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Adauto de Sousa e Conrado Queiroz não compartilham apenas o mesmo sangue, dividem também o amor por vendas e<br />

as rédeas de uma empresa de sucesso. Nesta reportagem especial em homenagem ao Dia dos Pais, você vai conhecer<br />

as lições que pai e filho têm a ensinar não somente para quem trabalha com familiares, mas a todos os profissionais<br />

de vendas que amam o que fazem. Não vai faltar inspiração para você se esforçar para ser cada dia melhor. Confira!<br />

Tirar uma relação familiar do conforto do lar<br />

e levar para dentro de um escritório pode<br />

não ser uma tarefa fácil. Divergências de<br />

pensamento, formalidade demais (ou de menos)<br />

e falta de planejamento são apenas alguns dos<br />

problemas que podem fazer com que o ditado “entre<br />

mortos e feridos, salvaram-se todos” não se<br />

aplique ao dia a dia de quem tem membros da família<br />

como colegas de trabalho.<br />

Às vezes, quem sai prejudicada nessa “brincadeira”<br />

é a empresa, que não consegue se sustentar<br />

apesar do amor e da camaradagem que existe entre<br />

os envolvidos. Em outras ocasiões, acaba sobrando<br />

para a relação familiar, que sucumbe porque a parceria<br />

que havia dentro de casa não se repete no<br />

ambiente corporativo, podendo causar sofrimento<br />

até mesmo para quem não tinha nada a ver com<br />

essa escolha dos parentes que viraram sócios ou<br />

colegas (que mãe gostaria de ver dois filhos brigando,<br />

por exemplo, não é mesmo?).<br />

Mas, é claro, nem só de histórias tristes é feito<br />

o mundo das empresas familiares. Pelo contrário:<br />

há muitas organizações que têm parentes no comando<br />

e se destacam em suas áreas de atuação. E,<br />

na maioria das vezes, elas têm muito a ensinar.<br />

É o caso da Máximo Seguros & Consórcios, empresa<br />

nascida em Belo Horizonte (MG) e que hoje<br />

atende em todo o território nacional – com forte atuação<br />

na região do triângulo mineiro –, de onde vêm<br />

os dois supervendedores desta edição: Adauto de<br />

Sousa e Conrado Queiroz, pai e filho que aprenderam<br />

a superar as dificuldades de trabalhar em família e a<br />

pensar juntos no bem da empresa e que, com isso, vêm<br />

conquistando excelentes resultados. Aprenda com eles!<br />

Duas histórias, um caminho<br />

Logo de cara, é possível perceber que o “discurso”<br />

dos nossos dois supervendedores está alinhado.<br />

“Desde então, não parei de vender”, por exemplo,<br />

poderia facilmente se transformar em um bordão<br />

familiar. Afinal, quando questionados sobre suas<br />

trajetórias em vendas, a certa altura do relato, os<br />

dois usaram essa mesma expressão…<br />

Sousa viu sua carreira como vendedor engrenar<br />

aos 20 e poucos anos. “Depois de algum tempo trabalhando<br />

na área bancária, fui promovido a gerente<br />

da matriz de um banco na capital de Minas Gerais.<br />

Desde então, não parei de vender”, declara. De lá<br />

até maio de 1990, quando abriu a Máximo, ele acumulou<br />

experiências e aprendizados que, mais tarde,<br />

o ajudariam a gerir seu próprio negócio e a liderar<br />

profissionais de diferentes perfis – inclusive um<br />

adolescente que não seria um mero colaborador. “Aos<br />

14 anos, comecei a trabalhar na empresa do meu pai.<br />

No começo, fazia apenas serviços administrativos,<br />

mas não demorou muito para o meu interesse pela<br />

área de vendas despertar e, em pouco tempo, eu já<br />

fazia parte da equipe comercial. Aos 15 anos, fiz<br />

minha primeira venda. Desde então, não parei de<br />

vender”, revela Conrado Queiroz.<br />

É fácil se colocar no lugar desses dois e imaginar<br />

que essa história tinha tudo para durar pouco tempo.<br />

Um adolescente trabalhando com o pai pode<br />

parecer sinônimo de fracasso – e por vários motivos.<br />

Primeiro por algo que, segundo Queiroz, foi a maior<br />

dificuldade enfrentada por ele no início da sua<br />

carreira dentro da empresa fundada pelo pai: a<br />

famosa fama de “filho do dono”. “Sempre quis que<br />

os clientes não pensassem que eu estava na Máximo<br />

só por ser ‘o filho do dono’. Queria que eles<br />

confiassem no meu trabalho. Criar minha própria<br />

identidade na empresa foi fundamental para superar<br />

esse preconceito. Tanto é que sempre evitei<br />

falar que sou filho do Adauto”, declara.<br />

Depois, havia o risco de uma possível falta de<br />

limites e de regras, ocasionada pela força do laço<br />

familiar. Ciente disso, logo nos primeiros dias do<br />

filho na empresa, Sousa chamou o jovem para uma<br />

conversa séria. “Eu disse a ele duas coisas: que ali<br />

“Sempre quis que os<br />

clientes não pensassem<br />

que eu estava<br />

na Máximo só por<br />

ser ‘o filho do dono’.<br />

Queria que eles confiassem<br />

no meu trabalho.<br />

Criar minha<br />

própria identidade na<br />

empresa foi fundamental<br />

para superar<br />

esse preconceito.<br />

Tanto é que sempre<br />

evitei falar que sou<br />

filho do Adauto.”<br />

(Conrado Queiroz)<br />

vendamais.com.br - JULHO-AGOSTO 2017 23

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