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um local impactante e vibrante,<br />
que conecta diversão, trabalho<br />
e um lugar para simplesmente<br />
estar. Um espaço para satisfazer<br />
<strong>de</strong>sejos e necessida<strong>de</strong>s, mas, ao<br />
mesmo tempo, que traga novida<strong>de</strong>s,<br />
promova experiências,<br />
inove, “converse” com o cliente,<br />
acolha, emocione e traga experiências<br />
sensoriais. Hoje, já po<strong>de</strong>mos<br />
sentir que a compra será<br />
uma consequência. O shopping<br />
precisa ser um facilitador da vida<br />
do cliente, trabalhar em forma <strong>de</strong><br />
re<strong>de</strong>, perseguir mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> serviços<br />
que façam sentido na vida <strong>de</strong><br />
um novo consumidor que po<strong>de</strong><br />
comprar online e retirar o produto<br />
na loja (BOPIS - Buy Online,<br />
Pick Up In Store), por exemplo.<br />
É também o caso do conceito <strong>de</strong><br />
lojas showroom. Po<strong>de</strong>mos olhar<br />
estes caminhos como extremamente<br />
ameaçadores ou po<strong>de</strong>mos<br />
entendê-los como oportunida<strong>de</strong>s.<br />
Precisamos ser simples e<br />
acessíveis para os consumidores,<br />
mas extremamente sofisticados<br />
na infraestrutura para atendê-<br />
-los e surpreendê-los. Precisamos<br />
usar a tecnologia para incrementar<br />
os projetos em parceria com<br />
nossos lojistas e para nos permitir<br />
conhecer cada vez melhor nossos<br />
clientes com uma maior riqueza<br />
<strong>de</strong> dados, que antes não tínhamos<br />
acesso. Precisamos consi<strong>de</strong>rar as<br />
re<strong>de</strong>s sociais como a melhor forma<br />
para manter e fortalecer nossas<br />
conexões online, permitindo<br />
que o encontro offline ocorra em<br />
nossos shoppings.<br />
Ainda <strong>de</strong> tendências da National Retail<br />
Fe<strong>de</strong>ration, que outras tendências<br />
<strong>de</strong> varejo i<strong>de</strong>ntificou?<br />
A relevância do sentido do<br />
propósito <strong>de</strong> cada negócio; a<br />
economia do acesso crescendo<br />
exponencialmente (acesso/compartilhamento<br />
x posse; a busca<br />
incessante por proporcionar uma<br />
experiência memorável ao cliente<br />
(inclusive sensorial); a utilização<br />
acelerada das novas tecnologias,<br />
inclusive no ponto <strong>de</strong> venda (realida<strong>de</strong><br />
aumentada, 3D etc.); o digital<br />
e o físico se complementando e a<br />
valorização do consumidor como<br />
protagonista (customização, colaboração<br />
e interativida<strong>de</strong>).<br />
“antes era<br />
tudo ao<br />
redor do<br />
produto,<br />
hoje precisa<br />
ser ao<br />
redor do<br />
consumidor”<br />
Divulgação<br />
Como a sua área está lidando com a<br />
crise atual no Brasil, como foi 2017 e<br />
como <strong>de</strong>ve ser este ano? O que se vê<br />
são muitas lojas fechando, e isso <strong>de</strong>ve<br />
estar afetando fortemente o segmento<br />
<strong>de</strong> shoppings. Qual é a sua visão<br />
disso, e como isso está sendo administrado?<br />
O momento econômico que vivemos<br />
no país nos obrigou a ser<br />
criativos e a trabalhar ainda mais<br />
próximos dos nossos lojistas. Durante<br />
esse período, a Ancar Ivanhoe<br />
tem olhado mais para <strong>de</strong>ntro<br />
e organizado a casa para manter o<br />
fôlego. Para <strong>2018</strong>, os indicadores<br />
apontam para uma recuperação<br />
da economia ainda tímida, mas<br />
positiva. As características do negócio<br />
também nos favorecem. A<br />
indústria <strong>de</strong> shopping center é,<br />
normalmente, a última a sentir os<br />
momentos <strong>de</strong> turbulência e a primeira<br />
a se recuperar.<br />
“o shopping<br />
precisa<br />
ser um<br />
facilitador<br />
da vida do<br />
cliente”<br />
E qual o principal recado que lojistas<br />
do Brasil <strong>de</strong>vem levar em conta, consi<strong>de</strong>rando,<br />
claro, que por aqui o mercado<br />
é diferente <strong>de</strong> lugares como Dubai,<br />
Japão e Coreia do Sul?<br />
A principal mensagem para os<br />
varejistas é que precisam se mexer<br />
para fazer diferente. O que<br />
funcionou bem no passado não<br />
significará o sucesso no futuro e é<br />
crucial estar atento às mudanças<br />
<strong>de</strong> comportamento que vêm ocorrendo<br />
com os consumidores para<br />
agir rápido. Eles estão mais bem<br />
informados, superengajados nas<br />
re<strong>de</strong>s sociais, gostam <strong>de</strong> participar<br />
<strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s (sobretudo os nativos<br />
digitais) e consi<strong>de</strong>ram a opinião<br />
dos familiares e amigos antes<br />
<strong>de</strong> consumir algo. Hoje, eles po<strong>de</strong>m<br />
elogiar ou <strong>de</strong>tonar uma marca nas<br />
re<strong>de</strong>s. Como é possível se conectar<br />
com estes consumidores fazendo o<br />
mesmo trabalho? Os lojistas <strong>de</strong>vem<br />
conhecer muito bem seus clientes,<br />
se relacionar com eles e reconsi<strong>de</strong>rar<br />
as estratégias e posicionamento<br />
<strong>de</strong> suas marcas, esclarecendo seu<br />
propósito e razão <strong>de</strong> existir. As pessoas<br />
não compram o que você ven<strong>de</strong>,<br />
mas sim o que você acredita. A<br />
outra dica é não usar a tecnologia<br />
pela tecnologia. Estu<strong>de</strong> a melhor<br />
maneira como a tecnologia e todos<br />
os recursos disponíveis po<strong>de</strong>m<br />
ajudar como um meio e não como<br />
um fim, sempre em sintonia com o<br />
perfil da marca e do seu propósito.<br />
jornal propmark - 2 <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 23