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Jornal das Oficinas 153

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20<br />

REPORTAGEM<br />

Formação em elétricos ANECRA/CEPRA<br />

Valorizar eletrificação<br />

› O secretário de Estado Adjunto e do Ambiente encerrou a ação de formação em veículos elétricos<br />

tutelada pela ANECRA em parceria com o CEPRA. José Gomes Mendes fez questão de valorizar esta<br />

iniciativa de futuro<br />

Por: Jorge Flores<br />

osé Gomes Mendes, secretário<br />

de Estado Adjunto e do<br />

Ambiente, acredita que a<br />

eletrificação do automóvel<br />

é uma realidade incontornável.<br />

Por esse motivo, o<br />

membro do Governo fez questão de<br />

estar presente no encerramento da ação<br />

de formação sobre veículos elétricos,<br />

realizada pela Associação Nacional <strong>das</strong><br />

Empresas do Comércio e da Reparação<br />

Automóvel (ANECRA), em parceria com<br />

o Centro de Formação Profissional da<br />

Reparação Automóvel (CEPRA), nas instalações<br />

desta última, no Prior Velho.<br />

A problemática dos veículos elétricos<br />

constitui uma preocupação prioritária<br />

da ANECRA, tendo como objetivo formar<br />

os seus associados numa área tão<br />

específica.<br />

A emissão de mais de 310 certificados,<br />

que aferem a atribuição de<br />

competências relativas à segurança,<br />

no contacto com estas novas tecnologias<br />

relaciona<strong>das</strong> com o automóvel,<br />

será prova disso mesmo. A presença<br />

de José Gomes Mendes visou, no<br />

fundo, valorizar a iniciativa, perfeitamente<br />

enquadrada com o futuro<br />

da mobilidade.<br />

n CRISTA DA ONDA<br />

Depois de uma visita às instalações do<br />

CEPRA e do discurso de agradecimento<br />

do presidente da direção da ANECRA,<br />

Alexandre Ferreira, o governante dirigiu-<br />

-se aos formandos do curso, entre os<br />

quais os jovens integrantes do Fórmula<br />

Student, para explicar o motivo da sua<br />

visita. “Quando me falaram, no âmbito<br />

da realidade do setor automóvel, de um<br />

curso de formação na área da mobilidade<br />

elétrica e dos veículos elétricos,<br />

imediatamente, por iniciativa minha,<br />

disse que gostava de ver o que está a<br />

ser feito. Considero que organizações<br />

como a ANECRA e o CEPRA conseguem<br />

ver mais à frente e preparar profissionais<br />

para o futuro. Estão na crista da onda<br />

para o que virá”, salientou.<br />

José Gomes Mendes sublinhou ainda<br />

a existência de três grandes tendências<br />

do setor automóvel. A primeira? “A<br />

eletrificação”, como não podia deixar<br />

de ser. E concretizou: “Recebo todos<br />

os grandes fabricantes de automóveis<br />

por diferentes razões. Todos, sem exceção,<br />

têm planos para a eletrificação<br />

<strong>das</strong> frotas. Ainda recentemente recebi<br />

os dirigentes do Grupo PSA, que, há<br />

pouco tempo, parecia ser o fabricante<br />

mais relutante em seguir a tendência dos<br />

veículos elétricos. Disseram-me que, até<br />

2026, pretendem eletrificar toda a frota.<br />

O que significa que, depois de 2026, não<br />

deverá sair <strong>das</strong> fábricas deste grupo um<br />

só automóvel que não tenha um motor<br />

elétrico. Alguns serão ainda híbridos, sim,<br />

mas todos terão uma componente elétrica.<br />

E as outras marcas estão to<strong>das</strong> a<br />

fazer o mesmo. É uma tendência global”,<br />

garantiu, reforçando a ideia de ser esta<br />

uma “boa notícia” em matéria ambiental.<br />

Socorrendo-se de dados estatísticos, o<br />

secretário de Estado Adjunto e do Ambiente<br />

revelou que os veículos elétricos<br />

e híbridos plug-in representam, atualmente,<br />

no nosso país, perto de 2% <strong>das</strong><br />

ven<strong>das</strong> totais de automóveis.<br />

n AUTONOMIA E PARTILHA<br />

Segundo José Gomes Mendes, a segunda<br />

grande tendência está relacionada<br />

com os temas da conectividade e<br />

da autonomia. Sobre os veículos autónomos,<br />

o membro do Governo admitiu que<br />

ainda existem muitas “barreiras regulatórias”<br />

que, por enquanto, os impedem<br />

de circular nas estra<strong>das</strong>. Sublinhando,<br />

porém, que não demorará muito até<br />

que estes obstáculos formais sejam<br />

derrubados. Sobre a conectividade, foi<br />

mais taxativo. “Os veículos estão cada<br />

vez mais conectados”, assumindo esta<br />

vertente “uma importância crescente”,<br />

acrescentou.<br />

A terceira e última tendência, prende-se<br />

com a “partilha”. Segundo José Gomes<br />

Mendes, o sentido de propriedade automóvel<br />

tenderá a desaparecer. “Haverá<br />

menos pessoas a comprar automóveis,<br />

mas não a utilizá-los. Serão partilhados”,<br />

disse. O que terá consequências positivas.<br />

“Haverá menos veículos, mas estes serão<br />

muito mais utilizados”, adiantou. Além<br />

disso, os utilizadores poderão recorrer<br />

a vários tipos de modelos, consoante as<br />

suas necessidades, sem terem de investir<br />

na sua compra ou ficar “reféns” da sua<br />

escolha. Por tudo isto, os automóveis terão<br />

um ciclo de vida muito mais curto, o<br />

que alterará o paradigma da reparação e<br />

manutenção”, assegurou. “Também para<br />

isso temos de estar preparados. As empresas<br />

que fabricam e vendem veículos<br />

estão a fazer uma metamorfose da sua<br />

atividade de fabricantes ou vendedores<br />

de automóveis para fornecedores de mobilidade,<br />

alterando os seus modelos de<br />

negócio”, rematou o secretário de Estado<br />

Adjunto e do Ambiente. ✱<br />

Agosto I 2018<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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