br />
já é mobile. Obviamente,<br />
temos excelentes produtores<br />
<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os para mobile aqui.<br />
Mas, sendo o Brasil uma referência<br />
internacional no mundo<br />
da publicida<strong>de</strong>, acho que nesse<br />
sentido falta muito para dar<br />
o exemplo”, avalia Francesco<br />
Simeone, diretor <strong>de</strong> negócios<br />
da Logan Media Brasil, empresa<br />
especializada em mobile<br />
marketing.<br />
Para ele, o problema não é<br />
apenas a questão <strong>de</strong> duração,<br />
mas também <strong>de</strong> linguagem,<br />
semântica e interativida<strong>de</strong>.<br />
“Hoje, a tecnologia mobile<br />
permite criar ví<strong>de</strong>os 360 interativos.<br />
Imagina o engajamento<br />
que um formato <strong>de</strong>sse po<strong>de</strong><br />
criar, por exemplo, para uma<br />
“O celular<br />
superOu O<br />
cOmputadOr cOmO<br />
principal pOntO <strong>de</strong><br />
acessO à internet<br />
já faz tempO”<br />
montadora ou para uma marca<br />
esportiva?”, provoca Simeone.<br />
Projeção da eMarketer mostra<br />
que, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dois anos,<br />
mobile será quase 80% do ad<br />
spending digital. “Esse processo<br />
não tem volta. <strong>2018</strong> será<br />
o primeiro ano em que o ad<br />
spending mobile vai superar o<br />
<strong>de</strong>sktop e, digo eu, finalmente,<br />
já que o celular superou o computador<br />
como principal ponto<br />
<strong>de</strong> acesso à internet faz tempo.<br />
Pelos dados publicados no relatório<br />
da MMA, fica claro que<br />
até os baby boomers aceitaram<br />
o celular como principal meio<br />
<strong>de</strong> comunicação”, diz ele.<br />
Como fazer para a publicida<strong>de</strong><br />
não ser invasiva no celular?<br />
“Quanto mais assertiva é<br />
a segmentação e quanto mais<br />
lúdico, engajante e inovador é<br />
o formato, melhor será o efeito<br />
e o recall da marca”, afirma<br />
Simeone. “Os nossos sistemas<br />
internos <strong>de</strong> tracking permitem<br />
aperfeiçoar sempre a assertivida<strong>de</strong><br />
da nossa segmentação,<br />
criando brand clusters <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
eficácia”.<br />
34 2 <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark