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Mini projetores de 3 W iluminam as esculturas art nouveau e as mansardas. Perfis de alumínio extrudado com fitas de LED IP 66<br />
(4,2W/m / 3.000 K) iluminam as cimalhas e projetores lineares de facho elíptico (19° X 38°) iluminam os telhados de ardósia.<br />
CASA FIRJAN<br />
Texto: Carlos Fortes | Fotos: André Nazareth<br />
PALACETE LINEU DE PAULA MACHADO<br />
Situado no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de<br />
Janeiro, o Palacete Lineu de Paula Machado, de 1906, compõe<br />
um conjunto de imóveis preservados, que abrigam em sua<br />
maioria equipamentos culturais, como a Casa de Rui Barbosa, os<br />
museus do Índio e Villa-Lobos, o Palácio do Catete e o Palácio<br />
da Cidade, sede da prefeitura. Implantado em um terreno<br />
de 10 mil metros quadrados, constitui parte do patrimônio<br />
histórico e cultural do Rio de Janeiro.<br />
Foi construído em estilo art nouveau, que marcou a Europa<br />
entre o final do século XIX e o início do XX, com foco na<br />
arquitetura decorativa, na valorização de ornamentos, em<br />
cores vivas e em curvas sinuosas. A restauração, iniciada em<br />
2011, revitalizou detalhes em pierre de taille (argamassa que<br />
imita pedra) e paredes em boiserie (revestimento em madeira),<br />
recuperando as cores originais e as texturas de itens como<br />
vitrais, azulejos e bancadas.<br />
O palacete conta um pedaço da história da cidade. Foi<br />
construído por Eduardo Pallasin Guinle, fundador da Companhia<br />
Docas de Santos e avô de Octávio Guinle, fundador do hotel<br />
Copacabana Palace – ambos projetados pelo arquiteto francês<br />
Joseph Gire. Pertenceu à família até 2005, tendo sido residência<br />
de Celina Guinle e seu marido, Lineu de Paula Machado, e<br />
posteriormente do industrial Guilherme Guinle, fundador da<br />
Companhia Siderúrgica Nacional.<br />
A Casa Firjan é um complexo cultural que abre as portas para<br />
a discussão e o estudo de diferentes propostas de economia<br />
criativa, focadas na inovação e no futuro do mercado de<br />
trabalho. Seu programa inclui exposições, música, cinema,<br />
restaurante, café, palestras, debates e cursos livres.<br />
O PROJETO DE ILUMINAÇÃO<br />
Iniciado em 2014, o projeto de iluminação do Studio iLuz,<br />
da arquiteta Ines Benevolo, passou por três fases até sua im plantação<br />
em 2018. Inicialmente previa o mínimo de intervenções,<br />
com reaproveitamento de quase todas as luminárias existentes<br />
e poucos acréscimos. A iluminação das fachadas seria frontal,<br />
com projetores fixados em postes, sem a criação de pontos de<br />
alimentação no corpo do edifício.<br />
Após algum tempo paralisado, foi retomado em 2016.<br />
Nesse momento, foi solicitada uma revisão dos conceitos,<br />
visando à adequação dos espaços internos ao programa<br />
multiuso. Assim, ambientes onde inicialmente a iluminação<br />
se daria por meio do restauro das luminárias existentes,<br />
com a renovação das fontes de luz, passaram a ter sistemas<br />
contemporâneos que agregam aos espaços a flexibilidade<br />
desejada. Esse novo conceito preservou algumas das<br />
luminárias originais em equilíbrio com os novos sistemas<br />
de iluminação propostos.<br />
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