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À esquerda, a entrada principal do Mercado, cujos degraus foram iluminados por perfis LED 4,4 W, 2.700 K integrados. Para
destaque da logo, foram utilizadas luminárias embutidas no piso com LED 18 W 3.000 K 30°. Nesta página, acima, a escultura
de panelas instalada na área de pé-direito duplo foi iluminada por projetores orientáveis com LED 27 W 2.700K e fachos de 10°
e de 40°, instalados em diferentes alturas. A iluminação geral do pavimento inferior é feita por lâmpadas de filamento LED 4 W,
2.700 K, posicionadas no interior de algumas das fôrmas da laje nervurada. Abaixo, o pavimento superior do mercado, cujo efeito
de “céu estrelado” foi obtido com o uso de minilâmpadas de filamento LED 2 W, 2.400 K, suspensas sob as vigas.
ÁGUA NA BOCA E BRILHO NOS OLHOS
Texto: Débora Torii | Fotos: Jomar Bragança
O
estado de Minas Gerais é bastante conhecido e procurado, dos tradicionais mercados de comida europeus, contando com
entre outros atrativos, por sua rica e marcante gastronomia. a presença de renomados chefs e restaurantes que oferecem
Com o intuito de estimular o prazer de comer bem suas criações a preços acessíveis, propondo a democratização
e de valorizar os produtos locais, nasceu o Mercado da Boca, do acesso à alta gastronomia. O amplo ambiente de 4 mil metros
inaugurado no mês de março deste ano em Belo Horizonte. O quadrados oferece ainda lojas com produtos exclusivos e espaços
estabelecimento propõe uma adaptação moderna ao conceito para cursos, eventos e atividades voltadas ao público infantil.
Originalmente construído para outro fim, o edifício que abriga o
mercado foi remodelado pelo escritório Gustavo Penna Arquiteto &
Associados, cujo projeto conferiu ao espaço um caráter fortemente
industrial, por meio das cores e dos materiais utilizados – o que
contribui com a ambientação despojada esperada para o Mercado.
Coube à lighting designer Sônia M. S. Mendes, titular do escritório
Arquitetura e Luz, a concepção e o desenvolvimento do projeto
de iluminação, por meio do qual buscou enfatizar os elementoschave
da arquitetura, em um processo marcado pela intensa
colaboração entre as duas disciplinas.
O espaço interno conta com dois pavimentos, cujo funcionamento
é bastante similar: os quiosques destinados à venda de comida
estão localizados no perímetro do salão, configurando uma
ampla praça de alimentação no centro, onde se situam também
os quiosques que oferecem as bebidas. Em razão do desnível
do terreno, o acesso principal se dá pelo pavimento superior,
onde, antes mesmo de entrar, já saltam aos olhos o brilho
das centenas de lâmpadas nuas no teto, remetendo a um céu
estrelado. O projeto de iluminação obteve esse efeito por meio
da instalação de um conjunto de cabos elétricos longitudinais
fixados abaixo das vigas, dos quais foram suspensos pendurais
com soquetes que alimentam as minilâmpadas de filamento LED,
com temperatura de cor 2.400 K. Os acabamentos na cor preta,
tanto da estrutura do edifício quanto da infraestrutura elétrica,
potencializam ainda mais o brilho pontual das lâmpadas. Sônia
conta que a quantificação e o posicionamento final dessas luzes
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