SuperVENDEDORES / DA REDAÇÃO / Arquivo Pessoal Uma paixão que passou de pai para filho 22 vendamais.com.br - JULHO-AGOSTO 2017
Adauto de Sousa e Conrado Queiroz não compartilham apenas o mesmo sangue, dividem também o amor por vendas e as rédeas de uma empresa de sucesso. Nesta reportagem especial em homenagem ao Dia dos Pais, você vai conhecer as lições que pai e filho têm a ensinar não somente para quem trabalha com familiares, mas a todos os profissionais de vendas que amam o que fazem. Não vai faltar inspiração para você se esforçar para ser cada dia melhor. Confira! Tirar uma relação familiar do conforto do lar e levar para dentro de um escritório pode não ser uma tarefa fácil. Divergências de pensamento, formalidade demais (ou de menos) e falta de planejamento são apenas alguns dos problemas que podem fazer com que o ditado “entre mortos e feridos, salvaram-se todos” não se aplique ao dia a dia de quem tem membros da família como colegas de trabalho. Às vezes, quem sai prejudicada nessa “brincadeira” é a empresa, que não consegue se sustentar apesar do amor e da camaradagem que existe entre os envolvidos. Em outras ocasiões, acaba sobrando para a relação familiar, que sucumbe porque a parceria que havia dentro de casa não se repete no ambiente corporativo, podendo causar sofrimento até mesmo para quem não tinha nada a ver com essa escolha dos parentes que viraram sócios ou colegas (que mãe gostaria de ver dois filhos brigando, por exemplo, não é mesmo?). Mas, é claro, nem só de histórias tristes é feito o mundo das empresas familiares. Pelo contrário: há muitas organizações que têm parentes no comando e se destacam em suas áreas de atuação. E, na maioria das vezes, elas têm muito a ensinar. É o caso da Máximo Seguros & Consórcios, empresa nascida em Belo Horizonte (MG) e que hoje atende em todo o território nacional – com forte atuação na região do triângulo mineiro –, de onde vêm os dois supervendedores desta edição: Adauto de Sousa e Conrado Queiroz, pai e filho que aprenderam a superar as dificuldades de trabalhar em família e a pensar juntos no bem da empresa e que, com isso, vêm conquistando excelentes resultados. Aprenda com eles! Duas histórias, um caminho Logo de cara, é possível perceber que o “discurso” dos nossos dois supervendedores está alinhado. “Desde então, não parei de vender”, por exemplo, poderia facilmente se transformar em um bordão familiar. Afinal, quando questionados sobre suas trajetórias em vendas, a certa altura do relato, os dois usaram essa mesma expressão… Sousa viu sua carreira como vendedor engrenar aos 20 e poucos anos. “Depois de algum tempo trabalhando na área bancária, fui promovido a gerente da matriz de um banco na capital de Minas Gerais. Desde então, não parei de vender”, declara. De lá até maio de 1990, quando abriu a Máximo, ele acumulou experiências e aprendizados que, mais tarde, o ajudariam a gerir seu próprio negócio e a liderar profissionais de diferentes perfis – inclusive um adolescente que não seria um mero colaborador. “Aos 14 anos, comecei a trabalhar na empresa do meu pai. No começo, fazia apenas serviços administrativos, mas não demorou muito para o meu interesse pela área de vendas despertar e, em pouco tempo, eu já fazia parte da equipe comercial. Aos 15 anos, fiz minha primeira venda. Desde então, não parei de vender”, revela Conrado Queiroz. É fácil se colocar no lugar desses dois e imaginar que essa história tinha tudo para durar pouco tempo. Um adolescente trabalhando com o pai pode parecer sinônimo de fracasso – e por vários motivos. Primeiro por algo que, segundo Queiroz, foi a maior dificuldade enfrentada por ele no início da sua carreira dentro da empresa fundada pelo pai: a famosa fama de “filho do dono”. “Sempre quis que os clientes não pensassem que eu estava na Máximo só por ser ‘o filho do dono’. Queria que eles confiassem no meu trabalho. Criar minha própria identidade na empresa foi fundamental para superar esse preconceito. Tanto é que sempre evitei falar que sou filho do Adauto”, declara. Depois, havia o risco de uma possível falta de limites e de regras, ocasionada pela força do laço familiar. Ciente disso, logo nos primeiros dias do filho na empresa, Sousa chamou o jovem para uma conversa séria. “Eu disse a ele duas coisas: que ali “Sempre quis que os clientes não pensassem que eu estava na Máximo só por ser ‘o filho do dono’. Queria que eles confiassem no meu trabalho. Criar minha própria identidade na empresa foi fundamental para superar esse preconceito. Tanto é que sempre evitei falar que sou filho do Adauto.” (Conrado Queiroz) vendamais.com.br - JULHO-AGOSTO 2017 23